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SÃO PAULO – Após dois adiamentos no cronograma original e quatro sessões de debates entre os parlamentares, o relator da reforma da previdência, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), apresenta, nesta terça-feira (2), sua complementação de voto para a proposta de emenda constitucional, a ser apreciada pelos membros de comissão especial destinada a tratar do assunto na Câmara dos Deputados.
A leitura do texto, com ajustes, ocorre após uma série de tratativas frustradas para reincluir estados e municípios à proposta. Ao final de reunião entre o presidente da casa legislativa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), governadores e líderes partidários, nesta terça, não se chegou a um acordo.
Lideranças partidárias resiste à ideia, temerárias de que a aplicação automática da reforma em governos subnacionais poderia ajudar no ajuste de contas de governos estaduais e prefeituras comandados por adversários políticos, críticos à reforma proposta. As negociações, porém, continuam, mas a tendência é que a discussão sobre a reinclusão fique para o plenário.
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Outro ruído na tramitação da proposta diz respeito à posição de deputados do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro. Nomes da sigla ainda tentam fazer com que entrem no texto concessões a carreiras como policiais federais e policiais rodoviários federais. Delegados das polícias civis e federais pleiteiam que possam responder às mesmas regras de aposentadoria que membros das Forças Armadas.
Caso a insistência de pesselistas se traduza em pedidos de votação de destaques por membros do partido, membros do centrão, grupo informal de partidos que reúne cerca de 200 deputados, ameaçam travar o andamento da reforma.
Nesta sessão, é prevista nenhuma votação sobre a proposta – o que deve ficar para o dia seguinte. A ideia é que amanhã se iniciem votações para superar esforços de obstrução pela oposição. Há, porém, reticências quanto à capacidade de o governo garantir a votação, já que parlamentares continuam insatisfeitos com o ritmo da liberação de recursos para emendas.