Powell: política monetária dos EUA ficará restritiva, mas não estamos tentando provocar recessão

"Agora, estamos tentando alcançar uma inflação de 2%, compatível com um mercado de trabalho forte. É isso que estamos tentando fazer"

Estadão Conteúdo

Jerome Powell, presidente do Fed (Foto: Samuel Corum/Getty Images)

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O presidente do Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano), Jerome Powell, afirmou que a política monetária dos EUA terá de ficar restritiva em meio ao cenário de elevada inflação, mas que o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) não está tentando provocar uma recessão na maior economia do mundo.

“Não estamos tentando induzir uma recessão. Agora, estamos tentando alcançar uma inflação de 2%, compatível com um mercado de trabalho forte. É isso que estamos tentando fazer”, respondeu Powell, em coletiva de imprensa, nesta quarta-feira, 15.

De acordo com ele, os caminhos para trazer a inflação para o patamar dos 2% se tornam “muito mais desafiadores” devido a fatores que não estão sob o controle do Comitê, referindo-se aos impactos da guerra na Ucrânia. Powell disse ainda que flutuações nos preços de commodities poderiam impedir o pouso suave na economia dos EUA.

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O presidente do Fed afirmou que o Comitê não está vendo espiral de alta nos salários e que não se pode ter um mercado de trabalho forte, sem estabilidade nos preços. “Uma taxa de desemprego de 4,1% com inflação a caminho de 2%. Acho que seria perfeito. Eu acho que seria um resultado bem sucedido”, afirmou, acrescentando que a meta do Fed é “influenciar a inflação cheia”, mas que o os dirigentes “seguem monitorando o núcleo”, que exclui os voláteis preços de energia e alimentos.

Para ele, a economia dos EUA está “muito forte” e “bem posicionada” para enfrentar o aperto monetário. Powell admitiu que houve uma desaceleração no desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA, mas afirmou que ainda há um ritmo de “crescimento saudável”. “Há mudanças no padrão de consumo, mas os gastos ainda estão muito fortes. O ambiente se tornou mais difícil nos últimos 4, 5 meses. Queremos ver moderação da demanda e equilíbrio de oferta e demanda no emprego”, afirmou.

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