Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta terça-feira

Mercado brasileiro de ajusta a NY após alta dos ADRs ontem; bolsas mundiais têm cautela após Johnson & Johnson pausar testes de vacina e mais destaques

Equipe InfoMoney

(Shutterstock)

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As bolsas mundiais desaceleram a alta registrada na véspera no início da sessão desta terça-feira (13), acompanhando a pausa de um dos mais importantes testes de vacina contra o coronavírus, que vinha sendo realizado pela Johnson & Johnson.

No Brasil, o mercado acompanha a reabertura da Bolsa após o feriado de Nossa Senhora Aparecida na segunda-feira (12). No mercado americano, os ADRs de empresas brasileiras negociadas em Nova York fecharam em alta na segunda-feira.

Nesta semana, as bolsas mundiais devem ser marcadas pelos balanços do terceiro trimestre de grandes empresas. Na quinta-feira, JPMorgan Chase, Citigroup e Johnson & Johnson devem divulgar seus resultados. A quinta-feira também marca o prazo final, determinado pelo próprio Reino Unido, para que chegue a um acordo comercial com a União Europeia. O acordo atual expira no final de 2020. Confira os destaques:

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1. Bolsas mundiais

A Johnson & Johnson decidiu pausar os testes após um dos participantes adoecer. Não é incomum que fabricantes de medicamentos pausem seus testes, mas a adoção desta medida no caso da vacina levou as bolsas europeias e os índices futuros das bolsas americanas e a desacelerarem na manhã de terça, após registrarem alta expressiva na véspera.

Na Europa, o índice Euro Stoxx cai 0,23%. O CAC, de Paris, recua 0,31% e o FTSE MIB, da Itália, registra queda de 0,34%, enquanto o FTSE 100, de Londres, perde 0,31%. O DAX, da Alemanha, cai 0,31%.

Os futuros do S&P 500 estão em queda de 0,09%, enquanto os do Dow Jones caem 0,34%. Os futuros da Nasdaq estão em alta de 0,76%.

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Na véspera, o Nasdaq subiu 2,56% com forte alta de ações de empresas de tecnologia. A Amazon está se preparando para o seu Prime Day e a Apple para seu evento onde é esperado que revele seus iPhones 5G.

Enquanto isso, as perspectivas de um fim rápido para o impasse do estímulo nos Estados Unidos podem estar desaparecendo, com membros da Câmara sendo informados para não esperar nenhuma ação nesta semana e muitos republicanos do Senado rejeitando a proposta de acordo da Casa Branca.

Já os mercados asiáticos fecharam em leve alta na sua maioria após dados de exportações da China indicarem um ritmo mais rápido de exportações em setembro, com alta de 9,9% frente o mesmo mês do ano anterior, indicando aceleração frente a alta de 9,5% apontada em agosto. As importações aumentaram 13,2% na mesma comparação, após uma queda de 2,1% em agosto.

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No Japão, o Nikkei subiu 0,18%, o Kospi, da Coreia do Sul, oscilou para baixo em 0,02%. Na China, o índice Shanghai teve alta de 0,04%. E em Hong Kong a bolsa, assim como as escolas, teve as operações suspensas na terça-feira devido ao Tufão Nangka. A cidade deve manter o sinal de alerta número 8, o terceiro mais forte de seu sistema de alertas, em decorrência do tufão.

Veja o desempenho dos mercados às 7h02 (horário de Brasília):

Nova York
*S&P 500 Futuro (EUA), -0,09%
*Nasdaq Futuro (EUA), +0,76%
*Dow Jones Futuro (EUA), -0,34%

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Europa
*Dax (Alemanha), -0,31%
*FTSE 100 (Reino Unido), -0,31%
*CAC 40 (França), -0,31%
*FTSE MIB (Itália), -0,34%

Ásia
*Nikkei 225 (Japão), +0,18% (fechado)
*Hang Seng Index (Hong Kong), não abriu
*Shanghai SE (China), +0,04% (fechado)

Commodities e bitcoin
*Petróleo WTI, +1,75%, a US$ 40,12 o barril
*Petróleo Brent, +1,53%, a US$ 42,36 o barril
**Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian tiveram queda de 1,57%, cotados a 813.000 iuanes, equivalente hoje a US$ 120.693,02 (nas últimas 24 horas).
USD/CNY = 6,74
*Bitcoin, US$ 11.476,43, +1,05%

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2. Agenda de indicadores

Nesta terça-feira, o mercado acompanha a divulgação do orçamento mensal pelo governo dos Estados Unidos.

No Brasil, o Banco Central divulga seu Boletim Focus, com expectativas do mercado quanto a PIB, câmbio, inflação e juros em seu site às 8h25. A divulgação normalmente ocorre na segunda, mas foi adiada para esta terça por conta do feriado em homenagem a Nossa Senhora Aparecida. Na semana anterior, os economistas haviam alterado a previsão do PIB de -5,04% para -5,02%.

Além disso, o Banco Central deve ofertar 10.000 contratos de swap, entre 11h30 e 11h40. Às 15h o Ministério da Economia divulga dados da balança comercial da semana.

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Ainda em destaque, o BC e Tesouro fazem operação conjunta com títulos mais curtos. O Tesouro deixará de oferecer LFT 2023, passando a oferecer apenas LFT com vencimento em 2022 e o BC determinou que rolagem da operação compromissada com vencimento em 29 de outubro, com valor financeiro de retorno estimado em R$ 981 bilhões, terá limite máximo fixado em R$ 600 bilhões para o montante total a ser aceito pela instituição. Os leilões de operações compromissadas de um dia útil de prazo seguirão sendo realizados sem alterações.

O BC decidiu revisar os montantes e prazos praticados em suas operações compromissadas com títulos públicos federais para adaptar os instrumentos de atuação no mercado aberto às mudanças nos condicionantes da demanda por liquidez no mercado de reservas bancárias, que tem se concentrado, por questões conjunturais, em instrumentos de curto prazo.

3. Reabertura pós-feriado

No Brasil, as bolsas voltam a abrir após o feriado na segunda-feira. Na sexta-feira, o Ibovespa havia fechado em queda de 0,45%, após uma quinta-feira de alta de 2,51%.

O investidor pode antecipar algumas tendências do mercado a partir do desempenho de ações brasileiras negociadas na Bolsa de Nova York, as chamadas ADRs (American Deposit Receipts).

Na segunda-feira (12), o principal índice das ADRs brasileiras fechou em alta de 0,75%, a 14.253 pontos. Enquanto isso, o ETF EWZ iShares MSCI Brazil Capped, que replica a Ibovespa em dólar, subiu 1,28%, e foi a 29,33 pontos.

As ADRs da Vale subiram 0,81%; as do Itaú subiram 0,81%; as do Bradesco, 0,40%; as preferenciais da Petrobras subiram 1,11%, e as ordinárias, 0,69%; as da Ambev, 1,62%; as da Azul, 2,39% e as da Gol, 1,86%.

Os únicos resultados negativos ficaram com Telefônica Brasil, que teve queda de 2,33%; Embraer, com queda de 0,52%; e CSN, com queda de 1,86%. Confira o desempenho dos principais ADRs clicando aqui.

4. Mercado imobiliário

O jornal O Globo estampa em sua capa nesta terça-feira o aquecimento do mercado imobiliário no Brasil, explicado por uma conjunção entre juro baixo, imóvel barato, crédito farto e poupança em níveis recordes em decorrência da pandemia do coronavírus. A taxa básica de juros, a Selic, está em seu menor patamar histórico, de 2%, o que barateia o financiamento de imóveis.

O crédito imobiliário para pessoas físicas aumentou 44% entre janeiro e agosto, atingindo R$ 51,3 bilhões, de acordo com a Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança). É a maior alta desde 2015.

De acordo com o índice FipeZap divulgado na semana passada, o valor de venda de imóveis residenciais teve alta de 0,53% em setembro na comparação com agosto. É a maior alta do tipo em seis anos.
Além disso, o noticiário acompanha a repercussão do caso da soltura de André do Rap, líder da facção PCC (Primeiro Comando da Capital). André foi solto na manhã de sábado (10), com um habeas corpus concedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello. Horas depois, o presidente do STF, Luiz Fux, revogou a decisão, e determinou o retorno de André do Rap à prisão. Mas o líder criminoso está foragido desde então.

Ainda no radar político, Rodrigo Maia, presidente da Câmara, defendeu priorizar para este ano a PEC Emergencial e a reforma tributária, segundo o Valor. Com o calendário desse ano apertado pelas eleições de novembro, a equipe econômica quer votar até o fim do ano o novo marco regulatório para o gás natural, o projeto que abre o mercado de cabotagem e a quebra o monopólio dos Correios na comunicação postal, destaca a Veja .

5. Noticiário corporativo

No campo corporativo, às 9h, a diretoria da Aneel se reúne em Brasília. Além disso, o mercado acompanha a estreia das ações do Grupo São Mateus após IPO, e o início das negociações de novos papéis da Natura após oferta de ações.

No final da segunda-feira à tarde, a Hygo Energy Transition Ltd, joint venture do setor de energia entre a Golar LNG e a empresa de private equity norte-americana Stonepeak Infrastructure Partners, nomeou Paul Hanrahan como CEO. Ele assume o lugar de Eduardo Antonello, que deixou o cargo depois de ter seu nome citado em investigações da Lava Jato, em setembro.

Duas testemunhas afirmaram que Antonello integrava um esquema de propinas em 2011, quando trabalhava na Seadrill Ltd, o que o executivo negou por meio de advogado. A Golar pretende iniciar a construção, em breve, de um terminal de importação de gás natural em Barbacena, no Norte do país.

Mas anunciou na segunda que cancelou um memorando de entendimento, assinado em julho com a Norsk Hydro, para fornecimento de gás natural para a refinaria de alumínio da Alunorte no Brasil.

Na tarde de segunda-feira, os principais sindicatos da França assinaram um acordo trabalhista com a Airbus, que cobre reduções de empregos e licenças para trabalhadores afetados pela queda na demanda de jatos de passageiros, em decorrência da pandemia de coronavírus. Após três meses de negociações, o acordo abre caminho para o corte de 4.200 vagas na França.

Os sindicatos também assinaram um acordo que implementa esquemas de licenças para até 30% dos funcionários na França. Os acordos entram em vigor em primeiro de janeiro.

Além disso, na sexta-feira (9) a Oi lançou plano de incentivo para cortar 2.000 postos de trabalho, ou 15% de seu quadro funcional. De acordo com a proposta, os funcionários que aderirem ao plano receberão benefícios como indenização por tempo de serviço e extensão de plano de saúde, plano odontológico e seguro de vida. A proposta está em linha com reestruturação proposta em plano de recuperação judicial da empresa.

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