Regulação do mercado cripto pode ser acelerarada após colapso da FTX, diz JPMorgan

É provável que a negociação de derivativos cripto mude para locais regulamentados, segundo o banco

CoinDesk

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As iniciativas regulatórias do mercado cripto que já estão em andamento provavelmente serão aceleradas após o colapso da FTX e de sua empresa-irmã Alameda Research, disse o JPMorgan em um relatório divulgado no final da semana passada.

De acordo com o banco, a implosão da corretora pode gerar pressões para encurtar o cronograma da lei que regulamenta o mercado cripto na Europa, a “Markets in Crypto Assets Regulation”, conhecida como MiCA. Conforme o calendário atual, depois que o Parlamento Europeu der a aprovação final ao projeto haverá um período de transição de até 18 meses antes que ele entre em vigor.

O banco citou que as iniciativas regulatórias dos EUA atraíram mais interesse após o colapso do ecossistema Terra em maio, pois havia uma “necessidade percebida de maior supervisão e proteção ao consumidor”.

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É provável que surjam iniciativas regulatórias com foco na custódia e proteção dos ativos digitais dos clientes; na separação das atividades de corretagem, negociação, empréstimo e compensação; e na custódia e transparência de relatórios de reservas, ativos e passivos, disse o JPMorgan.

O banco falou ainda que a negociação de derivativos de criptomoedas provavelmente mudará para locais regulamentados, e a Chicago Mercantile Exchange (CME) provavelmente se beneficiará dessa transição.

O banco também afirmou que é “cético em relação a uma mudança estrutural” de exchanges centralizadas (CEX, na sigla em inglês) para exchanges descentralizadas (DEX). As DEXs não funcionariam para o tamanho dos pedidos provenientes de instituições maiores devido a velocidades de transação mais lentas ou porque as estratégias de negociação das instituições e o tamanho do pedido seriam rastreáveis ​​na blockchain.

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