Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta sexta-feira

Investidores acompanham de perto dados do payroll nos EUA e IPCA no Brasil; Opep divulgará corte na produção do petróleo

Equipe InfoMoney

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Após mais um recorde do Ibovespa, que ontem bateu em 111 mil pontos para depois amenizar os ganhos, os investidores voltam a atenção hoje para a divulgação dos dados de emprego em novembro nos Estados Unidos e do IPCA do mês passado no Brasil.

A expectativa dos economistas é que o mercado de trabalho americano continue aquecido, com a geração de 187 mil empregos; já no Brasil, a expectativa é que a inflação tenha acelerado de 0,10% em outubro para algo entre 0,30% e 0,50% em novembro, com alta nos preços da energia, combustíveis e carne. Dados favoráveis poderão levar o Ibovespa a nova máxima.

1.Bolsas internacionais

Os mercados futuros dos três principais índices da Bolsa de Valores de Nova York operam em alta na manhã de hoje, com a expectativa positiva da divulgação do payroll. Já as bolsas de valores da Ásia fecharam em alta com a expectativa de um acordo comercial de primeira fase entre Estados Unidos e a China até o dia 15.

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O ministro de Finanças da China disse hoje que o país poderá cortar a sobretaxa de 25% que impôs sobre a carne suína e a soja americana como parte de um movimento para chegar a um acordo até meados de dezembro.

Também nesta sexta-feira, o Banco Central da China anunciou a injeção de 300 bilhões de yuanes (US$ 42,6 bilhões) no sistema bancário do país, informou a agência Dow Jones.

Os recursos vencem em um ano e foram repassados a uma taxa de juros de 3,25%, para estimular o crédito em meio à desaceleração da economia. Na Europa as bolsas operam em alta, embora os dados da indústria não sejam positivos. A produção industrial alemã sofreu uma queda de 1,7% em outubro, informou hoje a Destatis, agência estatística alemã.

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Confira o desempenho dos mercados, segundo cotação das 07h40 (horário de Brasília):

*S&P 500 Futuro (EUA), +0,22%
*Nasdaq Futuro (EUA), +0,35%
*Dow Jones Futuro (EUA), +0,22%

*DAX (Alemanha), +0,17%
*FTSE (Reino Unido), +0,71%
*CAC-40 (França), +0,42%
*FTSE MIB (Itália), +0,28%

*Hang Seng (Hong Kong), +1,07% (fechado)
*Xangai (China), +0,43 (fechado)
*Nikkei (Japão), +0,23% (fechado)

*Petróleo WTI, -0,03%, a US$ 58,41 o barril
*Petróleo Brent, +0,13%, a US$ 63,49 o barril

**Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian fecharam com queda de 0,24%, cotados a 620,50 iuanes, equivalentes a US$ 88,24 (nas últimas 24 horas). USD/CNY= 7,0318 (-0,18%)

*Bitcoin, US$ 7.426,94, +0,56%

2. Brasil aguarda IPCA de novembro

O IBGE divulga hoje o IPCA de novembro, que segundo as projeções do mercado poderá ficar entre 0,30% e 0,50%, acima dos 0,10% registrados em outubro. O mercado avalia que a inflação pode ter acelerado no mês passado porque os preços da energia elétrica, dos combustíveis e das carnes subiram.

Se os preços tiverem tido uma alta dessa magnitude, isso poderá afetar a próxima reunião do Copom, a última de 2019. Um alta expressiva dos preços tende a levar o Comitê de Política Monetária a uma postura mais conservadora na queda da taxa básica de juros.

Já os Estados Unidos divulgam às 10:30 o payroll de novembro, com estimativa de criação de 183 mil novas vagas e manutenção da taxa de desemprego em 3,6%, segundo estimativa mediana de economistas consultados pela Bloomberg.

3. Opep prepara corte na produção 

Embora os preços dos futuros do petróleo tenham subido nos últimos dias, os mercados da commodity operam em baixa nesta sexta-feira, com o fim da reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo na Áustria.

A chamada Opep+, que inclui a Rússia, já acertou que cortará a produção para evitar uma “superoferta” do produto no começo de 2020.

O pré-acordo, que deverá ser ratificado mais tarde, prevê um corte inicial de 500 mil barris diários, Qualquer ganho de preços pelo corte decidido na Opep+ será aproveitado pelos países exportadores que não fazem parte do cartel, como os Estados Unidos, atualmente maior produtor mundial com 11 milhões de barris diários.

“A produção americana continuará a crescer mesmo em um ambiente de preços mais baixos do petróleo”, informou a consultoria Rystad Energy. Os preços um pouco acima da média dos últimos dias deram apoio ao IPO realizado na quinta-feira pela estatal petrolífera saudita Aramco, que superou US$ 25 bilhões e tornou-se a maior oferta pública de ações.

4. Radar político

O líder do “Centrão” no Congresso, o deputado federal Arthur Lira (PP-AL) disse em entrevista ao jornal Folha de São Paulo que o governo Bolsonaro tem articulação “nula” no Congresso, o que poderá dificultar a aprovação de novas reformas em 2020.

“Ignorar os partidos é um erro político de articulação”, afirmou Lira. Já o novo partido do presidente Bolsonaro, o Aliança pelo Brasil, foi registrado em um cartório no Distrito Federal pelo vice-presidente da legenda, Luiz Felipe Belmonte, informa a Agência Brasil.

Em sua live transmitida na quinta-feira a partir de Bento Gonçalves (RS), onde chegava ao fim a cúpula do Mercosul, Bolsonaro descartou o tabelamento do preço da carne e afirmou que o acordo entre o Mercosul e a União Europeia sairá até o final de 2021.

5. Noticiário corporativo

O Estadão aponta que a Marfrig deve lançar hoje nova oferta de ações. A emissão servirá para que o BNDES venda a fatia de 33,74% que detém do frigorífico e pode chegar a movimentar R$ 2 bilhões; procurada, a empresa não comentou, diz jornal. Já a Unidas apontou que, até o momento, não há aprovação para oferta de ações

A Copel aprovou juros sobre capital próprio de R$ 643 milhões e a Cyrela aprova dividendos intermediários de R$ 400 milhões, enquanto a Multiplan expandiu o ParkShoppingBarigui e investiu R$ 250 milhões.

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