Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta segunda-feira

Debate sobre teto de gastos segue em destaque, bolsas mundiais têm desempenho misto e monitoram tensão EUA-China e mais notícias

Equipe InfoMoney

Bandeiras da China e dos EUA (Crédito: Shutterstock)

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Os investidores iniciam a semana divididos entre os efeitos da reabertura das economias e as tensões entre China e Estados Unidos. Na Europa, as Bolsas operam mistas e, em Nova York, os futuros operam em terreno positivo.

No Brasil, as atenções estão concentradas nos gastos do governo e na manutenção ou flexibilização do teto de gastos, que limita o crescimento das despesas à inflação do ano anterior.

Entre as notícias corporativas, a Cemig divulgou queda em seu lucro e o Banco do Brasil confirmou o nome de André Brandão para a presidência da instituição financeira. Também ocorrerá o vencimento de opções sobre ações na B3, o que pode adicionar volatilidade ao índice.

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1. Bolsas mundiais

A indefinição marca o início da semana nos mercados financeiros. Os investidores estão atentos às tensões entre China e Estados Unidos e a volta das restrições de viagens na Europa em decorrência do aumento de casos da Covid-19. Os índices europeus registram leve flutuação e os futuros de Nova York operam em terreno positivo.

As reuniões entre China e Estados Unidos, marcadas para o final de semana, foram adiadas, mostrando que a tensão entre as duas maiores economias do mundo deve continuar. Na última sexta-feira, o presidente americano, Donald Trump, ordenou oficialmente que o proprietário chinês do aplicativo Tik Tok vendesse seus ativos nos Estados Unidos.

Os futuros do Dow Jones sobem 0,20% e os do S&P 500 registram valorização positiva de 0,28%.

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O avanço de casos da Covid em alguns países da Europa, levando a restrições de viagens, também está no radar dos investidores, que avaliam o impacto dessas medidas na retomada da economia.

O DAX, de Frankfurt, registra leve variação positiva de 0,08% e o CAC, de Paris, oscila negativamente (-0,04%).

“A economia vai continuar a reabrir à medida que nos aproximamos do final do ano. (…) Se você esperar o lançamento de uma vacina, provavelmente perderá a maior oportunidade agora”, afirmou, à Bloomberg, Brett Ewing, estrategista-chefe da First Franklin Financial Services.

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Na Ásia, medidas de estímulo da China impulsionaram os ganhos no país. O Shangai SE avançou 2,34%. O Hang Seng Index, de Hong Kong, subiu 0,65%. Em Tóquio, o Nikkei 225 recuou 0,83%.

*Veja o desempenho dos mercados, às 7h33 (horário de Brasília):

Nova York
*S&P 500 Futuro (EUA), +0,28%
*Nasdaq Futuro (EUA), +0,59%
*Dow Jones Futuro (EUA), +0,20%

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Europa
*Dax (Alemanha), +0,08%
*FTSE 100 (Reino Unido), +0,21%
*CAC 40 (França), -0,04%
*FTSE MIB (Itália), -0,34%

Ásia
*Nikkei 225 (Japão), -0,83% (fechado)
*Hang Seng Index (Hong Kong), +0,65% (fechado)
*Shanghai SE (China), +2,34% (fechado)

Commodities e bitcoin
*Petróleo WTI, -0,12%, a US$ 41,96 o barril
*Petróleo Brent, -0,29%, a US$ 44,67 o barril
**Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian fecharam em alta de 0,36%, cotados a 834.500 iuanes, equivalente hoje a US$ 120,26 (nas últimas 24 horas).
USD/CNY = 6,9393 (-0,16%)
*Bitcoin, US$ 11.887, +0,44%

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2. Agenda

O Banco Central (BC) publicou às 8h25 o boletim Focus, que compila as projeções econômicas feitas por uma série de instituições.

Os economistas revisaram suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2020 de uma queda de 5,62% para uma levemente menor, de 5,52%, mostrou o Relatório Focus do Banco Central. Já para 2021 a expectativa mediana se manteve em crescimento de 3,5% da economia brasileira.

Em relação ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) as estimativas foram elevadas de 1,63% em 2020 para 1,67%. Para 2021 a expectativa continuou em 3,00%. As projeções para o dólar não se alteraram e ficaram em R$ 5,20 até o final de 2020 e em R$ 5,00 para 2021. Por fim, as expectativas para a taxa básica de juros, Selic, ficaram estáveis em 2,00% ao ano para 2020, mas foram cortadas de 3,00% para 2,75% para 2021.

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Às 15h, será a vez da Secretaria de Comércio Exterior divulgar a balança comercial referente ao mês de julho.

Nos Estados Unidos, às 9h30 (horário de Brasília), será divulgado o Índice Empire State de Atividade Industrial referente ao mês de agosto. Nesta data, também tem início a Convenção do Partido Democrata.

Na agenda do InfoMoney, a série Por dentro dos resultados – que traz lives com os CEOs e principais executivos de companhias da Bolsa, em que eles comentam os números do ano, detalham as estratégias dos próximos meses e respondem as perguntas de quem estiver assistindo – recebe três empresas nesta segunda-feira. Para participar, basta se cadastrar, gratuitamente, na série.

Às 10h, a série recebe Daniel Sonder, CFO da B3; às 13h30, a Marfrig, com Miguel Gularte, CEO da operação América do Sul, e Tang David, CFO. Já às 18h30 é a vez da JHSF, com Thiago Alonso, CEO da companhia.

3. Questão fiscal

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem cobrado do ministro Paulo Guedes (Economia) postura menos resistente ao aumento de gastos públicos e dessa forma garantir recursos para obras públicas e benefícios sociais, segundo reportagem do jornal “Folha de S.Paulo”.

Segundo a reportagem, o presidente teria se queixado a interlocutores que o ministro precisa ser menos inflexível e intransigente em relação aos recursos orçamentários, cobrando que a política econômica deve estar em sintonia com o projeto de governo.

A discussão gira em torno do respeito ao teto de gastos, regra que limita o aumento das despesas à inflação do ano anterior. Uma alta do governo quer incluir obras públicas no chamado “Orçamento de Guerra”. Esse orçamento foi criado com recursos extraordinários para garantir ações de combate à Covid-19.

Ainda no front político, uma pesquisa divulgada pelo Datafolha neste final de semana mostrou que 47% dos brasileiros entrevistados acreditam que Jair Bolsonaro não tem qualquer culpa pelas mortes causadas pela pandemia.

4. Orçamento de 2021

O Orçamento do ministério da Defesa deve superar em R$ 5,8 bilhões o da Educação, segundo reportagem do jornal “O Estado de São Paulo”. A divisão de recursos faz parte da proposta de lei orçamentária que o Ministério da Economia precisa encaminhar ao Congresso até o final do mês.

Segundo a reportagem, a previsão de orçamento para o Ministério da Defesa é de um aumento de 48,8% em relação ao orçamento deste ano, chegando a R$ 108,56 bilhões em 2021. A verba da Educação deve cair de R$ 103,1 bilhões para R$ 102,9 bilhões.

Os valores consideram todos os gastos das duas pastas, desde o pagamento de salários, compra de equipamentos e projetos em andamento.

5. Radar corporativo

E no final da temporada de balanços, a companhia de energia Cemig registrou lucro líquido de R$ 1,04 bilhão no segundo trimestre do ano, recuo de 50% na comparação com igual período do ano passado.

Já a construtora EZtec Empreendimentos e Participações informou que pediu registro para oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) de seu braço de imóveis comerciais, a EZ Inc Incorporações Comerciais.

Segundo fato relevante, a assembleia de acionistas aprovou a oferta e também a adesão da EZ Inc ao Novo Mercado da B3.

Na sexta-feira à noite, o Banco do Brasil informou que começou os procedimentos para confirmar a eleição de André Guilherme Brandão para o cargo de presidente da companhia.

Os trâmites começarão após comunicação do Ministério da Economia, afirmou o banco em fato relevante, indicando que o governo federal, acionista controlador, indicou o executivo para a posição.

A escolha acontece três semanas após o atual presidente do banco, Rubem Novaes ter anunciado que iria deixar o cargo.

E a elétrica paulista Cesp aprovou a emissão de R$ 1,5 bilhão em debêntures com vencimento em dez anos. Os papéis terão remuneração de IPCA mais 4,3% ao ano.

A operação, com esforços restritos de distribuição, visa levantar recursos para pagamento parcial de debêntures emitidas anteriormente e que foram destinadas ao pagamento da outorga da renovação da concessão da hidrelétrica Porto Primavera.

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