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A subsidiária da Embraer (EMBR3), Eve, divulgou seus resultados na véspera e realizou sua teleconferência de resultados do segundo trimestre de 2025 (2T25).
A companhia reportou um prejuízo líquido de US$ 64,7 milhões no segundo trimestre de 2025, ampliando em 77,75% a cifra também negativa registrada um ano antes. O aumento do prejuízo foi impulsionado principalmente por maiores despesas com pesquisa e desenvolvimento (P&D), em meio ao avanço do eVTOL (aeronave elétrica de decolagem e pouso vertical) e seu ecossistema.
A empresa ressaltou em release de resultados que está em estágio pré-receita. Com isso, a companhia não espera receitas significativas durante a fase de desenvolvimento da aeronave. “Os resultados financeiros devem estar relacionados principalmente aos custos associados ao desenvolvimento do programa durante esse período”, explica.
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Na teleconferência, as principais conclusões foram, segundo aponta o Bradesco BBI:
A Eve espera permanecer na extremidade inferior da orientação de consumo de caixa para 2025. A orientação de consumo de caixa é de US$ 200 milhões a US$ 250 milhões para 2025 e, durante o 1S25, a empresa queimou cerca de US$ 85 milhões em caixa e espera um pouco mais durante o 2S25. Assim, espera estar perto do limite inferior da faixa de orientação para 2025.

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“A longo prazo, a administração da Eve ainda parece estar confortável com sua posição de caixa que permite fundos suficientes para cobrir despesas por dois anos, incluindo uma doação que a empresa levantou”, destaca o BBI.
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Além disso, a Eve anunciou uma parceria com a Beta Technologies como um novo parceiro para fornecer motores elétricos para o eVTOL – aeronave elétrica de pouso e decolagem vertical da Eve.
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A administração mencionou que poderia otimizar o veículo como um todo e que a fase de testes deste novo motor deve aumentar a maturidade no futuro da campanha de testes de voo.
O terceiro ponto é que a Eve espera que o voo dos protótipos em conformidade aconteça no próximo ano, e a campanha deve incluir uma fase de desenvolvimento e fase de certificação, levando à certificação ainda em 2027.
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Na visão do Bradesco BBI, as sinalizações são positivas para a Embraer, uma vez que a Eve continua avançando em sua fase de desenvolvimento para voar o eVTOL até o final de 2026 e também pretende obter a certificação para operar em 2027.
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“Observamos que a escolha da Beta para fornecer motores pode ser benéfica, pois a Beta já estava desenvolvendo um eCTOL (aeronave elétrica de pouso e decolagem convencional – longas pistas de aeroporto) e o conhecimento sobre esses tipos de aeronaves pode se traduzir bem no fornecimento do eVTOL da Eve”, avalia a equipe de análise.
Assim, na visão dos analistas, apesar da recente alta das ações da Embraer, esse movimento ainda não precifica todo o potencial dos negócios da Eve.
“Acreditamos ainda que os avanços na certificação podem servir de gatilho para que a Embraer também reflita Eve”, aponta o BBI que projeta que, aos preços atuais de mercado, Eve representaria cerca de R$ 12,00/EMBR3. O BBI mantém visão construtiva sobre a Embraer, mantendo recomendação de compra e preço-alvo para 2025 de R$ 97.
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(com Estadão Conteúdo)