Resultados da Stone (STOC31) dividem analistas e ações desabam no pré-mercado

Guidance da Stone sugere uma desaceleração no crescimento de volume no 3T22, mas uma aceleração nos ganhos de eficiência, aponta Credit

Felipe Moreira

Stone (Foto: Divulgação)

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Os números reportados pela empresa de adquirência, serviços financeiros e software Stone (STOC31) no segundo trimestre e guidance do terceiro trimestre dividiram opiniões dos analistas. As ações recuam 12,78%, cotadas a US$ 10,17, no pré-mercado, por volta das 9h (horário de Brasília) desta sexta-feira (19).

Analistas do Bradesco BBI enxergam resultados como negativos para as ações, pois a maioria das notícias positivas do trimestre já eram amplamente esperadas pelo mercado. No futuro, eles acreditam que deve haver espaço limitado para novos aumentos de preços, já que as taxas de cancelamento de clientes estão aparentemente aumentando – o que leva a um ambiente desafiador para melhoria de margem nos próximos trimestres, já que a maior parte da expansão da receita mal foi suficiente para cobrir o aumento das despesas financeiras.

Já o time de research do Morgan Stanley avalia que os resultados do 2T22 e o guidance do 3T22 acima do consenso e o tom positivo durante a teleconferência deveriam ser bem recebidos pelo mercado.

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A receita total foi de R$ 2,304 bilhões, crescimento de 276% na base anual, ficando 7% acima da estimativa do Morgan de R$ 2,156 bilhões e 6% acima do consenso de R$ 2,184 milhões. O volume total de pagamentos (TPV, na sigla em inglês) foi de R$ 90,7 bilhões, alta de 50% na base anual, e 4% acima do consenso de R$ 87 bilhões.

Por outro lado, Itaú BBA vê os números reportados como neutros, uma vez que os resultados da Stone no 2T22 corresponderam às expectativas, com lucro líquido ajustado de R$ 77 milhões. O crescimento da receita de 11% no trimestre foi impulsionado por melhores volumes e apenas uma taxa de aceitação ligeiramente superior para MSMB.

Já Credit Suisse enxerga tendências mistas nos dados relatados, destacando as boas adições líquidas e o TPV no segundo trimestre.

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Olhando para futuro, o “guidance da Stone sugere uma desaceleração no crescimento de volume no 3T22, mas uma aceleração nos ganhos de eficiência”, destacam os analistas do BBA.

A Stone estima receita total na faixa de R$ 2,4 a 2,5 bilhões no terceiro trimestre de 2022, implicando em um crescimento anual de 63 a 70%, acima do consenso atual de R$ 2,3 bilhões. Stone também espera resultado antes impostos (EBT) ajustado de R$ 125 a 135 milhões, com margem EBT de 5,2 a 5,4%, acima do consenso atual de R$ 110 milhões e margem de 4,7%. Por fim, Stone espera TPV MSMB de R$ 73 a 74 bilhões, implicando em crescimento de 41 a 43%, em linha com consenso de R$ 73,7 milhões.

Como as ações da Stone subiram 35% nos últimos 30 dias, o BBI acredita que os riscos estão inclinados para baixo nos níveis atuais. Dessa forma, mantém avaliação underperfom (equivalente à venda) e preço-alvo de US$ 6.

Já o Itaú BBA reitera avaliação market perform (equivalente à neutro) para Stone e preço-alvo de US$ 11.

O Morgan Stanley é o mais otimista com Stone e reitera classificação overweight (equivalente à compra), com preço-alvo de US$ 18, um potencial de valorização de 55,2% frente a cotação de fechamento de quinta-feira (18) de US$ 11,66.

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