Novo Congresso não deve ajudar tanto na aprovação de reformas, aponta Eurasia

"Ainda esperamos que se aprove uma versão da reforma da previdência, mas somente após ela ser diluída pelos legisladores", aponta o relatório da consultoria  

Júlia Miozzo

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SÃO PAULO – Em relatório publicado na manhã esta terça-feira (9), a consultoria de risco político Eurasia comentou que a “renovação” do Congresso Nacional, que surpreendeu ao ser acima do que se esperava, não deve ajudar na aprovação de novas reformas, como a previdenciária.

A consultoria comenta que houve a saída de nomes tradicionais e esperados para serem reeleitos no Senado, especialmente do MDB, além de um aumento da participação do PSL na Câmara dos Deputados de 8 para 52 deputados eleitos, em um cenário de maior fragmentação do Congresso. 

“A nova casa [do Senado] terá um grupo de legisladores com menos experiência, com cerca de metade das cadeiras ‘renovadas’; mas, como era esperado, ela não será controlada por um único partido, com grupos de centro em maioria e trazendo boas perspectivas para qualquer presidente negociar uma coalizão, comentou a consultoria sobre a renovação do Senado.

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A princípio, isso seria bom para as reformas. Contudo, “partidos de centro na Câmara ainda vão querer condicionar seu apoio às reformas em troca de emendas parlamentares, algo que [Jair] Bolsonaro não irá ceder caso seja eleito”. A predominância do PSL na Câmara como a segunda maior bancada leva o partido a tentar eleger um próprio membro para ser presidente da casa, mas, tendo em vista as baixas taxas de aprovação do partido, o cenário para a aprovação de reformas não apresenta muita melhora, aponta a Eurasia.

“Ainda esperamos que se aprove uma versão da reforma da previdência, mas somente após ela ser diluída pelos legisladores”, aponta o relatório.

LEIA TAMBÉM: Partido de Bolsonaro, PSL saltou de 8 para 52 deputados e vira segunda maior bancada da Câmara

MDB foi o partido que mais elegeu senadores nesta eleição; confira a relação completa

Nomes eleitos e não eleitos

Dos 32 senadores tentaram a reeleição, somente oito conseguiram se manter no cargo – entre eles Ciro Nogueira (PP), Renan Calheiros (MDB) e Humberto Costa (PT). Entre os nomes que eram esperados para continuar na casa, mas não conseguiram se reeleger, estão Cristovam Buarque (PPS), Eunício Oliveira (MDB), Lindbergh Farias (PT), Magno Malta (PR) e Romero Jucá (MDB).

Ainda que tenha sido o partido que mais tenha perdido nomes tradicionais no Senado, o MDB foi o que conseguiu eleger o maior número de senadores nesta eleição.

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Quanto à Câmara dos Deputados, o PT segue sendo o partido com maior bancada, com 56 integrantes. O PSL, que teve influência positiva de Jair Bolsonaro, agora é o partido com a segunda maior bancada – inclusive, os dois deputados com mais votos do Estado de São Paulo, Eduardo Bolsonaro e a jornalista Joyce Hasselman, são do partido.

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