Petrobras registra alta após dado dos EUA; 5 ações reagem a balanços e Copasa cai pela 4ª sessão seguida

Confira os destaques da B3 na sessão desta quarta-feira (26)

Lara Rizério

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Petrobras (PETR3, R$ 14,94, +1,77%;PETR4, R$ 14,47, +0,84%)

As ações da Petrobras ganharam forças em meio aos estoques de petróleo americano. Os estoques caíram 3,6 milhões na semana passada, ante estimativa de 1,7 milhão de barris. Por outro lado, o estoque de gasolina subiu bem acima do esperado, a 3,369 milhões ante 500 mil esperados. Veja mais clicando aqui. 

Vale (VALE3, R$ 28,42, +0,25%; VALE5, R$ 27,28, -0,07% )

As ações da Vale oscilam entre leves ganhos e perdas, enquanto o minério de ferro estendeu a baixa em Dalian, com queda de 0,20%, a 497 iuanes,com receios sobre aumento da oferta. Por outro lado, o minério spot negociado em Qingdao teve leve alta, de 0,83%, a US$ 66,62 a tonelada. 

Santander (SANB11, R$ 26,67, +1,79%)

O Santander Brasil, maior banco estrangeiro em operação no país, chegou a subir 2%, mas amenizou os ganhos na esteira do resultado do primeiro trimestre. A companhia teve lucro líquido gerencial de 2,28 bilhões de reais no primeiro trimestre, alta de 37,3 por cento ante no mesmo período de 2016. O lucro societário, que referencia a distribuição de remuneração aos acionistas, foi de 1,824 bilhão de reais no período, aumento de 50,4 por cento contra mesma etapa do ano passado. Segundo o BTG Pactual, a primeira leitura é de um resultado bastante forte, que bateu as estimativas do mercado e aumentando a percepção de que o Santander Brasil está conseguindo diminuir a sua distância de lucratividade em relação a seus pares brasileiros. 

Lojas Renner (LREN3, R$ 29,01, -1,33%)
A Lojas Renner registra queda após a divulgação do balanço. A varejista registrou lucro líquido de R$ 67 milhões no 1° trimestre deste ano, alta de 2,2% ante mesma etapa de 2016. Analistas consultados pela Bloomberg estimavam lucro de R$ 66,1 milhões. O desempenho mostra uma forte recuperação em relação ao avanço de 1,3 por cento nos primeiros três meses de 2016 e acontece após dois trimestres seguidos de resultado negativo dado o difícil quadro econômico no país.

Segundo o Safra, os “resultados foram bons em termos gerais, principalmente devido à forte recuperação nas vendas mesmas lojas”.  Por outro lado, o Brasil Plural aponta que o balanço mostrou uma erosão da margem bruta maior do que a esperada, considerado principal destaque do trimestre. “Nossa expectativa é de que a contração de 120 pontos-base na comparação anual superará o crescimento forte de SSS (vendas nas mesmas lojas) e os bons resultados dos serviços financeiros”, avaliam os analistas. 

Fibria (FIBR3, R$ 28,51, -1,52%)
A Fibria, maior produtora de celulose de eucalipto do mundo, registra forte queda na B3 após informar na noite de segunda-feira que teve lucro líquido de 329 milhões de reais no primeiro trimestre, queda ante lucro de 978 milhões em igual etapa de 2016.

O Bradesco BBI destacou que os resultados foram “decepcionantes”; “momentum positivo dos preços da celulose provavelmente desaparecerá no segundo semestre, enquanto o real permanece em níveis valorizados, pesando ainda mais sobre as margens”. 

WEG (WEGE3, R$ 17,16, -0,52%)
A WEG tem leve baixa após a companhia registrar lucro líquido de 257,7 milhões de reais no primeiro trimestre, queda de 8,7 por cento sobre o resultado obtido um ano antes, pressionada por queda na receita com vendas no mercado brasileiro e no exterior.

De acordo com o Santander, o resultado foi ligeiramente negativo, em meio ao real valorizado e os volumes ainda fracos nas operações domésticas e internacionais. “Olhando para frente, nós ainda esperamos que o real valorizado irá impactar negativamente as operações da companhia”, destacam os analistas. 

Engie Brasil (EGIE3, R$ 34,98, +0,66%)
A geradora de energia elétrica Engie Brasil Energia fechou o 1° trimestre com lucro líquido de R$ 450,7 milhões, alta de 29,8% ante mesmo período do ano passado, informou a companhia nesta terça-feira. A elétrica, controlada pela francesa Engie , apurou uma geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de R$ 885,5 milhões no período. 

Os analistas do Santander apontaram que o resultado foi em linha com o esperado, sendo positivamente afetado pelos menores custos de energia. 

Marfrig (MRFG3, R$ 6,86, +0,44%)

Em relatório, os analistas do Bradesco BBI destacaram a visão positiva da aquisição da AdvancePierre pela Tyson (anunciada ontem) para o potencial IPO da Keystone (Marfrig), trazendo mais momentum para o setor. De acordo com o Bradesco BBI, o IPO deve vir ainda em 2017 versus a expectativa do mercado para 2018 . Vale destacar que, na sexta-feira, os papéis subiram 6%, alta similar à registrada ontem, quando subiu 6,55%. Em quatro pregões, a alta acumulada é de quase 14%. 

A AvancePierre é o principal par da Keystone, sendo adquirida por 14 vezes o EV/EBITDA (valor da empresa sobre o Ebitda), ou seja, retorno de 100% apenas 9 meses após seu IPO (listadas em US negociando por volta de 12 vezes). Para a Marfrig, destacam os analistas, se o IPO da Keystone for a 10 vezes EV/EBITDA, Marfrig Beef estaria negociando a 2.2 vezes , o que levaria a um preço-alvo de R$ 11,00. Atualmente o preço-alvo do Bradesco BBI para a Marfrig é de R$ 8,00.  

Copasa (CSMG3, R$ 34,86, -0,68%)

As ações da Copasa seguem em queda, registrando o seu quarto pregão seguido de baixa e acumulando desvalorização de mais de 25% no período. Na quinta-feira, os papéis despencaram quase 21% após a divulgação da revisão tarifária preliminar pela Arsae, que decepcionou e muito o mercado (veja mais clicando aqui). Vale destacar que, após a forte queda, o Scotia Bank elevou a recomendação para os papéis com  preço-alvo sendo reduzido de R$ 45,00 para R$ 43,00. 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.