Pedidos de auxílio desemprego nos EUA, nova baixa do minério e mais assuntos que vão movimentar o mercado hoje

Confira os destaques que vão movimentar o mercado nesta sessão

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – A sessão desta quinta-feira (16) é de leve queda para os principais índices futuros dos EUA, assim como a Ásia fechou em baixa na maior parte dos índices. O dia também é de queda para o minério de ferro, que vai para a casa dos US$ 100 a tonelada, em meio aos dados fracos da China e com menor produção de aço.

Nos Estados Unidos, atenção para os dados de pedido de auxílio desemprego. Já no noticiário brasileiro, os olhos dos investidores devem seguir voltados para o impasse dos precatórios. Além disso, a Secretaria de Política Econômica publica novas estimativas para a economia às 9h30, seguidas de entrevista às 10h do secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida, para comentar a grade de parâmetros macroeconômicos.

Confira os destaques:

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1. Bolsas mundiais

Estados Unidos

Os índices futuros americanos recuam nesta quinta, em que as bolsas asiáticas registraram queda. Na Europa, as bolsas avançam.

Na quarta, o S&P avançou 0,9%, em uma sessão marcada por alta de 3,8% no setor de energia, que teve sua maior alta diária desde 27 de agosto. O Dow avançou mais de 200 pontos, e o Nasdaq Composto avançou 0,8%.

Os papéis da farmacêutica Moderna avançaram cerca de 0,7% no pós-market após a empresa divulgar novos dados sobre a incidência de casos de Covid entre pessoas que já completaram o esquema vacinal. Pesquisas realizadas pela empresa indicam que a incidência desses casos é menor entre pessoas que passaram por vacinação mais recentemente.

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Após sete anos de ganhos para o S&P e uma alta de quase 20% que levou o índice a patamares recordes neste ano, muitos analistas esperam resultados menos animadores para o resto do ano.

O mês de setembro, em especial, tipicamente é um mês negativo para as bolsas americanas. Em média, o S&P recuou 0,56% no mês desde 1945, segundo dados da CFRA.

No mês até o momento, o Dow recuou 1,6%; o S&P perdeu 0,9% e o Nasdaq perdeu 0,6%.

Nos últimos dias, investidores vêm reagindo a dados mais fracos de inflação nos EUA, que reduziram as expectativas quanto ao momento em que o Federal Reserve reduzirá o ritmo de compra de ativos, atualmente em US$ 120 bilhões mensais. Dados fracos no varejo na China também sugerem uma desaceleração no ritmo de recuperação global.

Nesta quinta, investidores acompanham novos pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos. Economistas ouvidos pela Dow Jones esperam que 320 mil americanos tenham realizado pedidos do tipo na semana encerrada em 10 de setembro, uma leve alta frente a 310 mil da semana anterior.

Investidores também antecipam uma sexta-feira emocionante, já que a data será marcada pelo chamado “quadruple-witching”, termo que nos Estados Unidos se refere a um mesmo dia em que ocorre o vencimento de opções de ações, de índices futuros de ações, de ações e de “single-stock futures”. Assim, os mercados acionários norte-americanos podem ter um dia de forte volatilidade.

Ásia

As bolsas asiáticas fecharam a quarta-feira em queda, com destaque negativo das bolsas chinesas.

Na China continental, o Shanghai composto recuou 1,34%; em Hong Kong, o índice Hang Seng perdeu 1,46%, com destaque negativo para ações do setor de cassinos, que recuaram pelo segundo dia consecutivo.

As ações da Wynn Macau listadas em Hong Kong perderam 4,69%; os papéis da Sands China recuaram 7,96%; e os papéis da Melco International Development recuaram 0,76%. Na quarta ações do setor de cassinos já haviam registrado perdas após Macau iniciar uma consulta pública sobre o setor de jogos.

Os temores regulatórios e os problemas da gigante imobiliária Evergrande levaram a impacto nos negócios em Hong Kong e China Continental. A ação da Evergrande caiu 6,41% e puxou para baixo outras incorporadoras do país, com a notícia de que a empresa não conseguirá honrar o pagamento de juros na próxima semana.

Leia também: 2022 será o ano das incertezas, mas também o das oportunidades de investimento

No Japão, o Nikkei recua 0,62%, e na Coreia do Sul o Kospi perdeu 0,74%.

Atenção ainda ao mercado de commodities, com a nova queda, de 3,94%, do minério de ferro na Bolsa de Dalian, na China, a 670,5 iuanes. Os dados econômicos chineses mais fracos, assim como uma menor produção chinesa de aço, devido a metas ambientais, são os principais responsáveis pela queda.

Europa

Na Europa, o índice Stoxx 600, que reúne as ações de 600 empresas de todos os principais setores de 17 países europeus, avança 0,6%, com destaque positivo para papéis dos setores de viagem e lazer e negativo para o setor de recursos básicos.

A alta ocorre mesmo com os resultados negativos na Ásia e com os futuros americanos em queda.

Na quarta, o primeiro-ministro britânico Boris Johnson realizou alterações em seu gabinete, substituindo ministros mais antigos e instando seu governo a abordar a desigualdade econômica no período pós-pandemia.

Na próxima segunda, o ministro das Finanças da Alemanha, Olaf Scholz, deve ser submetido a questionamentos por parte de legisladores a respeito da suspeita de problemas na agência do país responsável por combater a lavagem de dinheiro.

Os questionamentos ocorrerão poucos dias antes das Eleições no país, em que Scholz é o favorito como sucessor da Chanceler Angela Merkel. Scholz faz parte do Partido Social Democrata (SPD na sigla em alemão), que poderá assumir o posto ocupado até então pela líder da União Democrática Cristã (CDU em alemão).

Veja os principais indicadores às 7h30 (horário de Brasília):

Estados Unidos

*Dow Jones Futuro (EUA), -0,08%
*S&P 500 Futuro (EUA), -0,12%
*Nasdaq Futuro (EUA), -0,2%

Europa

*FTSE 100 (Reino Unido), +0,49%
*Dax (Alemanha), +0,51%
*CAC 40 (França), +0,99%
*FTSE MIB (Itália), +1,1%

Ásia

*Nikkei (Japão), -0,62% (fechado)
*Shanghai SE (China), -1,34% (fechado)
*Hang Seng Index (Hong Kong), -1,46% (fechado)
*Kospi (Coreia do Sul), -0,74% (fechado)

Commodities e Bitcoin

*Petróleo WTI, -0,15%, a US$ 72,5 o barril
*Petróleo Brent, -0,11%, a US$ 75,38 o barril
*Bitcoin, +3,7% a US$ 47.798,96
*Sobre o minério: **Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian registram queda de 3,94%, cotados a 670,5 iuanes, equivalente hoje a US$ 104,01 (nas últimas 24 horas).
USD/CNY = 6,45

2. Agenda

Brasil

8h: IGP-10 de setembro divulgado pela FGV
9h30: Diretor-executivo da Prevent Senior, Pedro Benedito Batista Júnior, presta depoimento na CPI da Covid
9h30: Secretaria de Política Econômica (SPE) divulga grade de parâmetros macroeconômicos

Estados Unidos

9h30: Dados de auxílio desemprego semanal, com expectativa Refinitv de 328 mil pedidos
9h30: Vendas do varejo de agosto, com expectativa de queda de 0,8% na comparação mensal
11h: Dados de estoques empresariais de julho, com projeção de alta de 0,5% na base mensal, segundo consenso Refinitiv

3. Covid, vacinação e CPI

Na quarta (15), a média móvel de mortes por Covid em 7 dias no Brasil ficou em 597, patamar 5% abaixo daquele de 14 dias antes. Em apenas um dia, foram registradas 793 mortes. O aumento da média de mortes ocorre após o feriado do Sete de Setembro, e é impulsionado pela contabilização de mortes cuja contabilização havia sido represada.

As informações são do consórcio de veículos de imprensa que sistematiza dados sobre Covid coletados por secretarias de Saúde no Brasil, que divulgou, às 20h, o avanço da pandemia em 24 h.

A média móvel de novos casos em 7 dias foi de 15.196, queda de 32% em relação ao patamar de 14 dias antes. Em apenas um dia foram registrados 14.532 novos casos.

Chegou a 139.887.121 o número de pessoas que receberam a primeira dose da vacina contra a Covid no Brasil, o equivalente a 65,58% da população. A segunda dose ou a vacina de dose única foi aplicada em 76.760.153 pessoas, ou 35,98% da população.

A dose de reforço foi aplicada em 196.972 pessoas, ou 0,09% da população.

Reportagem de capa do jornal O Globo desta quinta-feira afirma que a adesão à vacinação vem se refletindo em menos transmissões, hospitalizações e mortes por Covid. O jornal ressalta que entre a média de 3.125 mortos em 12 de abril, o pico da Covid e a de 597 da última quarta houve redução de 80,9%.

O Instituto Butantan chegou na quarta-feira a 100 milhões de doses da vacina contra Covid-19 CoronaVac entregues ao Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde. Com isso, concluiu o contrato firmado com a pasta, que previa este montante de doses até o final do mês.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, a CoronaVac responde por 33,4% das doses de vacinas contra Covid-19 já aplicadas no Brasil.

Reportagem de capa da Folha de S. Paulo ressalta fala do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, na quarta, ao acompanhar a entrega de doses de vacinas da Pfizer em Guarulhos (SP). Segundo o ministro: “Há excesso de vacina na realidade, o Brasil já distribuiu 260 milhões de doses, 210 já aplicadas”.

O jornal ressalta, no entanto, que ao menos seis estados não puderam iniciar a antecipação da segunda dose contra a Covid na data planejada por conta da falta de imunizantes, em especial da vacina da AstraZeneca, produzida no Brasil pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).

Além disso, um grupo de juristas liderados pelo ex-ministro da Justiça Miguel Reale Júnior apontou, em parecer entregue à CPI da Covid no Senado, pelo menos sete tipos penais que podem ter sido cometidos pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e outros membros do governo ao longo da pandemia. O parecer deve ajudar a embasar o relatório do senador Renan Calheiros (MDB-AL), com previsão de ser apresentado no final do mês de setembro.

Leia também
CPI da Pandemia: Quais crimes juristas imputam a Bolsonaro durante o enfrentamento à Covid-19?

Os juristas consideram que ao longo dos últimos meses o presidente cometeu crimes contra a saúde pública –de epidemia, infração de medida sanitária preventiva e charlatanismo, ao advogar pelo uso de medicamentos sem comprovação–, de incitação ao crime e prevaricação. Além disso, outras autoridades do governo podem ser enquadrados em crimes contra a Administração Pública, estelionato, corrupção passiva, advocacia administrativa e também prevaricação.

“O que restou evidente até o momento da conclusão dos trabalhos da comissão de especialistas é a ocorrência de uma gestão governamental deliberadamente irresponsável e que infringe a lei penal, devendo haver pronta responsabilização. Não se trata, apenas, de descumprimento de deveres por parte dos gestores públicos, mas, também, da recusa constante do conhecimento científico produzido ao longo do enfrentamento da pandemia do Covid-19”, conclui o parecer.

Os juristas afirmam ainda, em relação a Bolsonaro, que o presidente, ao longo da pandemia, impôs obstáculos constantes ao cumprimento de medidas sanitárias consideradas imprescindíveis, deixou de cumprir seu dever de assumir a coordenação do combate à pandemia, atrasou a compra de vacinas e anunciou que não iria se vacinar.

O documento indica a responsabilização também ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, e o secretário-executivo do Ministério da Saúde, coronel Elcio Franco.

O documento ainda aponta a possível responsabilização de outros servidores do Ministério da Saúde, incluindo o ex-diretor de logística do ministério, Roberto Ferreira Dias e a ex-secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde Mayra Pinheiro. Dias, de acordo com o parecer, pode ser enquadrado por corrupção e Mayra, por curandeirismo.

Os crimes de responsabilidade apontados pelos juristas poderiam levar ao impeachment de Bolsonaro.

No entanto, a decisão de abrir ou não um processo cabe ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que tem em mãos mais de 130 pedidos, mas já indicou que não pretende levar adiante nenhum deles.

Na quarta, a CPI aprovou a convocação da Ana Cristina Valle, ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro, para depor na comissão para esclarecer suspeitas de atuação junto a suposto lobista para indicar pessoas para ocupar cargos no governo federal.

O vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse que há uma suspeita de que o advogado, empresário e suposto lobista Marconny Albernaz, que depôs na quarta, teria se valido de relações com Ana Cristina para encaminhar currículos para pessoas ocupar cargos no governo.

Albernaz confirmou ter relação com o filho mais novo do presidente, Jair Renan, por meio de quem conheceu Ana Cristina. Ele afirmou, no entanto, que não tem negócios com a família Bolsonaro e, munido de um habeas corpus, permaneceu em silêncio ao ser questionado se a ex-mulher do presidente levou adiante seus pedidos.

A ex-mulher de Jair Bolsonaro é alvo de investigação no caso da suposta “rachadinha” em gabinetes da família Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio. Trata-se de um tipo de esquema de desvio de dinheiro público pelo qual funcionários com cargos no governo são obrigados a entregar parte de seus salários a pessoas com controle sobre suas indicações.

Nesta quinta, os senadores ouvem Pedro Benedito Batista Júnior, diretor-executivo da operadora de planos de saúde Prevent Senior. A empresa indicou a seus usuários o remédios comprovadamente ineficazes para o tratamento da Covid.

4. Eleições, precatórios e reforma administrativa

Na madrugada de quinta-feira, a Câmara dos Deputados aprovou a restrição à divulgação de pesquisas eleitorais nas 72 horas anteriores ao dia da eleição. Com a votação, concluiu a aprovação do Código Eleitoral. Agora o projeto será discutido pelo Senado Federal.

Os deputados também aprovaram, por 331 votos a 111, a volta das propagandas partidárias na TV e no rádio em anos não-eleitorais, uma modalidade de anúncio que havia sido extinta em 2017.

Uma manobra entre partidos do Centrão e a oposição levou à reinclusão do ponto que cria uma quarentena de quatro anos para que juízes, integrantes do Ministério Público, policiais, guardas municipais e militares possam disputar as eleições. A reinclusão deste ponto foi polêmica porque, na semana anterior, o mesmo dispositivo havia sido rejeitado, com folga de três votos. Desta vez, a proposta foi aprovada por 273 votos contra 211. Caso seja aprovada no Senado e sancionada, a quarentena só começaria a valer a partir das Eleições de 2026.

Em entrevista ao programa “Pingos nos Is”, da rádio Jovem Pan, na quarta, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que a emenda da reeleição foi o pior erro político que o país já cometeu. Citando o comportamento de antecessores do presidente Jair Bolsonaro, como Fernando Henrique Cardoso e Dilma Rousseff, ele afirmou que a medida impôs uma “obsessão pela reeleição” nos primeiros mandatos.

Guedes disse que o “componente político” reduz o viés liberal do governo, o que considera natural.

“Evidentemente que o componente político vai diminuindo um pouco a intensidade do vetor liberal, mas eu digo que ainda estamos aí com 60% na direção certa”, afirmou Guedes.

O ministro reiterou que o governo foi surpreendido pelo salto do volume de precatórios a ser pago no próximo ano, somando R$ 89 bilhões. Ele voltou a fazer um apelo para que uma solução receba o aval do Judiciário e do Legislativo, ressaltando que, sem uma alternativa que dê previsibilidade a essa despesa obrigatória e reduza o volume no próximo ano, o governo não conseguirá garantir um Bolsa Família “moderado” em 2022.

Ele frisou que a solução para o problema passa pela aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios no Congresso e, por outro, por uma avaliação do Supremo Tribunal Federal (STF) a favor da constitucionalidade do projeto, que prevê o parcelamento do pagamento dos precatórios de maior valor.

Em um evento mais cedo na quarta-feira do qual também participou o presidente do STF, Luiz Fux, Guedes já havia feito o que chamou de um “pedido desesperado de socorro” sobre a questão dos precatórios. Fux reagiu dizendo que Guedes havia colocado no seu colo “o filho que não é meu”.

Uma outra solução que vinha sendo discutida passa pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), mas perdeu tração após os protestos de Sete de Setembro, quando o presidente Jair Bolsonaro fez críticas à cúpula do Judiciário. Por esse modelo, o valor dos precatórios não poderia subir acima da inflação anualmente, assim como ocorre com a regra do teto de gastos.
A intenção do governo é estabelecer uma regra que dê maior previsibilidade às despesas com precatórios, limitando as despesas anuais a determinados tetos, o que potencialmente abriria mais espaço para despesas discricionárias.

Para o ano que vem, que terá eleições, o principal objetivo é viabilizar um reajuste do pagamento médio do Bolsa Família para R$ 300.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou na quarta-feira que a solução para a questão dos precatórios será dada pelo Congresso Nacional diante da falta de clima para uma mediação por parte do CNJ.

Além disso, o relator da reforma administrativa, deputado Arthur Oliveira Maia (DEM-BA), afirmou na quarta-feira que ainda negocia mudanças com parlamentares para garantir a aprovação da proposta na comissão especial que a discute.

A comissão especial da Câmara iniciou na terça-feira os debates da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma administrativa. A previsão inicial é que a votação seja concluída até quinta-feira.

Em entrevista à BandNews TV, ele afirmou que há pontos passíveis de mudança, como por exemplo o prazo da contratação temporária. Maia voltou a sustentar que o texto garante a estabilidade a todos os servidores.

O parlamentar afirmou que não “há nada” que possa impedir o avanço da proposta, mas evitou fazer um previsão de votos ou de quando ela pode ser colocada em votação no plenário da Câmara.

Ainda no radar, a Comissão de Finanças e Tributação da Câmara aprovou, com apoio de todos os partidos, a extensão da desoneração da folha de pagamentos de 17 setores até 2026. O projeto agora deve caminhar para a CCJ, embora haja a tentativa de levá-lo diretamente ao plenário da casa.

Segundo a Folha, o governo avalia vetar a proposta caso ela não apresente mecanismo de compensação aos cofres públicos. A ideia da Economia é forçar os parlamentares a ampliarem a desoneração a todos os setores em troca da aprovação de uma nova CPMF. Caso o governo não saia vitorioso, o jornal diz que o Congresso deve derrubar o veto e assim manter a desoneração aos 17 setores.

5. Radar corporativo

Cogna (COGN3)

A Cogna Educação comunicou que a BlacRock, uma das maiores gestoras de fundos passivos negociados em bolsa (ETF) do mundo, alcançou uma participação de 5,01% do total de ações de emissão da companhia, totalizando 94.162.289 ações ordinárias.

Em adição, a BlackRock informou que detém 21.461.483 instrumentos financeiros derivativos referenciados em ações ordinárias da Cogna com liquidação financeira, representando aproximadamente 1,14% do total de ações ordinárias da companhia.

Log-In (LOGN3)

A Log-In comunicou ao mercado ter recebido uma oferta da Sas Shipping Agencies Services Sàrl, subsidiária da MSC, para adquirir o controle da companhia.

De acordo com a empresa, um pedido de autorização já foi enviado ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica, o Cade, para que a Sas possa adquirir, por meio de uma oferta pública de aquisição (OPA) ações que representem até 67% do capital social da empresa.

brMalls (BRML3)

A empresa de shopping centers brMalls afirmou que seu conselho de administração aprovou um programa de recompra de até 42.186.434 as ações, o equivalente a 5% de seus papéis em circulação no mercado.

Por meio de fato relevante, a empresa explicou que manterá os papéis recomprados em tesouraria “para maximizar a alocação de caixa gerando valor aos seus acionistas”. O programa tem prazo de até 12 meses.

Rumo (RAIL3)

A operadora de logística Rumo precificou nesta quarta-feira uma captação de US$ 500 milhões no exterior com bônus de 10 anos atrelados a métricas sustentáveis publicou o IFR, serviço da Refinitiv.

Itaú, Morgan Stanley, Santander, Bradesco, BTG Pactual, Citi, Goldman Sachs, JPMorgan, UBS e XP coordenaram a operação, que envolve rentabilidade ao investidor de 4,25% ao ano.

B3 (B3SA3)

A B3 anunciou em fato relevante na quarta-feira uma revisão na estimativa de alavancagem financeira para o fim de 2021, após concluir uma captação de US$ 700 milhões em bônus. A operadora de infraestrutura de mercado financeiro passou a prever para o final deste ano uma relação dívida bruta/Ebitda em 12 meses de duas vezes.

Hypera (HYPE3)

O grupo farmacêutico Hypera anunciou nesta quarta-feira que fechou acordo por meio do qual pagará à Falcon R$ 500 milhões para encerrar um processo de arbitragem envolvendo a venda do negócio de descartáveis em 2017.

Em fato relevante, a Hypera afirmou que o pagamento “não altera as projeções financeiras estabelecidas para o ano de 2021 ou os investimentos previstos”.

BMG (BMGB4)

O banco BMG anunciou nesta quarta-feira que concluiu sua primeira emissão de letras financeiras públicas no valor total de R$ 300 milhões.

Segundo a instituição, os recursos serão usados para reforço de caixa para sua estratégia de negócios. Os papéis têm prazo de 24 meses e 10 dias e a remuneração de CDI + 1,8% ao ano.

Segundo o diretor de atacado e tesouraria do banco, Roberto Simões, a emissão aproxima o BMG de investidores institucionais para acessar o mercado “de forma recorrente”.

Hapvida (HAPV3) e SulAmérica (SULA11

A Hapvida e a SulAmérica informaram novas propostas pelo Grupo HB Saúde.

No caso da Hapvida, a nova proposta vinculante, enviada para a diretoria do Grupo HB Saúde em 15 de setembro de
2021, foi de R$ 650,0 milhões para a aquisição de até 100% do grupo e será encaminhada para aprovação em assembleia de acionistas a ser realizada em 23 de setembro de 2021.

Já a SulAmérica apresentou ontem uma proposta vinculante atualizada para a aquisição de até 100% do Grupo HB Saúde pelo preço base de R$ 563 milhões para a totalidade das ações. A companhia afirmou que considera o potencial estratégico e a expectativa de novos e importantes vetores de crescimento e aumento de penetração na região de São José do Rio Preto, praça estratégica para a expansão da Companhia no interior do estado de São Paulo. Adicionalmente, a transação pode acelerar um novo hub regional de crescimento, nos moldes do que tem sido executado com sucesso no Sul do País pela Paraná Clínicas.

(com Reuters e Estadão Conteúdo)

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