Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta sexta-feira

Bolsas mundiais buscam sustentar ganhos com investidores atentos a discussões comerciais entre EUA-China e negociações de estímulos na Europa

Equipe InfoMoney

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O otimismo predomina nos mercados com a expectativa em torno do programa de estímulos pela União Europeia, que é discutido nessa manhã por líderes do bloco. O pacote de ajuda para ajudar a região é de 750 bilhões de euros.

Já no Brasil, a crise política ganhou mais um ingrediente com o envolvimento do advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef, com Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flavio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e suspeito de envolvimento em um esquema de “rachadinhas” na Assembleia Legislativa.

Queiroz foi preso ontem em um imóvel de Wassef, onde estaria há mais de um ano.

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No noticiário corporativo, a Metalfrio estuda uma emissão de ações e a CVC acredita na retomada de 100% de suas operações a partir do dia 1º de julho.

1. Bolsas mundiais

As bolsas europeias sobem apoiadas nas negociações para um programa de estímulos pela União Europeia e um menor temor com uma segunda onda de contaminação pelo novo coronavírus. Nos Estados Unidos, os futuros de NY também operam em alta.

O DAX, de Frankfurt, registra valorização de 0,98%.

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Na manhã desta sexta-feira, os líderes das 27 economias da União Europeia se reúnem para discutir um programa de estímulo de 750 bilhões de euros (equivalente a US$ 840 bilhões) para ajudar no processo de recuperação econômica das economias da região.

“Nosso objetivo final é chegar a um acordo o mais rápido possível. Ainda há um longo caminho para se chegar a isso, por isso precisaremos trabalhar duro nos próximos dias e semanas”, disse, segundo a CNBC, Charles Michel, presidente do Conselho Europeu.

É esperado que o programa de estímulo não seja aprovado hoje e que os líderes precisem se encontrar ao menos mais uma vez.

Já em Nova York, os futuros do Dow Jones operam com valorização de 0,95% e os do S&P 500 têm alta de 0,86%.

Os investidores seguem avaliando a possibilidade de uma segunda onda da Covid-19, principalmente após o aumento dos casos em algumas regiões dos EUA.

Além disso, voltou ao radar a relação entre os Estados Unidos e China. Na quinta-feira, o presidente americano, Donald Trump, ameaçou mais uma vez cortar os laços com a China, embora o próprio representante comercial dos Estados Unidos, tenha sugerido que isso seria uma medida inviável. Por outro lado, a China disse que planeja acelerar compras de produtos agrícolas americanos para cumprir o acordo comercial da primeira fase.

Veja o desempenho dos mercados, às 7h35

Nova York
*S&P 500 Futuro (EUA), +0,86%
*Nasdaq Futuro (EUA), +0,79%
*Dow Jones Futuro (EUA), +0,95%

Europa
*Dax (Alemanha), +0,98%
*FTSE 100 (Reino Unido), +1,39%
*CAC 40 (França), +1,30%
*FTSE MIB (Itália), +0,84%

Ásia
*Nikkei 225 (Japão), +0,55% (fechado)
*Hang Seng Index (Hong Kong), +0,73% (fechado)
*Shanghai SE (China), +0,96% (fechado)

*Petróleo WTI, +2,78%, a US$ 39,92 o barril
*Petróleo Brent, +2,29%, a US$ 42,46 o barril

**Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian tiveram alta de 1%, cotados a 768.000 iuanes, equivalente hoje a US$ 108,57 (nas últimas 24 horas).
USD/CNY = 7,0738 (-0,22%)

2. Indicadores econômicos

Em dia de agenda fraca para a divulgação de indicadores econômicos no Brasil, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) revela, às 10h, os dados da Sondagem Industrial referente ao mês de maio.

Mais a principal agenda do dia está na Europa, onde líderes da União Europeia se encontram, em reunião que começou às 7h (horário de Brasília), para discutir estímulos à região.

Já nos Estados Unidos, a sexta-feira é marcada por discursos dos representantes regionais do Federal Reserve (Fed, o bc americano), além do presidente da autoridade monetária, Jerome Powell, que faz discurso às 14h.

3. Âncora fiscal

O Ministério da Economia prepara um plano para estabelecer mais uma âncora fiscal para o país. Dessa vez, seria a vez do endividamento público, segundo reportagem do jornal “Folha de S.Paulo”.

A ideia será apresentada pela equipe econômica a Paulo Guedes. O Brasil já conta hoje com duas âncoras fiscais: as metas de inflação e a meta de resultado primário.

O objetivo é sinalizar a investidores que o governo segue empenhado com o ajuste fiscal. O endividamento deve terminar o ano em torno de 92% do PIB. A ideia é estabelecer formas de reduzir essa dívida a partir do próximo ano.

4. Tensão política

O governo de Jair Bolsonaro precisa lidar com mais uma crise que levou para dentro do Palácio do Planalto. Dessa vez, encarar o envolvimento do advogado da família, Frederick Wassef, com Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flavio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e suspeito de envolvimento em um esquema de “rachadinhas” na Assembleia Legislativa.

Queiroz foi preso na quinta pela manhã em um imóvel de Wassef, onde estaria há mais de um ano.

Na noite de quinta-feira, em transmissão pela internet, Bolsonaro afirmou que Queiroz não estava foragido e não havia mandado de prisão contra ele e que, por isso, a prisão do ex-assessor do filho havia sido “espetaculosa”.

Junto a essa crise, o governo lida ainda com o inquérito das fake news em curso no Supremo Tribunal Federal (STF), os pedidos de cassação da chapa, investigações sobre a interferência na Polícia Federal e o avanço do coronavírus no país, quando o número de casos confirmados se aproxima da marca de 1 milhão e o de mortes já totaliza mais de 47 mil. Há mais de um mês o Ministério da Saúde está sem ministro.

5. Panorama corporativo

Mais uma oferta de ações está em preparação. A Metalfrio anunciou, na quinta-feira à noite, que considera realizar uma oferta pública de ações.

O BTG Pactual, Santander, Bradesco BBI e BB Banco de Investimentos foram contratados para atuarem como coordenadores. Ainda não há definição sobre volume ou o cronograma da oferta.

E apesar do avanço do coronavírus no país, a CVC espera retomar 100% das suas atividades a partir de 1º de julho. Segundo o jornal “Valor Econômico”, Leonel Andrade, presidente da CVC, disse que o grupo aproveitou a quarentena para acelerar a digitalização da companhia.

A companhia também prepara um plano de capitalização que, segundo estimativas de mercado, pode chegar a R$ 1 bilhão. Andrade espera ter uma conclusão desse plano nos próximos 15 dias.

A CVC começou a reabrir lojas neste mês. Na quarta-feira, eram 928. Ao todo, são 1.400.

Já o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), anunciou na quinta-feira que o novo marco regulatório do saneamento básico deverá ser votado, em plenário virtual, na próxima quarta-feira.

O projeto abre caminho para a privatização do serviço e estabelece metas a serem cumpridas para os próximos anos. O texto já foi aprovado pela Câmara.

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