Índice de ADRs brasileiros fecha em alta de 0,75% na bolsa de NY; veja o desempenho dos principais papéis

Dia foi de ganhos para os ADRs das empresas nacionais, seguindo ânimo das bolsas americanas, com destaque para a alta das techs

Lara Rizério

(Getty)

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SÃO PAULO – Esta segunda-feira (12) foi de bolsa fechada no Brasil por conta do feriado de Nossa Senhora Aparecida, enquanto os EUA contaram com o Dia do Colombo, em que o mercado de renda fixa ficou fechado. Contudo, Wall Street operou e com fortes ganhos, com os ativos das empresas de tecnologia liderando as altas, o que impactou os papéis de empresas brasileiras negociadas no exterior.

O principal índice de ADRs (na prática, as ações de empresas de fora dos EUA negociadas em Nova York) do Brasil fechou em alta na Bolsa de Valores Nova York (NYSE). O Dow Jones Brazil Titans 20 ADR teve alta de 0,75%, a 14.253 pontos. Enquanto isso, o ETF EWZ iShares MSCI Brazil Capped, que replica o Ibovespa em dólar, subiu 1,28%, a 29,33 pontos.

No mercado de commodities, os preços do petróleo caíram quase 3% nesta segunda-feira, com a retomada do maior campo petrolífero da Líbia, o término de uma greve na Noruega que afetou a produção e os produtores dos EUA começando a retomar a produção após a passagem do furacão Delta. O contrato do brent com vencimento em dezembro fechou em baixa de 2,8%, a US$ 41,64 o barril, enquanto o WTI com vencimento em novembro teve queda de 2,88%, a US$ 39,43 o barril. Contudo, os papéis da Petrobras conseguiram fechar em alta na sessão.

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A sessão foi de alta para a maior parte dos índices mundiais, em meio à expectativa pelo início da temporada de resultados no terceiro trimestre nos EUA na terça-feira, já com a divulgação dos números do Citigroup e do J.P.Morgan Chase, e com os investidores monitorando o noticiário sobre a eleição americana.

A atenção ainda continua voltada para a perspectiva de um segundo pacote de estímulos dos EUA, ainda que haja um impasse sobre estímulos no curtíssimo prazo. O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steve Mnuchin, e o chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, defenderam no último domingo que o Congresso aprove um projeto de lei com medidas de estímulo à economia pressionada pelo coronavírus que terá recursos remanescentes de um programa de pagamento de salários, enquanto as negociações sobre um pacote mais abrangente continuam.

Na carta aos membros da Câmara e do Senado, Mnuchin e Meadows disseram que a Casa Branca continuará a conversar com o líder democrata do Senado Chuck Schumer e a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, mas que o Congresso deveria “votar imediatamente um projeto de lei” para permitir o uso dos recursos do programa enquanto trabalha em um pacote maior. Pelo menos 20 republicanos do Senado disseram se opor a um plano da Casa Branca que envolve estímulo de US$ 1,8 trilhão que foi enviado para Pelosi.

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Enquanto as negociações prosseguem, Mike Wilson, estrategista-chefe de ações dos EUA no Morgan Stanley, destacou à CNBC que acha que “há estímulo suficiente no radar até o final do ano sem causar o risco de um duplo mergulho na economia dos EUA. E, em última análise, não importa quem ganhe a eleição, no primeiro trimestre ocorrerá um estímulo adicional que provavelmente ainda é necessário para garantir que a recuperação continue”.

O Dow Jones teve alta de 0,88%, o S&P500 subiu 1,64%, enquanto o Nasdaq teve o maior avanço, de 2,56%, registrando a sua melhor sessão em um mês. As ações da Apple subiram 6,35% no Nasdaq: no final desta semana, a companhia deve lançar seu iPhone com tecnologia 5G. Outros papéis de techs, como de Amazon, Facebook e Alphabet (Google), subiram, respectivamente 4,75%, 4,27% e 3,56%.

Confira o desempenho dos principais ADRs de empresas brasileiras no feriado:

Empresa Preço Variação
Vale US$ 11,23 +0,36%
Itaú US$ 4,345 +0,81%
Bradesco US$ 3,765 +0,40%
Petrobras PBRA (preferencial) US$ 7,26 +1,11%
Telefônica Brasil US$ 3,77 -2,33%
Ambev US$ 2,51 +1,62%
Sabesp US$ 8,34 +1,96%
Gerdau US$ 3,95 +0,77%
Petrobras PBR (ordinária) US$ 7,30 +0,69%
BRF US$ 3,20 +0,95%
Ultrapar US$ 3,455 +1,92%
TIM Participações US$ 12,29 +0,41%
Pão de Açúcar US$ 12,44 +1,97%
Cemig US$ 2,15 +0,47%
Santander Brasil US$ 5,68 +0,62%
Eletrobras US$ 5,80 +2,75%
Embraer US$ 4,775 -0,52%
Copel US$ 11,77 +0,26%
CSN US$ 3,16 -1,86%
Azul US$ 14,13 +2,39%
Gol US$ 7,13 +1,86%

Estímulos na China

Já na Ásia, o índice Nikkei fechou em queda de 0,26% em Tóquio, enquanto o Hang Seng teve alta de 2,2% e o Xangai composto avançou 2,64%.

A alta nas ações chinesas ocorre depois que a agência de notícias estatal Xinhua informou no domingo que “um novo plano do país de reforma abrangente para Shenzhen”, dando às autoridades locais uma “voz mais direta e maior nos negócios”.

A China emitiu plano para implementar reformas piloto para transformar a cidade chinesa. Para otimizar ainda mais o ambiente empresarial, o plano diz que a zona econômica especial elaborará uma lista de medidas especiais para flexibilizar as restrições a setores como energia, telecomunicação, serviços públicos, transporte e educação com base na lista negativa nacional.

Ainda em destaque, o Banco Popular da China (PBoC, banco central) alterou a sua política de depósitos compulsórios, o que é visto como uma tentativa de conter a recente valorização da moeda. O PBoC informou uma redução a taxa de depósitos compulsórios para instituições financeiras ao conduzir algumas negociações de câmbio estrangeiro.

As bolsas europeias também registraram uma sessão de ganhos na esteira da alta na Ásia e também na expectativa pela temporada de balanços. O alemão DAX fechou com alta de 0,67%, o francês CAC teve alta de 0,66%, enquanto o FTSE teve leve queda de 0,25%. Contudo, os investidores monitoram com preocupação o aumento dos casos de coronavírus no continente.

A pandemia continua a se espalhar na Europa, com governos recorrendo a bloqueios localizados para conter a disseminação do vírus. O governo da Espanha causou polêmica depois de impor o estado de emergência a Madri, e o governo do Reino Unido deve anunciar mais restrições para a Inglaterra nesta segunda-feira.

(Com Reuters e agências internacionais)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.