Petróleo testa recuperação, mas fecha em leve baixa, ainda com decepção por cortes da Opep+

Commodity tentou se recuperar das últimas cinco sessões de baixa

Estadão Conteúdo

Publicidade

O petróleo fechou em baixa nesta quinta-feira (7), mas perto da estabilidade, com algum apoio da alta nas exportações chinesas e de novos sinais de arrefecimento do mercado de trabalho americano.

A commodity tentou se recuperar das últimas cinco sessões de baixa, mas sem muito ímpeto em meio à decepção com os cortes de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+).

O petróleo WTI para janeiro fechou em baixa de 0,05% (US$ 0,04), a US$ 69,34 o barril, ainda abaixo da marca de US$ 70, que ultrapassou na quarta-feira. O Brent para fevereiro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), caiu 0,33% (US$ 0,25), a US$ 74,05 o barril.

Continua depois da publicidade

A balança comercial da China de novembro mostrou avanço mensal de 0,5% nas exportações, depois de terem recuado 6,4% em outubro.

O resultado superou previsões de analistas consultados pela FactSet, que previam estabilidade. O dado da segunda maior economia do mundo deu força aos preços de commodities, em um momento em que pairam preocupações sobre uma desaceleração do crescimento global.

Além disso, o número semanal de auxílio-desemprego dos EUA subiu conforme era esperado, sinalizando um declínio na demanda por mão de obra, segundo análise da High Frequency Economics (HFE).

Continua depois da publicidade

Indícios de fraqueza no emprego tendem favorecer a adoção de uma política monetária menos restritiva – ou seja, uma boa notícia para aqueles que apostam em cortes de juros agressivos pelo Federal Reserve (Fed) no ano que vem.

Porém, ainda pesa no sentimento o anúncio de cortes voluntários na oferta de alguns países da Opep+, recebidos com insatisfação pelos investidores.

“O mercado se mostrou muito decepcionado com as medidas da Opep+, que ocorreram num contexto recente de aumento das exportações de petróleo dos EUA, desestocagem sazonal de fim de ano e fraco interesse de compra da Ásia para entregas em 2024 (até agora)”, observou o Citi em relatório.

Continua depois da publicidade

O banco disse que vê as medidas da Opep+ como adequadas para equilibrar o mercado durante o primeiro trimestre de 2024, mas não suficientes para evitar uma deterioração gradual do equilíbrio do mercado a partir de então.

“A fraqueza contínua dos preços poderá aumentar as probabilidades de uma reunião de emergência da Opep+ antes do fim do ano, como sugeriu a delegação da Argélia na semana passada, tendo as autoridades da Arábia Saudita e da Rússia reafirmado recentemente o seu compromisso de estabilizar os mercados, mantendo os cortes em vigor por mais tempo, se necessário.”