Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta segunda-feira

Bolsas mundiais registram ganhos entre dados da China e ainda repercutindo Fed enquanto Brasil aguarda por definição de programas sociais

Equipe InfoMoney

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A semana começou com um tom de otimismo nos mercados globais, com as bolsas europeias e os índices futuros de Nova York liderando as altas, ainda reflexo da nova estratégia de política monetária dos Estados Unidos, divulgada na semana passada.

Já na Ásia, apenas o mercado japonês subiu no primeiro pregão da semana, ajudado pela compra de participações de cinco empresas locais pelo grupo Berkshire Hathaway, do famoso investidor norte-americano Warren Buffett.

No Brasil, o destaque é a entrega do Orçamento de 2021, cujo prazo final se encerra hoje. Em meio a divergências sobre o Renda Brasil – que deve substituir o Bolsa Família – existe uma expectativa de que o programa ficará de fora da proposta. Já a prorrogação do auxílio emergencial até dezembro é aguardada para amanhã.

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No front corporativo, os investidores acompanham os resultados trimestrais das Lojas Renner e da IMC, enquanto aguardam a precificação das ofertas de ações da Pague Menos e da Lavvi. Outro destaque é o caso da Gol, que tem até hoje para pagar um empréstimo de US$ 300 milhões garantidos pela ex-sócia Delta Air Lines.

1. Bolsas mundiais

As bolsas europeias e os índices futuros de Nova York começaram a semana em alta, em meio a um maior otimismo global. A nova estratégia de política econômica divulgada na semana passada pelo Fed ajuda a impulsionar os mercados.

Os futuros dos três principais índices de bolsas dos Estados Unidos indicam para uma abertura forte dos mercados em Wall Street. Os futuros da Dow Jones sobem 0,27%, enquanto os do S&P 500 avançam 0,31% e os da Nasdaq sobem 0,37%.

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Na última sexta-feira, o S&P 500 fechou no maior nível histórico pela sexta sessão consecutiva, enquanto o Nasdaq também atingiu um recorde.

No mercado europeu, o Euro Stoxx sobe 0,46%. O DAX, principal índice acionário da Alemanha, avança 0,70%. Ao mesmo tempo, outras bolsas europeias estão em alta.

O CAC, de Paris, sobe 0,98%. O FTSE MIB, da bolsa de Milão, tem alta de 0,88%. Os mercados estão fechados hoje no Reino Unido devido a um feriado local.

A atividade econômica da China continua a dar sinais de retomada. O índice de atividade dos gerentes de compras (PMI) da indústria de agosto foi de 51,0, ante 51,1 em julho. Segundo analistas ouvidos pela Reuters, a expectativa era de um PMI de 51,2 em agosto. Mesmo assim, o resultado acima de 50 indica que a indústria está crescendo.

Ao mesmo tempo, as tensões entre a China e os Estados Unidos se agravaram depois que a China anunciou novas restrições às exportações de Inteligência Artificial que poderiam complicar ainda mais a venda das operações da TikTok nos Estados Unidos.

Na Ásia, o Japão foi o grande destaque positivo, com o índice Nikkei fechando em alta de 1,12%. O mercado local ganhou impulso com a notícia de que a Berkshire Hathaway, empresa do investidor Warren Buffett, comprou participações nas cinco maiores conglomerados empresariais do país.

Já os outros mercados fecharam em baixa. Na China, o Shangai SE caiu 0,24%. Na Coreia do Sul, o índice Kospi recuou 1,17%, enquanto o índice Hang Seng, de Hong Kong, caiu 0,96%.

*Veja o desempenho dos mercados, às 7h07 (horário de Brasília):

Nova York

*S&P 500 Futuro (EUA), +0,31%
*Nasdaq Futuro (EUA), +0,37%
*Dow Jones Futuro (EUA), +0,27%

Europa

*Dax (Alemanha), +0,71%
*CAC 40 (França), +0,96%
*FTSE MIB (Itália), +0,86%

Ásia

*Nikkei 225 (Japão), +1,12% (fechado)
*Hang Seng Index (Hong Kong), -0,96% (fechado)
*Shanghai SE (China), -0,24% (fechado)

*Petróleo WTI, +1,19%, a US$ 43,48 o barril
*Petróleo Brent, +1,42%, a US$ 46,46 o barril

**Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian fecharam em alta de 2,61%, cotados a 844.000 iuanes, equivalente hoje a US$ 123,24 (nas últimas 24 horas).
USD/CNY = 6,84802

*Bitcoin, US$ 11.613,10, +0,12%

2. Agenda

O mercado repercute o Boletim Focus do Banco Central. Pela nona semana seguida, os economistas melhoraram a previsão para o PIB, que passou de queda de 5,46% para baixa de 5,28%, enquanto a projeção de IPCA passou de 1,71% para 1,77% em 2020. A previsão para o dólar ao fim do ano passou de R$ 5,20 para R$ 5,25, enquanto a Selic foi mantida em 2%. Para 2021, a previsão do PIB foi mantida em alta de 3,5% e do IPCA em 3%, enquanto a projeção para a moeda americana ficou em 5%; já a Selic passou de 3% para 2,88%.

Às 9h30, a instituição divulga nota sobre a política fiscal de julho, com dados sobre a relação entre dívida líquida e Produto Interno Bruto (PIB).

Mais tarde, às 15h, será divulgada a balança comercial semanal.

Na agenda do InfoMoney, às 18h, o portal conversa com Ângelo Duarte, chefe do departamento de competição e de estrutura do mercado financeiro do Banco Central, e Gustavo Cunha, economista e especialista em inovação no mercado financeiro, sobre como vai funcionar na prática o Pix, novo sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central. Acompanhe pelo Youtube do InfoMoney.

3. Orçamento

No Brasil, chega hoje ao fim o prazo de entrega do Orçamento de 2021. A formulação do orçamento enfrenta vários desafios, como a regra do teto de gastos e o fato de que comissões deliberativas no Congresso estão paralisadas devido à pandemia.

Em meio a divergências sobre o Renda Brasil – que deve substituir o Bolsa Família – existe uma expectativa de que o programa ficará de fora da proposta.

O mercado acompanhará de perto os movimentos do presidente Jair Bolsonaro. De acordo com a Folha de S.Paulo, no final de semana, ele pediu à equipe econômica novamente que avaliasse a inclusão do Renda Brasil no Projeto de Lei Orçamentária Anual.

No domingo, os ministros envolvidos diziam que todas as opções seguiam em aberto, de acordo com o jornal. Ao mesmo tempo, fontes próximas a Guedes declararam que a proposta enviada ao Congresso incluirá apenas os programas sociais já existentes. Ou seja, o Renda Brasil ficaria de fora.

4. Auxílio Emergencial

Já a prorrogação do auxílio emergencial até dezembro é aguardada para amanhã.

O deputado Arthur Lira (PP-AL) declarou no sábado que o presidente vai anunciar amanhã a prorrogação do auxílio emergencial, segundo O Globo. Não houve uma divulgação oficial do valor.

Durante o final de semana, em um evento em Caldas Novas (GO), Bolsonaro declarou que o benefício ficará entre R$ 200 – valor defendido pela equipe econômica – e os atuais R$ 600. Segundo ele, o benefício é “pouco para quem recebe e muito para quem paga”. Ainda segundo a publicação, o auxílio emergencial deve ter o valor de R$ 300.

No noticiário nacional, outro destaque fica para os desdobramentos da decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de afastar do cargo o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, por 180 dias. A decisão ocorre em meio a uma operação que investiga corrupção em contratos públicos do governo estadual. O cargo foi assumido pelo vice Cláudio Castro.

5. Radar corporativo

No noticiário corporativo, destaque para os resultados do segundo trimestre das Lojas Renner e da IMC. Ambos serão divulgados hoje após o fechamento do mercado.

Na sexta-feira, foi divulgado o resultado do IRB, que registrou um prejuízo de R$ 685,1 milhões no segundo trimestre, depois de fechar os primeiros três meses do ano com lucro de apenas R$ 13,9 milhões. Veja mais clicando aqui. 

Começam hoje as negociações das novas ações do Banco Pan, após oferta secundária (follow on) realizada pelo banco. A operação levantou R$ 734 milhões, recursos que irão para o acionista vendedor, a Caixa.

O mercado acompanha o caso da Gol, que tem até hoje para pagar um empréstimo de US$ 300 milhões garantidos pela ex-sócia Delta Air Lines, segundo a Reuters. Se a Gol não pagar, a Delta teria que honrar a dívida em nome da empresa. Segundo a agência de notícias, as agências de rating dizem ser “provável” que a Gol não pague a dívida.

Serão precificadas hoje as ofertas públicas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês) da Pague Menos e da incorporadora Lavvi.

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