Real e Ibovespa acompanham queda geral dos emergentes com maior aversão a risco

Maioria das divisas se enfraqueceu, com a moeda sul-coreana liderando as quedas e o real brasileiro atingindo um novo patamar mínimo para o ano

Bloomberg

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As moedas e as ações de mercados emergentes caíram nesta quinta-feira (11) à medida que dados de inflação dos EUA continuaram a pesar sobre o sentimento de risco.

Após, inicialmente, reduzirem suas perdas com os números do PPI (inflação ao produtor) dos EUA, no início do pregão americano nesta quinta-feira, os índices MSCI para moedas e ações do mundo em desenvolvimento terminaram o dia com queda de cerca de 0,3%.

A maioria das divisas se enfraqueceu, com a moeda sul-coreana liderando as quedas e o real brasileiro atingindo um novo patamar mínimo para o ano.

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Emergentes sob pressão: Ibovespa e real

Os ativos emergentes estão sob pressão à medida que a inflação persistente na maior economia do mundo levou os negociadores a reformular a perspectiva para as taxas de juros dos EUA, adiando o cronograma para o Federal Reserve reduzir os custos de empréstimo e prevendo menos cortes à frente.

A crescente tensão geopolítica no Oriente Médio também está reduzindo o apetite dos investidores pelo risco.

“Os mercados ainda estão digerindo o CPI, mas o PPI sugeriu pouco alívio à frente no que diz respeito à inflação”, disse Win Thin, diretor gerente e chefe global de estratégia de mercados na Brown Brothers Harriman & Co.

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“Acredito que muitos bancos centrais de mercados emergentes terão que recalibrar seus ciclos de alívio à luz da perspectiva do Fed, para que suas moedas não sofram pressão intensa.”

Dólar hoje chega quase a R$ 5,10

O real brasileiro enfraqueceu para o nível mais baixo desde outubro, enquanto o sol peruano superou a maioria dos outros 22 pares emergentes acompanhados pela Bloomberg antes de uma reunião do banco central na qual espera-se que os formuladores de políticas mantenham os custos de empréstimo inalterados pela segunda vez.

No mais, El Salvador está acessando o mercado de dívida global com uma oferta que pagará aos investidores uma taxa de juros mais alta se o governo não conseguir melhorias de crédito ou um acordo com o Fundo Monetário Internacional. É o primeiro negócio de títulos em quase quatro anos para o emissor com classificação “junk” (lixo), que segue um amplo rali na dívida de El Salvador. A S&P Global Ratings afirmou o crédito do país em B-.

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Enquanto isso, o banco central da Argentina cortou sua taxa de juros principal pela terceira vez desde que o presidente Javier Milei assumiu o cargo, reduzindo as taxas para 70%, de 80%.

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