Produção de minério da Vale cai 24% e fica em 59,6 milhões de toneladas no 1º trimestre

O resultado ficou abaixo do guidance da companhia, que esperava algo entre 63 e 68 milhões de toneladas

Rodrigo Tolotti

(Divulgação)

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SÃO PAULO – A Vale (VALE3) divulgou o relatório de produção do primeiro trimestre de 2020, com uma queda de 23,9% na base de comparação trimestral na produção de minério de ferro, para 59,6 milhões de toneladas.

Na base de comparação com o mesmo trimestre de 2019, a queda foi de 18,2%. O resultado ficou abaixo do guidance da companhia, que esperava algo entre 63 e 68 milhões de toneladas.

Entre as causas para a queda, a Vale apontou para a perda de 4,5 milhões de toneladas no Sistema Norte, perdas de 1,8 milhões de toneladas por menores compras de terceiros e perdas de 2,1 milhões de toneladas por questões operacionais no Sistema Sudeste, principalmente no Complexo de Itabira.

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Com os números, a mineradora revisou seu guidance de produção de finos de minério de ferro em 2020, passando de 340-355 milhões de toneladas para 310-330 milhões de toneladas, enquanto o guidance de produção de pelotas passou de 44 milhões de toneladas para 35-40 milhões de toneladas.

Efeito coronavírus

A produção nos negócios da Vale, segundo a própria companhia, sofreu um impacto limitado da pandemia da Covid-19 no primeiro trimestre deste ano. No negócio de minério de ferro, a Vale interrompeu temporariamente as operações no Terminal Marítimo de Teluk Rubiah, na Malásia, sem impacto na produção.

Já no negócio de metais básicos, a companhia reduziu sua operação de mineração em Voisey’s Bay e a colocou em regime de care and maintenance por um período inicial de quatro semanas, posteriormente estendendo esse período por até três meses adicionais, com um impacto de até 6 mil toneladas de produção de concentrado de cobre no primeiro semestre do ano.

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E no segmento de carvão, a Vale decidiu adiar planos para a manutenção da planta de processamento de carvão (atualmente em reforma) em Moçambique.

A mineradora alertou, no entanto, que o impacto da Covid-19 nas operações da Vale no futuro poderá ser mais significativo, principalmente pelo aumento potencial nos níveis de absenteísmo em seus sites de produção, se for necessário intensificar as medidas de segurança para proteger seus empregados, caso haja uma escalada de contágio nas localidades em que opera.

Também pelo adiamento de paradas de manutenção programadas nas plantas de metais básicos, devido a restrições de segurança, e em razão de restrições potencialmente mais severas, impostas pelas autoridades para combater a pandemia de coronavírus, que podem restringir seu contingente mínimo de mão-de-obra.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.