Petrobras, recomendações e mais 5 notícias agitam o radar desta quarta-feira

Entre os destaques do dia, a Braskem teve sua recomendação rebaixada para market perform, enquanto a Gerdau foi elevada para compra pelo BTG Pactual

Paula Barra

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SÃO PAULO – O radar corporativo desta quarta-feira (7) começa agitado. Entre os destaques, a Petrobras (PETR3; PETR4) informou que conseguiu negociar com seus credores a divulgação do balanço não auditado do terceiro trimestre por auditoria independente ainda este mês. Os credores da companhia estavam pressionando para que a empresa divulgasse as demonstrações contábeis auditadas até o final de janeiro, conforme contrato acordado.

Ainda sobre a estatal, a Petrobras afirmou em nota na terça-feira que está aumentando sua capacidade de produção no pré-sal de “modo economicamente viável”, em meio a preocupações de que a queda acentuada no preço do petróleo no mercado internacional possa afetar suas margens de lucro. 

Por fim, uma matéria do jornal O Globo desta quarta-feira destaca que a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, teria atuado diretamente no processo de implementação da rede de gasodutos Gasene, que, segundo auditoria sigilosa do TCU (Tribunal de Contas da União), teve superfaturamento de mais de 1.800% em um dos seus principais trechos.

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Braskem e Gerdau
A Braskem (BRKM5) teve sua classificação rebaixada pelo Bradesco BBI de outperform (desempenho acima da média) para market perform (desempenho em linha com a média). Apesar da melhora significativa na rentabilidade da empresa causada pela depreciação do real frente ao dólar, os analistas acreditam que a queda dos preços do petróleo, petroquímicos básicos mais baixos e spreads mais apertados de resina, devem ofuscar o efeito cambial e resultar em um Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) em 2015 neutro da companhia na comparação com o ano passado. 

Por sua vez, a siderúrgica Gerdau (GGBR4) teve sua recomendação elevada para compra pelo BTG Pactual.

Siderúrgicas
Ainda sobre as siderúrgicas, um aumento de preços entre 5% e 8%, dependendo do produto siderúrgico, foi anunciado à rede de distribuição de aço pelas siderúrgicas, incluindo a Gerdau, Usiminas (USIM5) e CSN (CSNA3), segundo fontes com conhecimento no assunto disseram à Agência Estado. 

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Oi
Destaque também para as ações da Oi (OIBR4). Ontem, as ações preferenciais caíram 16,67%, a R$ 6,55. A queda ocorreu após notícia de que a Procuradoria-Geral da República de Portugal confirmou que foram realizadas buscas na sede da holding PT SGPS para um inquérito do Departamento Central de Investigação de Ação Penal (DCIAP) do país. A PT SGPS detém 25,6% da Oi, que, por sua vez, é dona da Portugal Telecom. 

Cosan
A Cosan (CSAN3) busca parceiros para investir R$ 6 bilhões em gasoduto, informou o Valor. Segundo a publicação, a empresa, através da Rumo Logística (RLOG3), já deu entrada no processo de licenciamento do empreendimento no Ibama (Instituto Brasileiro no Meio Ambiente e dos Recursos Nacionais Renováveis).   

Sabesp
A agência que fiscaliza o serviço da Sabesp (SBSP3) deixou para hoje a decisão sobre a regulamentação de uma multa para quem consumir água acima da média em 2015, em meio a fortes críticas das entidades de defesa do consumidor. A regulamentação será divulgada por nota após a reunião da diretoria da Arsesp, que começa às 14h (horário de Brasília). A proposta, que foi anunciada por Geraldo Alckmin (PSDB) em meados de dezembro, prevê sobretaxa de 20% na conta para quem consumir até 20% mais em relação à média de 2013 e de 50% para quem ampliar o consumo até esse limite.

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BHG
A BHG (BHGR3) comunicou ontem à noite que assinou memorando de entendimento para administração hoteleira de três novos hotéis em desenvolvimento pela incorporadora STX nas cidades de São Paulo, Santos e Nova Iguaçu.