Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta quarta-feira

Bolsas mundiais sobem à espera do Fomc; novo primeiro-ministro do Japão, Copom e mais destaques da sessão

Equipe InfoMoney

Publicidade

As bolsas mundiais estão em alta nesta manhã, à espera de definições sobre a política monetária nos Estados Unidos. A reunião de hoje do Federal Open Market Committee ganha destaque por primeira reunião após o anúncio oficial da mudança do arcabouço de política monetária do país. Tanto as bolsas europeias quanto os índices futuros de Nova York estão em alta, embora as bolsas asiáticas tenham fechado mistas.

No cenário doméstico, o mercado aguarda hoje a decisão do Copom sobre a política de juros no Brasil, que deve manter a Selic a 2%. Além disso, os investidores continuam a acompanhar a repercussão das declarações do presidente Jair Bolsonaro, que ontem deu como encerrado o projeto de criar o Renda Brasil e ameaçou dar um “cartão vermelho” para quem propusesse congelamento de aposentadorias.

Daqui para frente, o foco da equipe econômica deve ser a desoneração da folha de pagamento e a criação de um novo imposto sobre transações. No entanto, fontes do governo, segundo o Globo, dizem que a ideia do Renda Brasil não foi totalmente enterrada porque o presidente ainda deseja deixar sua marca na área social.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Na área corporativa, um dos destaques é a troca de US$ 4 bilhões em notes da Petrobras por títulos registrados na SEC. Além disso, a Klabin chamou assembleia para decidir sobre a incorporação da Sogemar, que detém a marca Klabin. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aceitou um acordo de R$ 7 milhões para encerrar um processo envolvendo a B3, enquanto a Gol deve enfrentar uma ação coletiva de investidores nos Estados Unidos.

1. Bolsas mundiais

O otimismo predomina nas principais bolsas mundiais nesta manhã, enquanto os investidores aguardam a conclusão da reunião do Federal Open Market Committee sobre a condução da política monetária nos Estados Unidos. As bolsas europeias e os índices futuros de Nova York estão em alta, enquanto na Ásia os mercados fecharam mistos.

Os investidores também esperam estimativas da autoridade monetária atualizadas para o Produto Interno Bruto, desemprego e inflação nos Estados Unidos, além de maior clareza sobre uma possível elevação das taxas de juros no futuro. Os investidores europeus acompanham hoje a fala da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Continua depois da publicidade

Na Europa, o índice Euro Stoxx está em alta de 0,56%. O DAX, da Alemanha, avança 0,43%, enquanto o CAC, de Paris, sobe 0,45%, e o FTSE MIB, da Itália, tem alta de 0,20%. Ao mesmo tempo, o FTSE 100, de Londres, sobe 0,19%.

Os futuros de Wall Street também sobem nesta manhã. Os futuros do Dow Jones estão em alta de 0,26%, enquanto os do S&P 500 avançam 0,55% e os da Nasdaq sobem 0,61%.

Já na Ásia os mercados foram mistos, depois que dados do Japão mostraram queda de 14,8% nas exportações do país em agosto, em comparação com o mesmo mês de 2019. A expectativa era de uma queda de 16,1%, segundo a Reuters. Também no Japão, Yoshihide Suga foi eleito primeiro-ministro. No país, o Nikkei 225 fechou em alta de 0,09%.

Os outros mercados asiáticos recuaram. Na China, o Shangai SE caiu 0,36%. Já o índice Hang Seng, de Hong Kong, perdeu 0,03%. O índice Kospi, da Coreia do Sul, fechou em queda de 0,31%.

No mercado de petróleo, o WTI avança 2,38% para US$ 39,19 por barril, enquanto o tipo Brent sobe 2,15% para US$ 41,40 por barril. A alta está sendo motivada pela aproximação de um furacão na região produtora dos Estados Unidos.

Já o minério teve forte queda, em meio às menores preocupações com o aperto na oferta global e com margens em queda na China impulsionando vendas dos contratos da commodities.

*Veja o desempenho dos mercados, às 7h00 (horário de Brasília):

Nova York

*S&P 500 Futuro (EUA), +0,49%
*Nasdaq Futuro (EUA), +0,55%
*Dow Jones Futuro (EUA), +0,26%

Europa

*Dax (Alemanha), +0,35%
*FTSE 100 (Reino Unido), +0,12%
*CAC 40 (França), +0,37%
*FTSE MIB (Itália), +0,16%

Ásia

*Nikkei 225 (Japão), +0,09% (fechado)
*Hang Seng Index (Hong Kong), -0,03% (fechado)
*Shanghai SE (China), -0,36% (fechado)

*Petróleo WTI, +2,25%, a US$ 39,14 o barril
*Petróleo Brent, +2,07%, a US$ 41,37 o barril

**Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian fecharam em queda de 5,07%, cotados a 796.500 iuanes, equivalente hoje a US$ 117,86 (nas últimas 24 horas).
USD/CNY = 6,75793

*Bitcoin, US$ 10.878,52 +1,21%

2. Agenda

Os investidores acompanham hoje anúncios sobre a política monetária no Brasil e nos Estados Unidos. Às 15h, será anunciada a decisão do Fed, Banco Central norte-americano. Mais tarde, por volta das 18h, o mercado conhecerá detalhes da reunião do Copom, do Banco Central brasileiro. A expectativa é de que a taxa Selic seja mantida em 2%. Veja mais clicando aqui. 

Hoje de manhã, a FGV divulgou às 8h o IGP-10. Os preços do atacado continuaram pressionando e o Índice Geral de Preços-10 passou a subir 4,34% em setembro, ante alta de 2,53% no mês anterior, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira pela Fundação Getulio Vargas. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, acelerou a alta a 5,99%, de 3,38% em agosto.

Ainda em destaque, o Banco Central divulga o fluxo cambial semanal, às 14h30.

Confira ainda o Radar InfoMoney, novo programa diário que resume, em poucos minutos, os fatos mais relevantes do noticiário econômico e político do Brasil e do mundo e os seus impactos no comportamento das ações e de outros ativos financeiros. O programa é transmitido ao meio-dia em ponto, de segunda a sexta-feira, pelo canal do InfoMoney no YouTube.

3. Perspectivas depois do fim do Renda Brasil

Depois do anúncio de que o governo desistiu do programa Renda Brasil, a equipe econômica deve se focar na desoneração da folha de salários, de acordo com o Estado de S.Paulo. A intenção da equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, é reduzir os custos dos empregadores e impulsionar a geração de empregos.

A ideia inicial era apresentar a proposta ao presidente Jair Bolsonaro hoje, mas depois do anúncio da véspera, a apresentação ainda não tem data definida. Segundo o jornal, para fazer a desoneração da folha precisará ser criado um novo imposto sobre transações. Ou seja, também será preciso convencer o presidente sobre o imposto.

Além disso, existe uma expectativa de que o governo reforçará o Bolsa Família para evitar uma queda da popularidade do presidente depois do encerramento do auxílio emergencial. Segundo a Folha de S.Paulo, auxiliares do presidente querem aumentar a verba disponível para o programa de transferência de renda, ainda que mantendo o nome ligado à marca petista.

4. Cartão vermelho

Ontem, o presidente declarou que daria um “cartão vermelho” a quem propuser congelar aposentadorias para financiar o Renda Brasil. Mais tarde, o ministro Paulo Guedes disse que a fala não foi direcionada a ele.

As declarações causaram impacto no mercado, mas a imprensa noticiou hoje que o Renda Brasil não foi enterrado definitivamente. Segundo o jornal O Globo, o presidente ainda não desistiu de imprimir sua marca na área social e ainda deve insistir no programa.

Já segundo a Folha, o Congresso está acelerando a discussão de projetos que possam criar um programa de renda mínima mais abrangente que o Bolsa Família. A intenção dos deputados é articular a votação de projetos para criar uma renda mínima que inclua mais brasileiros de baixa renda que o Bolsa Família, que hoje atende 14,3 milhões de famílias.

Ainda no noticiário nacional, a bancada evangélica no Congresso deve se reunir hoje com o presidente Jair Bolsonaro. O encontro ocorre depois de o presidente ter vetado o perdão às dívidas tributárias das igrejas.

Também chama atenção a declaração feita na noite de ontem pelo presidente norte-americano Donald Trump. Segundo ele, uma vacina contra o coronavírus pode sair daqui a três ou quatro semanas. A fala de Trump reforça previsões feitas por autoridades de saúde pública dos EUA e laboratórios no início deste mês.

5. Radar Corporativo

No noticiário de empresas, um dos destaques é a troca de US$ 4 bilhões em notes da Petrobras por títulos registrados na SEC. Além disso, a Klabin chamou assembleia para decidir sobre a incorporação da Sogemar, que detém a marca Klabin.

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aceitou um acordo de R$ 7 milhões para encerrar um processo envolvendo a B3, enquanto a Gol deve enfrentar uma ação coletiva de investidores nos Estados Unidos. Outro destaque é o desdobramento de ações aprovado pela Raia Drogasil.

Full Trader: série exclusiva mostra do que você precisa para se tornar um trader consistente na Bolsa. Clique aqui e garanta seu acesso gratuito