PIB dos EUA, big techs, reforma tributária, Petrobras e mais destaques do mercado

Bernard Appy dará entrevista para detalhar projeto que regulamenta tributária

Felipe Moreira

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Os investidores aguardam à leitura do produto interno bruto (PIB) dos EUA no primeiro trimestre, prevista para esta quinta-feira, às 9h30, horário de Brasília. Economistas consultados pela LSEG esperam que o PIB fique em 2,4%. Na frente corporativa, as gigantes de tecnolocia Microsoft, Alphabet e Intel divulgam resultados após o fechamento.

No Brasil, Bernard Appy, Secretário extraordinário da Reforma Tributária, dará entrevista para detalhar projeto que regulamenta reforma tributária. O texto foi entregue pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, aos presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, na quarta-feira (24).

Já o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participa da abertura do G20 TechSprint 2024, promovido pelo BIS e pelo BC, em Brasília. No radar corporativo, além da repercussão do balanço de Vale, a Petrobras decide em Assembleia Geral Ordinária se aceita a proposta do Conselho de Administração da estatal, anunciada na sexta-feira (19), de pagar 50% dos dividendos extraordinários que haviam sido integralmente retidos.

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1.Bolsas Mundiais

Estados Unidos

Os índices futuros dos Estados Unidos operam em baixa nesta quinta-feira (25), depois que a Meta Platforms e IBM divulgaram seus últimos resultados trimestrais.

A ação da Meta despencou 15% no after hours depois que a gigante da mídia social emitiu uma projeção fraca de receita para o segundo trimestre. Já o IBM caiu 8% depois de divulgar a receita do primeiro trimestre abaixo do previsto.

Veja o desempenho dos mercados futuros:

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Dow Jones Futuro: -0,35%

S&P 500 Futuro: -0,51%

Nasdaq Futuro: -0,82%

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Ásia

Os mercados asiáticos fecharam sem direção única nesta quinta-feira, com algumas delas realizando lucros após ganhos recentes e em clima de cautela antes do anúncio de política monetária do Banco do Japão (BoJ).

Liderando perdas na Ásia, o índice japonês Nikkei caiu 2,16% em Tóquio, a 37.628,48 pontos, enquanto investidores aguardam a decisão de juros do BoJ, que será anunciada na virada de hoje para sexta-feira (26). No mês passado, o BC japonês elevou juros pela primeira vez em 17 anos, mas sinalizou que não teria pressa de apertar ainda mais sua política monetária. Desde então, o iene vem renovando mínimas em mais de três décadas em relação ao dólar.

Shanghai SE (China), +0,27%

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Nikkei (Japão): -2,16%

Hang Seng Index (Hong Kong): +0,48%

Kospi (Coreia do Sul): -1,76%

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ASX 200 (Austrália): -0,01%

Europa

Os mercados europeus operam majoritariamente em baixa, com investidores repercutindo resultados corporativos. Em indicadores, estão previstos a pesquisa de sentimento do consumidor da Alemanha e os dados do clima de negócios da França para abril.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,62%

DAX (Alemanha): -0,60%

CAC 40 (França): -0,56%

FTSE MIB (Itália): -0,03%

STOXX 600: -0,21%

Commodities

Os preços do petróleo operam com leve baixa, uma vez que as preocupações sobre um potencial abrandamento da economia dos EUA, face às perspectivas de atrasos nos cortes das taxas de juro, superaram as preocupações sobre o risco de expansão do conflito no Médio Oriente.

 As cotações do minério de ferro na China fecharam em alta, sustentadas pelas persistentes esperanças de demanda no principal consumidor, a China.

Petróleo WTI, -0,13%, a US$ 82,70 o barril

Petróleo Brent, -0,10%, a US$ 87,94 o barril

Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve alta de 1,03%, a 879,50 iuanes, o equivalente a US$ 121,36

Bitcoin

2. Agenda

A agenda de hoje tem como destaque PIB do 1º trimestre de 2024 nos Estados Unidos e fluxo cambial no Brasil.

Brasil

10h: Roberto Campos Neto, presidente do BC, participa da abertura do G20 TechSprint 2024, promovido pelo Bank for International Settlements (BIS) e pelo Banco Central do Brasil, no Edifício-Sede do Banco Central, em Brasília.

10h: Secretário extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy, detalha PLP que regulamenta a Reforma Tributária

14h30: Fluxo cambial semanal

CMN

EUA

9h30: Pedidos de seguro-desemprego semanal; consenso LSEG prevê 215 mil solicitações

9h30: PIB do 1º trimestre de 2024; consenso LSEG prevê alta de 2,4%

11h: Moradias pendentes

3. Noticiário econômico

Regulamentação da reforma tributária prevê alíquota média de 26,5%

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entregou ao Congresso Nacional, na tarde de quarta-feira (24), o primeiro projeto de lei complementar (PLP) para regulamentar a reforma tributária dos impostos sobre o consumo. A proposta prevê alíquota média do Imposto sobre Valor Adicionado (IVA) de 26,5%, podendo variar entre 25,7% e 27,3%, informou o secretário extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy. Atualmente, os bens e os serviços brasileiros pagam, em média, 34% de tributos federais, estaduais e municipais.

Bernard Appy dará entrevista para detalhar projeto que regulamenta tributária

O secretário extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy, vai conceder entrevista para detalhar o Projeto de Lei Complementar (PLP) que regulamenta a Reforma Tributária, nesta quinta-feira, às 10h.

4. Noticiário político

Congresso adia sessão que analisaria vetos de Lula

O Congresso Nacional adiou sessão que iria analisar vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a projetos aprovados pelo Legislativo. A previsão era que a sessão acontecesse na noite desta quarta (24). A previsão agora é que a análise dos vetos ocorra entre 7 e 9 de maio.

Zanin será relator de ação do governo contra desoneração

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin será o relator da ação na qual o governo federal pretende derrubar a desoneração de impostos sobre a folha de pagamento de 17 setores da economia e de determinados municípios. Mais cedo, a ação foi protocolada pela Advocacia-Geral da União (AGU).

No entendimento da AGU, a desoneração foi prorrogada até 2027 pelo Congresso Nacional, sem estabelecer o impacto financeiro da renúncia fiscal. A petição foi assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo advogado-geral da União Jorge Messias.

5. Radar Corporativo

Vale (VALE3)

A Vale (VALE3) registrou lucro de US$ 1,679 bilhão de forma líquida (atribuível aos acionistas) no primeiro trimestre de 2024 (4T23). Um ano antes, o lucro foi de US$ 1,837 bilhão, configurando uma queda de 9% na base anual. Fora isso, o número ficou abaixo do consenso do mercado, que enxergava um lucro de US$ 1,83 bilhão.

Assaí (ASAI3)

A rede de supermercados Assaí (ASAI3) reportou lucro líquido de R$ 93 milhões no primeiro trimestre de 2024 (1T24), montante 19,2% superior ao reportado no mesmo intervalo de 2023 e acima dos R$ 54,3 milhões previstos pelo consenso LSEG.

Petrobras (PETR4)

A Petrobras decide, em Assembleia Geral Ordinária, se aceita a proposta do Conselho de Administração da estatal, anunciada na sexta-feira (19), de pagar 50% dos dividendos extraordinários que haviam sido integralmente retidos.

Em nota, o conselho afirma que entendeu – por maioria – serem satisfatórios os esclarecimentos e atualizações apresentados pela Diretoria Financeira e de Relacionamento com Investidores sobre a “financiabilidade da companhia no curto, médio e longo prazo e da preservação da governança”. Ainda segundo o conselho, a distribuição dos dividendos não comprometeria a sustentabilidade financeira da companhia.

(Com Estadão, Reuters e Agência Brasil)