Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta quinta-feira

Bolsas europeias caem entre balanços e decisão do Banco da Inglaterra; repercussões do Copom e dado de emprego no Brasil no radar

Equipe InfoMoney

(Shutterstock)

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As Bolsas europeias operam em queda nesta quinta-feira após balanços e com o Banco da Inglaterra, que decidiu pela estabilidade das taxas de juros e alertou sobre uma lenta recuperação da economia. Nos Estados Unidos, onde os futuros de Nova York estão perto da estabilidade, a atenção está voltada para a divulgação dos dados sobre desemprego na próxima sexta e à espera de notícias sobre o pacote americano de estímulos

No Brasil, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a redução dos impostos sobre a linha branca (geladeiras, fogões) pode ser uma das alternativas para o estímulo à economia.

E na temporada de balanços, provisões para devedores duvidosos fazem o lucro do Banco do Brasil cair mais de 20% e a Braskem registrou prejuízo bilionário.

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1.Bolsas mundiais

A aversão ao risco é o sentimento dos negócios hoje na Europa, com a expectativa de uma recuperação mais lenta da economia. As taxas de juros na Inglaterra foram mantidas em 0,1% ao ano e também não houve alteração no programa de recompra de títulos, que é de 745 bilhões de libras (equivalente a US$ 981 bilhões). A autoridade monetária inglês disse ainda que a economia do Reino Unido não deve voltar ao patamar pré-pandemia até o final de 2021 – anteriormente, acreditava que isso fosse acontecer no segundo semestre do ano que vem.

O FTSE 100, de Londres, registra desvalorização de 1,48%, e o DAX, de Frankfurt, recua 0,25%.

Atenção ainda para os balanços: a Glencore puxou perdas no FTSE 100 depois de descartar dividendos e a ITV despencou depois de dizer que não forneceria uma previsão para o resto do ano.

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Nos Estados Unidos, a preocupação é para um acordo entre republicanos e democratas em relação ao novo pacote de estímulo à economia americana. A tensão entre China e Estados Unidos e os dados do mercado de trabalho americano são outras fontes de atenção.

Os futuros do Dow Jones estão estáveis (+0,01%).

“Existem alguns riscos de o mercado depender muito de notícias positivas em torno do estímulo fiscal e de uma temporada de lucros que ainda não foi tão boa”, disse, à Bloomberg, Kerry Craig, estrategista de mercado global do JPMorgan Asset Management.

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Veja o desempenho dos mercados, às 7h47

Nova York
*S&P 500 Futuro (EUA), -0,05%
*Nasdaq Futuro (EUA), -0,12%
*Dow Jones Futuro (EUA), +0,01%

Europa
*Dax (Alemanha), -0,25%
*FTSE 100 (Reino Unido), -1,48%
*CAC 40 (França), -0,69%
*FTSE MIB (Itália), -1,01%

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Ásia
*Nikkei 225 (Japão), -0,43% (fechado)
*Hang Seng Index (Hong Kong), -0,69% (fechado)
*Shanghai SE (China), +0,26% (fechado)

Commodities e bitcoin
*Petróleo WTI, -0,95%, a US$ 41,79 o barril
*Petróleo Brent, -0,31%, a US$ 45,03 o barril
**Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian fecharam em alta de 2,88%, cotados a 910.00 iuanes, equivalente hoje a US$ 131,04 (nas últimas 24 horas).
USD/CNY = 6,9445 (+0,11%)
*Bitcoin, US$ 11.709, +2,65%

2. Agenda

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulga, às 8h, a inflação medida pelo IGP-DI referente ao mês de julho. Às 9h, é a vez do IBGE revelar a taxa de desemprego para o mês de junho. A estimativa da Bloomberg é que ela suba de 12,9% para 13,2%.

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Nos Estados Unidos, o Departamento de Trabalho divulga, às 9h30 (horário de Brasília), os dados sobre os pedidos de seguro-desemprego.

Às 11h, Robert Kaplan, presidente do Federal Reserve (Fed, o bc americano) de Dallas fará um pronunciamento.

Na agenda do InfoMoney, às 17h, o professor Alan Ghani apresenta o programa Renda Fixa Turbinada no Youtube do portal. Na sequência, às 18h30, a série Por Dentro dos Resultados entrevista Sérgio Ribas, CEO da Irani, e Odivan Cargnin, CFO da companhia, para comentar o balanço do segundo trimestre. Veja como participar clicando aqui. 

3. Repercussão do Copom

Por aqui, os investidores repercutem a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) na véspera de cortar a Selic em 0,25 ponto percentual, a 2% ao ano. No comunicado, o Comitê não descartou novo corte gradual da Selic e ainda sinalizou que a taxa não deve subir – ao contrário do que vem precificando a curva de juros para a partir da virada do ano.

Para Roberto Secemski, economista do Barclays, o BC deixou uma porta aberta para eventual redução nos juros em setembro e pareceu enfatizar que o motivo para cautela advém de questões prudenciais e de estabilidade financeira e não das projeções de inflação.

Porém, alguns economistas apontam que o ciclo de queda de juros deve ter chegado ao fim. Para Estevão Alexandre, coordenador de curso de pós graduação da Fipecafi, houve um encerramento do ciclo, com a Selic devendo se manter no atual patamar até março ou abril do próximo ano, para posteriormente haver um aumento gradativo até o máximo de 3% ao final de 2021, em meio às preocupações com o reaquecimento da atividade econômica. Veja mais análises clicando aqui e acessando o vídeo abaixo.

4. Limite de juros

O limite de juros para cartão e cheque especial durante pandemia está na pauta do Senado desta quinta, informa a Agência Senado. Confira o que esperar clicando aqui. 

Ainda no noticiário político, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse, em entrevista à Record News na noite de quarta-feira, que o governo vai reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente sobre a linha branca.

Listando as medidas que devem contribuir para o crescimento da atividade ao longo do próximo ano, Guedes citou também o consumo da baixa renda, um maior crescimento da construção civil e investimentos privados em áreas como petróleo e gás natural.

O ministro espera um crescimento da economia entre 3,5% a 4% no ano em 2021, após uma retração de cerca de 4%-4,5% este ano.

5. Radar corporativo

O Banco do Brasil registrou lucro líquido ajustado de R$ 3,31 bilhões no segundo trimestre de 2020, queda de 25,3% na comparação com igual período do ano passado, informou a companhia nesta quinta-feira (6).

Já o lucro líquido contábil totalizou R$ 3,2 bilhões no 2º trimestre, 23,7% menor em relação ao mesmo período do ano passado (R$ 4,2 bilhões).

A inadimplência (atrasos acima de 90 dias) caiu para 2,84%, ante 2,90% registrados 12 meses antes e 3,17% do trimestre anterior.

Já a petroquímica Braskem registrou prejuízo de R$ 2,5 bilhões no segundo trimestre, ante lucro de R$ 57 milhões em igual período do ano passado. A queda nas receitas devido à crise da Covid-19, despesas ligadas a um dano geológico em Alagoas e pressão financeira devido à alta do dólar estão entre os fatores que justificam a queda.

A AES Tietê registrou lucro líquido de R$ 119 milhões no segundo trimestre de 2020, avanço de 235,7% na comparação com igual período do ano anterior.

O Ebitda ficou em R$ 275,6 milhões, alta de 21,8% no comparativo anual. A receita líquida foi de R$ 475,2 milhões, queda de 2%.

No final de julho, a AES Corp adquiriu uma fatia do BNDESPar na empresa e passou a deter participação de 42,9% na AES Tietê, depois de uma disputa com a Eneva.

A companhia aérea Azul afirmou que espera operar 407 decolagens diárias nos dias de maior demanda em setembro. O número representa cerca de 55% do ritmo das operações domésticas de um ano antes e 45% da capacidade total.

A companhia vem retomando gradualmente suas operações desde abril, quando as medidas de isolamento social tomadas para tentar conter a pandemia do coronavírus paralisaram quase totalmente as viagens aéreas no país.

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