Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta terça-feira

Bolsas mundiais sobem no primeiro pregão do mês impulsionadas por dados da China; os destaques da sessão

Equipe InfoMoney

(Shutterstock)

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As bolsas europeias e os índices futuros americanos sobem nesta terça-feira (1), seguindo a tendência de outros mercados globais. Os índices são impulsionados pela divulgação de dados animadores sobre o setor industrial chinês, que apontam para recuperação da economia do país durante a pandemia.

Trata-se de um indicador desenhado para fornecer uma visão de toda a atividade industrial. Um índice acima de 50 indica expansão. Abaixo desse patamar, retração da atividade industrial.

Os resultados do são os melhores desde novembro de 2010, e indicam que a economia chinesa está se recuperando a níveis pré-pandemia. O ano foi marcado na China por medidas rígidas de contenção de infecções, estímulos sobre o setor de infraestrutura, exportações de suprimentos médicos e alta da demanda.

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Em São Paulo, todas as regiões do estado foram reclassificadas na segunda-feira para a fase amarela, a segunda com restrições mais brandas para barrar a propagação da covid. O anúncio foi realizado pelo governador João Doria (PSDB), um dia após o fim das eleições municipais.

Nesta terça, o governo federal divulga dados sobre a balança comercial. Para a inflação, notícia negativa vem da bandeira vermelha, que encarece a energia elétrica. Já na política pós-eleição, Rodrigo Maia, presidente da Câmara, disse ter votos para reforma tributária mesmo que o Planalto não a apoie. Confira os destaques:

1. Bolsas mundiais

As bolsas europeias e os índices futuros americanos sobem nesta terça-feira (1), seguindo a tendência de outros mercados globais. Os índices são impulsionados pela divulgação de dados animadores sobre o setor industrial chinês, que apontam para recuperação da economia do país durante a pandemia.

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As bolsas asiáticas fecharam em alta, reagindo positivamente a dados do Índice Gerentes de Compras Caixin Markit publicados na segunda-feira (30), referentes a novembro. O índice marcou 54,9 pontos, frente 53,6 em outubro e acima da previsão de 53,9 de analistas questionados pela agência internacional de notícias Reuters.

Trata-se de um indicador desenhado para fornecer uma visão de toda a atividade industrial. Um índice acima de 50 indica expansão. Abaixo desse patamar, retração da atividade industrial.

Os resultados são os melhores desde novembro de 2010, e indicam que a economia chinesa está se recuperando a níveis pré-pandemia. O ano foi marcado na China por medidas rígidas de contenção de infecções, estímulos sobre o setor de infraestrutura, exportações de suprimentos médicos e alta da demanda.

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O índice Nikkei, do Japão, subiu 1,34%; o Hang Seng Index, de Hong Kong, fechou em alta de 0,86%; o índice Kospi, da Coreia do Sul, subiu 1,66%; o Shanghai SE, da China, teve alta de 1,77%.

Novembro foi marcado no país por promoções no comércio online na China, que tiveram boa resposta do público. Pelo terceiro mês seguido, fábricas chinesas contrataram trabalhadores.

Na segunda-feira, o presidente eleito dos Estados Unidos Joe Biden anunciou aquela que deverá ser sua equipe econômica.

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A ex-presidente do Fed Janet Yellen foi indicada para secretária do Tesouro. Neera Tanden, antiga auxiliar sênior de Hillary Clinton, será diretora de orçamento, e Wally Adeyemo, presidente da Fundação Obama, será vice-secretário do Tesouro.

No momento há, no entanto, incerteza sobre os estímulos que vêm impulsionando a economia americana durante a pandemia. Na segunda-feira, o atual presidente do Fed Jerome Powell afirmou que, apesar de as notícias sobre o desenvolvimento de vacinas trazerem uma perspectiva positiva no médio prazo, a perspectiva para os próximos meses é motivo de preocupação.

“O aumento de novos casos de Covid-19, tanto aqui como no exterior, é preocupante e pode ser desafiador nos próximos meses”, disse Powell em comentários preparados a serem entregues em audiência no Congresso na terça-feira pela manhã.

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“As notícias recentes sobre vacinas são muito positivas a médio prazo. Por enquanto, permanecem desafios e incertezas significativas, incluindo tempo, produção, distribuição e eficácia em diferentes grupos. Continua difícil avaliar o tempo e o escopo das implicações econômicas desses desenvolvimentos com algum grau de confiança.”

A ressurgência da covid continua a preocupar no país. Foram registrados 167.756 novos casos de infecção na segunda-feira, patamar que vem se mantendo há cerca de duas semanas. O governador de Nova York Andrew Cuomo afirmou que o estado está implementando novas medidas emergenciais nos hospitais.

O presidente do Fed enfatizou a importância de programas de empréstimo que vêm sendo mantidos pela instituição. O banco central americano é favorável a prolongá-los, mas, em uma fala separada, o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, frisou que a legislação que os viabiliza não permite que continuem além de 31 de dezembro.

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Mnuchin disse que os US$ 455 bilhões empregados financiando essas intervenções do Fed poderão ser melhor gastos em outras áreas. “Com base em dados econômicos recentes, eu continuo a acreditar que um pacote fiscal direcionado é a resposta federal mais apropriada”, afirmou.

O mercado também acompanha nesta semana debates decisivos no setor de petróleo. Conversas entre membros da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e aliados que não fazem parte do bloco, comandados pela Rússia, estavam marcadas para se iniciar nesta terça. O intuito é discutir a política de produção em 2021.

Mas o início dos trabalhos dessa aliança expandida, conhecida como Opep+, foi adiado para quinta-feira, segundo informaram três fontes ouvidas pela Reuters. De acordo com a agência de notícia, ainda há discordâncias sobre a quantidade de petróleo que deve ser produzida, em meio à baixa de demanda.

Confira o desempenho dos principais índices das bolsas mundiais às 7h30 (horário de Brasília):

Estados Unidos
*S&P 500 Futuro (EUA), +0,97%
*Nasdaq Futuro (EUA), +0,68%
*Dow Jones Futuro (EUA), +1,21%

Europa
*Dax (Alemanha), +0,83%
*FTSE 100 (Reino Unido), +1,81%
*CAC 40 (França), +0,9%
*FTSE MIB (Itália), +0,34%

Ásia
*Nikkei (Japão), +1,34% (fechado)
*Hang Seng Index (Hong Kong) +0,86% (fechado)
*Kospi (Coreia do Sul), +1,66% (fechado)
*Shanghai SE (China), +1,77% (fechado)

Commodities e bitcoin
*Petróleo WTI, 0,15%, a US$ 45,41 o barril
*Petróleo Brent, +0,17%, US$ 47,96 o barril
*Bitcoin, US$ 19.723,03, +6,87%
Sobre o minério: **Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian fecharam com alta de 0,28%, cotados a 908,5 iuanes, equivalente hoje a US$ 138,26 (nas últimas 24 horas).
USD/CNY = 6,57

2. Agenda de indicadores

Às 6h foram divulgados dados do Índice Gerente de Compras PMI Markit final da zona do euro. O índice teve queda a 53,8 pontos em novembro, frente 54,8 em outubro. Mas ficou à frente a da estimativa de analistas ouvidos pela Reuters, de 53,6 pontos. Qualquer patamar acima de 50 indica expansão; abaixo, retração.

A FGV divulga o índice IPC-S no Brasil. Às 10h, é divulgado o Índice de Gerente de de Compras PMI Manufatura Markit relativo ao Brasil em novembro.

Às 11h45 é divulgado o Índice de Gerente de Compras PMI Manufatura Markit relativo aos Estados Unidos em novembro.

Às 12h, o presidente do Fed Jerome Powell falará ao Comitê Bancário do Senado. Em depoimento divulgado antes da audiência, Powell não deu nenhuma indicação de como o banco central pode responder a essas preocupações quando conduzir sua próxima reunião de política, ao mesmo tempo em que reiterou que usaria todas as suas ferramentas para ajudar a economia a se recuperar.

Também ao meio-dia serão apresentados os índices ISM de emprego no setor manufatureiro, novos pedidos, preços e Índice de Gerente de Compras nos Estados Unidos em novembro. Às 12h são divulgados dados sobre gastos com construção nos Estados Unidos em outubro.

Às 14h, a presidente do Banco Central Europeu Christine Lagarde fala em evento do think tank Atlantic Council.

Também às 14h, a diretora do Fed Lael Brainard discute o Ato de Reinvestimento comunitário, nos Estados Unidos.

Às 15h são divulgados dados sobre o total de exportações e a balança comercial do Brasil em novembro. A balança deve mostrar superávit de US$ 4,3 bilhões, segundo estimativa mediana em pesquisa Bloomberg, depois de superávit de US$ 5,47 bilhões na medição anterior.

3. São Paulo volta à fase amarela

Um dia após o segundo turno das eleições municipais, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) anunciou na segunda a reclassificação das regiões do estado de acordo com o Plano SP contra Covid-19, que determina uma cor para cada área de acordo com a gravidade da propagação do coronavírus e a pressão sobre o sistema de saúde local.

O candidato apoiado por Doria, Bruno Covas (PSDB), se sagrou vencedor contra Guilherme Boulos (PSOL) no domingo. O anúncio da reclassificação estava previsto inicialmente para 16 de novembro, mas foi adiado naquela data por Doria para o dia 30, um dia após a votação do segundo turno. Com a reclassificação, todas as 17 regiões do estado voltaram para a fase 3, amarela, a segunda menos restritiva. Esse já era o caso de 11 das áreas, mas havia 6 em fase verde, como a capital, além de Campinas, Sorocaba e Baixada Santista.

Áreas em fase 3, amarela, têm shoppings, comércio, bares, restaurantes, salões de beleza, barbearia e academias permitidos, com medidas de higiene e distanciamento, capacidade máxima de 40% e horário reduzido a 10 horas por dia, até as 22h.

Doria frisou que a mudança não altera a programação de volta às aulas, e que o comércio continua a funcionar, mesmo que em horário reduzido.

Áreas em fase 4, verde, têm restrições mais brandas, com espaços comerciais, bares, restaurantes, academias, salões de beleza, barbearias e espaços e eventos culturais permitidos com capacidade de até 60% e horário de funcionamento de até 12 horas por dia. Há ainda as classificações de fase 1, vermelha, têm somente atividades essenciais permitidas. E fase 2, laranja, têm somente shoppings, comércio e serviços permitidos com capacidade limitada a 20% e horário em apenas 4 horas diárias.

O secretário de saúde do estado de São Paulo, Jean Gorinchteyn, afirmou que houve um aumento de 10% nos casos de coronavírus na última semana. Isso fez com que governo adotasse medidas mais restritivas. A imprensa já vinha noticiando a alta de internações em hospitais importantes, e antecipara a aceleração da covid do estado.

4. Agenda econômica e desmatamento da Amazônia

Presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) afirmou que há votos para reforma tributária mesmo sem apoio do governo. “O Brasil não cresce cortando despesa, a economia vai crescer se o ambiente de negócios melhorar”, disse Maia.

Ele destacou que a proposta já tem aproximadamente 320 votos, incluindo os partidos de esquerda, mas ressaltou que, se o governo apoiar, a margem para aprovar o texto é muito maior. Maia disse que o relator da reforma, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), deve apresentar o parecer nesta semana à equipe econômica e aos líderes.

Ainda em destaque no noticiário dos jornais, o desmatamento em um ano na Amazônia, relativo ao período entre agosto de 2019 e julho de 2020 atingiu o maior patamar em mais de dez anos. Foram 11.088 km² de área desmatada, a maior taxa desde 2009, de acordo com dados divulgados na segunda pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

Os dados são do Prodes (Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite). O índice anterior, relativo a agosto de 2018 e julho de 2019, havia indicado desmatamento de 10.129 km².

O estado que mais desmatou entre agosto de 2019 e julho de 2020 foi o Pará, responsável por 47% da área desmatada na Amazônia. Em seguida, aparecem Mato Grosso, Amazonas e Rondônia.

Esse é o primeiro levantamento anual medido pelo Prodes que tem dados apenas do governo Jair Bolsonaro, criticado internacionalmente por desarticular medidas de proteção da floresta e defender publicamente atividades como o garimpo. O presidente eleito dos Estados Unidos afirmou, durante debate contra Donald Trump, que se comprometeria a barrar o desmatamento no Brasil.

O vice-presidente Hamilton Mourão, que preside o Conselho Nacional da Amazônia Legal, recriado pelo governo Bolsonaro, minimizou a destruição. “Podemos observar o início de uma tendência decrescente. Havia expectativa de que o resultado atual que fosse ser divulgado nos daria um aumento em torno de 20% do que ocorreu o ano passado. Foi um pouco menos da metade disso aí”, afirmou. Ele disse, no entanto, que o resultado “não é para comemorar”.

Mourão afirmou que 45% do desmatamento ocorreu em áreas consolidadas. Outros 30%, em áreas públicas.

5. Radar corporativo

A Petrobras prevê desinvestimentos de US$ 25 bilhões a US$ 35 bilhões no período de 2021 a 2025, versus uma faixa de US$ 20-30 bilhões de no plano de negócios anterior, à medida que a empresa busca reduzir sua dívida e concentrar recursos em ativos de “classe mundial” como os campos de pré-sal.

Como resultado, suas vendas de petróleo no mercado brasileiro cairão para 1,252 milhão de barris por dia nos próximos cinco anos, versus média de 1,348 milhão de barris por dia entre 2015/2019, estimou a empresa. Além da venda de refinarias, parte do petróleo passará a ser exportado.

A empresa projetou um salto na sua exportação de petróleo para 891 mil barris por dia no período de 2021 a 2025, ante média de 445 mil bpd entre 2015 e 2019. A empresa reforça investimentos nos produtivos campos do pré-sal, de acordo com apresentação mais detalhada de seu plano de negócios plurianual.

A XP anunciou na segunda oferta de ações, incluindo papéis da empresa detidos pelo Itaú Unibanco, no valor de até US$ 1,3 bilhão, incluindo lote adicional. Na quinta-feira passada, o conselho do Itaú aprovou cisão de participação de 41,05% que possui na XP para uma nova empresa, com possibilidade de venda da parcela restante de 5% que mantém no grupo de investimentos.

A JBS informou em fato relevante na segunda que concluiu a aquisição dos ativos de margarina e maionese da Bunge no Brasil, por meio de sua controlada Seara.

O negócio inclui a compra de três unidades produtivas que pertenciam à Bunge e estão localizadas em Gaspar (SC), São Paulo (SP) e Suape (PE). A expectativa é que a operação agregue R$ 1,2 bilhão à receita anual da Seara. A Bunge concordou em vender seus ativos de margarina e maionese no país para a Seara Alimentos, subsidiária da JBS, em dezembro de 2019. A JBS disse na época que pagaria R$ 700 milhões pelo negócio.

O conselho de administração da Multiplan aprovou na segunda-feira recompra de até 7,5 milhões de ações da companhia, informou a empresa gestora de shopping centers e empreendimentos imobiliários.
O papel encerrou nesta segunda-feira cotado a R$ 22,67, o que leva o valor da operação a até R$ 170 milhões. O programa de recompra terá duração de 18 meses.

A Exxon Mobil, grande produtora norte-americana de petróleo, disse na segunda que contabilizará uma baixa contábil de US$ 17 bilhões a 20 US$ bilhões de dólares em propriedades de gás natural, no maior “impairment” de sua história, e que reduzirá os gastos no ano que vem para o menor nível em 15 anos. A gigante do petróleo está sofrendo com os impactos da pandemia de Covid-19 sobre a demanda e os preços da energia.

A Exxon passará a se concentrar na Guiana, onde descobriu até 8 bilhões de barris de petróleo, em operações “offshore” no Brasil e no campo de petróleo da Bacia de Permian, disse a empresa.

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