Por que o Bitcoin vai atingir US$ 63 mil até março de 2024, segundo a Matrixport

Dados históricos mostram que o Bitcoin tende a cair e começar a subir 15 meses antes do próximo "halving"

CoinDesk

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Há meses andando “de lado”, o Bitcoin (BTC) poderá em breve encontrar alívio e subir para US$ 63.000 em março de 2024, momento em que é previsto o corte na emissão da criptomoeda segundo programado em seu código, com objetivo de reduzir o ritmo de expansão da oferta em 50% a cada quatro anos.

Ao menos é o que defende Markus Thielen, chefe de pesquisa e estratégia do provedor de serviços cripto Matrixport, que possui US$ 10 bilhões em ativos sob gestão.

A previsão positiva é baseada na suposição de que o Bitcoin repetirá o movimento de ganhos visto no período que antecedeu os dois últimos eventos do tipo, que aconteceram em julho de 2016 e abril de 2020.

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Chamado de halving, o processo consiste na redução pela metade da recompensa dos mineradores, cortando também em 50% a oferta de novas unidades do ativo no mercado – por isso se diz que a criptomoeda tem características deflacionárias.

Tanto em 2016 quanto em 2020, o Bitcoin enfrentou movimentos de alta 15 meses antes do halving, culminando em um preço 39% mais alto do patamar visto exatos dois anos antes. Com isso, se a história se repetir, a moeda poderia subir, segundo Thielen, para US$ 63.160 até março de 2024, sendo negociado 39% acima do preço de US$ 45.538 visto em março de 2022.

O próximo halving está previsto para maior de 2024.

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“Os preços começaram a subir 15 meses antes do próximo halving (novembro de 2022) e tendem a terminar 39% de onde foram negociados 24 meses antes. Isso significaria que o Bitcoin seria negociado em torno de US$ 63.160 (março de 2022 a US$ 45.538* (1+39%) = US$ 63.160) até março de 2024”, escreveu Thielen, em nota.

Cautela com histórico

O histórico de nenhum ativo garante que ele se repetirá, especialmente no caso da curta história do Bitcoin. No entanto, o investidor pode buscar refúgio nas perspectivas macro mais favoráveis nos próximos meses.

As autoridades do Federal Reserve recentemente sugeriram um ritmo mais lento de aperto monetário nos Estados Unidos a partir de dezembro. Além disso, há sinais de que a China está suavizando sua postura em relação às criptomoedas, de acordo com Thielen.

Leia mais:
Halving do Bitcoin: como fica a cotação depois que a recompensa dos mineradores cair pela metade?

“O momento de Hong Kong potencialmente legalizar o comércio de criptomoedas no varejo para se tornar um centro de criptomoedas logo após o Congresso do Partido da China, que é realizado apenas duas vezes a cada década, sinaliza que a China está mudando sua postura em relação às criptos”, observou Thielen.

“A Rússia também mudou sua postura diante das sanções econômicas. O presidente Putin e a China estão buscando uma alternativa ao sistema do dólar. Juntamente com a Arábia Saudita, que deseja se juntar aos países do BRICS e está muito interessada em atualizar sua economia para a Web 3.0, um novo mercado de alta de criptomoedas de vários anos pode estar começando”, acrescentou Thielen.

À espera do próximo halving

O Bitcoin passou por três halvings até o momento. Os preços subiram de US$ 8.800 para US$ 69.000 em 18 meses após o terceiro halving, em 12 de maio de 2020.

O quarto halving estava inicialmente previsto para acontecer em maio de 2024. No entanto, com a taxa de hash – ou o poder de computação dedicado a blocos de mineração – subindo durante a queda dos mercados, espera-se que o halving da recompensa ocorra em março de 2024.

Após o evento, a recompensa por bloco paga aos mineradores cairá de 6,25 BTC para 3,12 BTC, reduzindo a taxa de inflação da criptomoeda para 1,1%. Os mineradores de Bitcoin resolvem problemas algorítmicos complexos para minerar blocos e verificar transações em troca de recompensas pagas em BTC.

A política monetária fixa da criptomoeda de reduzir pela metade a expansão da oferta a cada quatro anos contrasta com a crescente oferta de moeda fiduciária. Isso motivou muitos, incluindo a empresa de inteligência de negócios MicroStrategy, a adotar o Bitcoin como um ativo de reserva.

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