Regulador de Nova York ordena fim de emissão de criptomoeda da Binance

BUSD, que tem paridade com o dólar, deixará de ter novos tokens emitidos a partir do dia 21 de fevereiro

Paulo Barros

(Vadim Artyukhin/Unsplash)

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A Binance USD (BUSD), criptomoeda da Binance indexada ao dólar, será descontinuada, anunciou a emissora Paxos nesta segunda-feira (13). A emissão de novos tokens será interrompida a partir do dia 21 de fevereiro, e unidades já existentes terão resgates atendidos até “pelo menos fevereiro de 2024”, disse a empresa.

A medida ocorre após ordem expressa do principal regulador financeiro de Nova York,  onde a Paxos  tem sede. Na semana passada, o CoinDesk havia antecipado que a empresa estava sendo investigada pelo Departamento de Serviços Financeiros de Nova York (NYDFS).

Além disso, segundo o Wall Street Journal, a Paxos já está na mira da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (a SEC), que pretende processar a empresa pela emissão da BUSD por considerar o ativo um valor mobiliário não registrado, de acordo com o WSJ.

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A BUSD é o que se chama de stablecoin, uma criptomoeda que preço indexado ao de outro ativo, em geral o dólar americano. A paridade costuma ser mantida por meio de depósitos bancários – para cada token emitido, a empresa responsável garante o depósito de US$ 1 em dinheiro ou títulos.

Um porta-voz da SEC disse ao CoinDesk que a SEC não comenta a existência ou inexistência de uma possível investigação.

Em nota, a Binance afirmou que a “BUSD é uma stablecoin totalmente detida e administrada pela Paxos. Como resultado, o valor de mercado da BUSD diminuirá apenas com o tempo. A Paxos continuará a atender o produto, gerenciar resgates e acompanhará com informações adicionais conforme necessário. A Paxos também garantiu que os fundos estão seguros e totalmente cobertos por reservas em seus bancos”.

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O CEO da Binance, Changpeng Zhao, escreveu em uma série de comentários no Twitter: “Fomos informados pela Paxos de que eles foram instruídos a interromper a emissão de novos BUSD pelo Departamento de Serviços Financeiros de Nova York (NYDFS)”.

Paulo Barros

Editor de Investimentos