GPA (PCAR3) tem prejuízo de R$ 288 milhões no terceiro trimestre de 2022, alta de 221,7% no ano

Varejista de supermercados divulgou seus números nesta quinta-feira (3).

Equipe InfoMoney

(Divulgação)

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O GPA, dono do Pão de Açúcar (PCAR3), registrou prejuízo de R$ 288 milhões no terceiro trimestre de 2022 (3T22), informou a varejista de supermercados nesta quinta-feira (3), alta de 221,7% no ano

Já o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) foi de R$ 660 milhões, recuo de 2,5% na base anual. A receita líquida, por sua vez, saltou 8,9% na mesma base, a R$ 10,4 bilhões.

As projeções Refinitiv eram de lucro de R$ 3,5 milhões, Ebitda de R$ 708 milhões e receita de R$ 10,49 bilhões.

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Apesar da melhora da receita na base anual, o resultado líquido do GPA foi impactado, principalmente, por conta da piora das margem e por conta do resultado financeiro.

Na frente do faturamento, o GPA Brasil viu sua receita bruta recuar 32,5% no ano, por conta de operações descontinuadas, para R$ 4,6 bilhões. Sem levar em conta as operações descontinuadas, o braço brasileiro teria uma receita bruta crescendo 10,6%.

“As vendas totais do Novo GPA Brasil atingiram R$ 4,6 bilhões no terceiro trimestre e, excluindo postos, atingimos R$ 4,3 bilhões, resultando em um crescimento de 14,2%, impulsionado pelas lojas convertidas dos hipermercados”, diz a companhia no documento publicado na noite de hoje.

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O recuo total, contudo, foi parcialmente compensado pela performance do Grupo Éxito, braço da companhia na Colômbia, Uruguai e Argentina – que teve a receita bruta saltando 10,6%, para R$ 4,6 bilhões.

“O Grupo Éxito apresentou um sólido desempenho de vendas, atingindo o quinto trimestre consecutivo com crescimento duplo dígito na venda mesmas lojas em câmbio constante”, explicam.

Segundo a companhia, na Colômbia houve uma tendência positiva na categoria de alimentos, que resultou em um crescimento das vendas acima da inflação. No Uruguai e na Argentina, as lojas Fresh Market e as galerias comerciais têm mostrado bons resultados.

Do outro lado, tanto o GPA Brasil quanto o Éxito viram também suas despesas com vendas, gerais e administrativa crescendo – 6,4% por aqui, para R$ 797 milhões, e 13,3% no braço focado em outros países, para R$ 1,1 bilhão.

No Brasil, esses gastos se diluíram na comparação com a receita líquida, em meio à transformação do GPA, mas lá fora os gastos avançaram proporcionalmente, por conta da alta dos preços.

A margem bruta no Brasil recuou 1,1 ponto percentual, para 23,5%, com o lucro bruto ficando em R$ 1,01 bilhão, levemente compensada pelo avanço de 0,3 ponto percentual da margem do Éxito, a 25,6%, com o lucro bruto em R$ 1,56 bilhão.

“No Brasil, o aumento da inflação resultou na necessidade do aumento de promoshare e contínuo aumento dos custos de transformadores de mercadorias em loja, embalagens e logísticos”, explicam.

Por fim, o GPA registrou um resultado financeiro negativo de R$ 313 milhões, ante R$ 275 milhões no terceiro trimestre de 2021 – nem mesmo a alta de 449,2% das receitas financeiras, para R$ 235 milhões, por conta de créditos e correção monetária da venda do Extra Hiper, compensaram os maiores gastos com juros e recebíveis, que foram a R$ 415 milhões.

O GPA fechou setembro com uma dívida líquida de R$ 3,9 bilhões, menos do que os R$ 5,2 bilhões registrados no mesmo mês de 2021.

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