Fator analisa com cautela perspectivas da Bovespa em 2005, após alta recente

Analistas da corretora acreditam em Ibovespa a 32 mil pontos, porém alertando para riscos internacionais e políticos

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Buscando analisar de forma mais detalhada os riscos que podem afetar o mercado em 2005 e os motivos que levaram o Ibovespa para um patamar acima de 28.000 pontos, a Fator Corretora publicou seu relatório mensal de março. Considerando as cotações atuais da bolsa, os analistas da corretora estimam uma valorização de cerca de 12,6% para o índice até o final de 2005, rendimento inferior a aplicações de renda fixa disponíveis ao investidor.

Em seu relatório mensal, a corretora alegou que, mesmo com o bom desempenho do índice Ibovespa em fevereiro, ainda não vê motivos para alterar a previsão de 32 mil pontos para o índice no final de dezembro. A Fator alertou ainda para riscos políticos e econômicos.

Corretora não vê melhor situação

Para os analistas, o mês de fevereiro foi positivo para a bolsa paulista, principalmente em função da forte entrada de capital estrangeiro, inclusive investidores mais especulativos, como alguns hedge funds. No entanto, a percepção do risco país, o que poderia alterar favoravelmente às previsões da corretora, não mudou.

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Segundo a Fator, os principais assuntos que definirão o desempenho da Bovespa no curto prazo são, no cenário internacional, a evolução do preço do petróleo e do juro nos EUA, e, no cenário interno, a situação política.

Petróleo e juros nos EUA

O petróleo, acima de US$ 50 no mercado internacional, preocupa os analistas da Fator. A corretora afirma que se mantido este patamar de preço, o crescimento econômico mundial será penalizado, fato ainda não precificado no mercado mundial.

Outro ponto de destaque é a taxa de juro nos EUA. O Fed, banco central norte-americano, vem praticando uma política gradual de aumento de taxa de juro. Entretanto, os analistas ressaltam que, caso a inflação fique sistematicamente acima das expectativas nos próximos meses, essa política pode ser abandonada, trazendo conseqüências danosas ao mercado financeiro mundial, principalmente aos dos países emergentes.

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Risco político no Brasil

No entanto o maior risco, para a corretora, está no plano político. A eleição de Severino Cavalcanti na Câmara foi além das piores previsões da corretora, e, segundo os analistas, a governabilidade está comprometida.

Dentre os efeitos, a reforma ministerial é tida como inevitável. Entre as conseqüências poderão estar aumento dos gastos públicos e ineficiência gerencial, efeitos ainda não levados em consideração pelo mercado, mas que, se ocorrerem, serão sentidos no longo prazo.

Finalmente, o fortalecimento da oposição é outro ponto que requere atenção. A Fator alega que o PSDB está se fortalecendo, fato constatado na eleição do novo presidente da Câmara. O episódio teve apoio, segundo diversos analistas políticos, do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso.

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