Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta terça-feira

Bolsas têm desempenho misto entre indefinição sobre estímulos nos EUA e disputa com China; indústria no Brasil e mais destaques

Equipe InfoMoney

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Os principais indicadores dos mercados acionários operam de forma mista nesta terça-feira (4), à espera de novidades sobre o pacote de estímulos à economia nos Estados Unidos.

No Brasil, o ministério da Economia elabora uma proposta para criar um novo imposto sobre pagamentos eletrônicos, aos moldes da antiga CPMF. Para angariar apoio, a ideia é reduzir a carga de tributos sobre a folha de salários, o que também incluiria redução do valor depositado no FGTS e do corte pela metade da contribuição para o sistema S.

Entre as empresas, o Itaú Unibanco reforçou as provisões para eventuais calotes e viu seu lucro cair quase 50%. A construtora You desistiu do plano de abrir capital e Caixa, Bradesco e BB estudam fazer o IPO da bandeira Elo. Confira os destaques:

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1. Bolsas mundiais

As Bolsas na Ásia até fecharam em alta, mas esse movimento não foi o suficiente para que os índices europeus e os futuros americanos se mantivessem em terreno positivo.

O Congresso americano discute uma nova rodada de estímulos fiscais para mitigar os efeitos econômicos da pandemia do novo coronavírus. Os congressistas precisam chegar a um acordo sobre o valor e a destinação dessa segunda rodada de estímulos.

Os futuros do Dow Jones têm leve variação negativa de 0,13% e os do S&P 500 caem 0,27%.

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“Apesar de haver progressos, a proximidade das eleições presidenciais de novembro influencia para que os democratas inflem o processo, o que leva o governo Trump ao estudo de medidas unilaterais”, explicaram, segundo o jornal “Cínco Dias”, a Link Securities.

Na Europa, as Bolsas operam de forma mista. O DAX, de Frankfurt, cai 0,44%, e o CAC 40, da Bolsa de Paris, registra leve variação positiva de 0,06%.

Os investidores também ficam atentos às disputas entre China e Estados Unidos. O presidente Donald Trump afirmou que a rede social chinesa Tiktok terá que fechar sua operação nos Estados Unidos até o dia 15 de setembro, a menos que haja um acordo para vender a operação americana.

Na Ásia, o Shangai SE registrou leve alta de 0,11%, mas o Hang Seng Index, de Hong Kong, avançou 2%. Em Tóquio, o Nikkei 225 subiu 1,70%.

*Veja o desempenho dos mercados, às 7h34 (horário de Brasília):

Nova York
*S&P 500 Futuro (EUA), -0,27%
*Nasdaq Futuro (EUA), -0,32%
*Dow Jones Futuro (EUA), -0,13%

Europa
*Dax (Alemanha), -0,44%
*FTSE 100 (Reino Unido), -0,13%
*CAC 40 (França), +0,06%
*FTSE MIB (Itália), +0,21%

Ásia
*Nikkei 225 (Japão), +1,70% (fechado)
*Hang Seng Index (Hong Kong), +2% (fechado)
*Shanghai SE (China), +0,11% (fechado)

Commodities e bitcoin
*Petróleo WTI, -1,66%, a US$ 40,33 o barril
*Petróleo Brent, -1,65%, a US$ 43,42 o barril
**Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian fecharam em alta de 3,31%, cotados a 890.00 iuanes, equivalente hoje a US$ 127,48 (nas últimas 24 horas).
USD/CNY = 6,9817 (+0,01%)
*Bitcoin, US$ 11.288, +1,24%

2. Agenda

Na agenda, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu 0,25% em julho, desacelerando ante o acréscimo de 0,39% observado em junho, mas ganhando ligeira força em relação à alta de 0,22% registrada na terceira quadrissemana do mês passado, segundo dados publicados nesta terça-feira pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga, às 9h, os dados da produção industrial referente ao mês de junho. A produção industrial deve ter registrado alta de 8% em junho na comparação mensal, segundo estimativa mediana em pesquisa Bloomberg, após registrar alta de 7% na medição anterior. Na comparação anual, indicador deve ter registrado recuo de 10%, após cair 21,9% no mês anterior.

Já a Fenabrave divulga dados sobre vendas de automóveis em julho em seu website. Após despencarem para 55.725 em abril, o pior mês da crise, vendas aumentaram para 62.197 em maio e 132.833 em junho.

E também tem início hoje o primeiro dia da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que decidirá, na quarta-feira, sobre a taxa de juros básica, a Selic.

Nos Estados Unidos, às 11h (horário de Brasília), será divulgado o indicador de encomendas à indústria, também do mês de junho.

Os estoques de petróleo bruto API serão conhecidos às 17h30.

3. Nova CPMF

O plano do ministro da Economia, Paulo Guedes, para a criação de um imposto aos moldes da antiga CPMF, inclui a redução pela metade dos tributos pagos pelas empresas sobre a folha de salários. Segundo o jornal “O Estado de São Paulo”, o objetivo é reduzir a resistência no Congresso sobre a criação do novo imposto.

Hoje, as empresas pagam uma alíquota de 20% sobre os salários como contribuição à Previdência. A proposta é reduzir esse peso de encargos para 10% (com isenção para os salários limitados ao mínimo). O primeiro ponto seria a redução de 20% para 15% da alíquota das empresas. A redução dos outros 5 pontos porcentuais seria obtida com a redução de 8% para 6% do valor dos salários que é depositado no FGTS e o corte permanente da metade dos encargos ao Sistema S.

Ampliação da faixa de isenção do IR de R$ 1,9 mil para R$ 3 mil e o fim da cobrança do IPI para eletrodomésticos também fazem parte desse pacote.

Ainda no radar, o governo deve prorrogar novamente auxílio emergencial, segundo fontes destacaram à Bloomberg. O valor deve ser inferior aos atuais R$ 600, afirmaram as fontes que pediram anonimato porque o debate não é público. O Ministério da Economia disse, por meio da assessoria de imprensa, que não vai comentar.

4. Meio ambiente

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, tenta driblar a meta de redução a devastação ambiental no Brasil. Segundo o jornal “O Estado de São Paulo”, o ministério quer propor que o objetivo de diminuir o desmatamento e os incêndios ilegais em 90% até 2023 seja desconsiderado.

Essa meta seria substituída pela garantia de preservação de apenas uma área específica de 390 mil hectares de vegetação nativa na Amazônia por meio de um programa recém-criado, o Floresta+ Amazônia. A nova proposta ainda acaba com metas para os demais biomas brasileiros.

A tentativa ocorre no momento em que o governo Jair Bolsonaro (sem partido) é criticado por ambientalistas e cobrado por investidores para reagir ao avanço da devastação das florestas.

5. Radar corporativo

O Itaú Unibanco registrou um lucro líquido de R$ 3,4 bilhões no segundo trimestre do ano, uma queda de 49,8% na comparação com igual período de 2019. Já o lucro recorrente, que exclui itens pontuais, foi de R$ 4,2 bilhões, queda de 40% na mesma base de comparação.

O principal motivo para esse tombo no resultado foram as despesas para devedores duvidosos (PDD), que chegou a R$ 7,77 bilhões, alta de 92% em 12 meses, mas recuo de 23% em relação ao trimestre anterior.

O índice de inadimplência (atrasos acima de 90 dias) diminuiu 0,4 ponto percentual no trimestre, para 2,7%. As receitas com tarifas registram queda de 7,4%.

Já a construtora You Inc decidiu cancelar uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) devido à fraca demanda, segundo reportagem da agência Reuters.

A empresa, que deveria fixar o preço da ação nesta terça-feira, planejava levantar cerca de R$ 1 bilhão e usar os recursos para continuar projetos habitacionais em desenvolvimento.

Na semana passada, outra construtora, Riva 9, subsidiária da Direcional Engenharia, também cancelou seu IPO.

Mas algumas empresas ainda querem captar recursos no mercado de ações. Os sócios da bandeira Elo (Bradesco, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal) querem fazer o IPO da marca, segundo reportagem do jornal “O Estado de S.Paulo”.

O principal interessado nessa operação seria a Caixa, que também quer fazer o IPO de sua subsidiária de meios de pagamento, a Caixa Cartões. No entanto, o Bradesco é o acionista maior da Elopar, que controla a Elo, e por isso preciso ser convencido sobre o IPO.

E sobre a pandemia do novo coronavírus, a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) informou que as drogarias de todo o país já fizeram 370 mil testes rápidos para a Covid-19.

Segundo a associação, 1.676 farmácias do país oferecem o serviço, a maior parte no sudeste. Dos testes realizados, 14,40% deram positivo.

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