Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta quarta-feira

Bolsas mundiais sobem com avanços para pacote de estímulos nos EUA; ADP, decisão do Copom e mais destaques

Equipe InfoMoney

Bandeira dos Estados Unidos

Publicidade

A expectativa em relação a um pacote de estímulo à economia nos Estados Unidos reduz a aversão ao risco e faz as Bolsas operarem em alta nesta quarta-feira. O pacote de alívio depende de acordo entre republicanos e democratas.

No Brasil, a expectativa do dia está em torno do resultado da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), que após o fechamento dos mercados anuncia sua decisão sobre juros. É esperado que a Selic caia de 2,25% para 2% ao ano. Ainda em destaque, Paulo Guedes, ministro da Economia, participa de videoconferência de reunião da Comissão Mista Temporária da Reforma Tributária.

Entre as notícias corporativas, a Embraer divulgou prejuízo no segundo trimestre a a Notre Dame Intermédia anunciou a compra de uma operadora de saúde do sul de Minas Gerais.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

E o petróleo apresenta alta de mais de 2% no mercado internacional. Confira os destaques:

1.Bolsas mundiais

Os resultados corporativos e a expectativa em relação ao pacote de estímulo à economia nos Estados Unidos contribuem para o bom humor dos mercados nesta quarta-feira. As Bolsas europeias e os futuros de Nova York operam em alta.

Na Europa, o que tem levado os ganhos para cima é a temporada de balanços. O banco Commerzbank e seguradora Allianz, ambos da Alemanha, apresentaram resultados que surpreenderam e indicando um segundo semestre melhor. Ainda em destaque, o índice de gerentes de compras compostos da zona do euro subiu para 54,9, o nível mais alto em pouco mais de dois anos e acima da estimativa.

Continua depois da publicidade

O DAX, de Frankfurt, apresenta valorização de 0,89%.

Nos Estados Unidos, a atenção está voltada para um novo pacote de ajuda à economia americana, afetada pela pandemia do novo coronavírus. A expectativa de um alívio fiscal faz com que os futuros americanos operem em terreno positivo.

Os futuros do Dow Jones sobem 0,68% e os do S&P 500 registram alta de 0,52%.

É esperado que democratas e republicanos cheguem a um acordo até o final de semana.

“As esperanças de um pacote fiscal irão de fato contribuir em qualquer melhora do sentimento de risco”, disse, à Bloomberg, Padhraic Garvey, chefe de pesquisa do ING Financial Markets.

No mercado de commodities, o minério de ferro mantém alta com demanda chinesa, embora rali esteja em risco com fluxo recorde de embarques australianos; cobre e níquel sobem em Londres. Já o petróleo avança e brent supera US$ 45 com queda em estoques americanos.

Ainda no radar, os títulos do Líbano, que estão sujeitos a uma reestruturação planejada da dívida, avançaram e apagaram quedas após a explosão mortal em Beirute na terça-feira; bolsa do país ficará fechada hoje.

*Veja o desempenho dos mercados, às 7h40 (horário de Brasília):

Nova York

*S&P 500 Futuro (EUA), +0,52%

*Nasdaq Futuro (EUA), +0,32%

*Dow Jones Futuro (EUA), +0,68%

Europa

*Dax (Alemanha), +0,89%

*FTSE 100 (Reino Unido), +1,06%

*CAC 40 (França), +0,83%

*FTSE MIB (Itália), +0,43%

Ásia

*Nikkei 225 (Japão), -0,26% (fechado)

*Hang Seng Index (Hong Kong), +0,63% (fechado)

*Shanghai SE (China), +0,17% (fechado)

Commodities e bitcoin

*Petróleo WTI, +2,69%, a US$ 42,82 o barril

*Petróleo Brent, +2,43%, a US$ 45,51 o barril

**Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian fecharam em alta de 0,40%, cotados a 888.00 iuanes, equivalente hoje a US$ 127,89 (nas últimas 24 horas).
USD/CNY = 6,9433 (-0,43%)

*Bitcoin, US$ 11.384, +1,13%

2. Agenda

O destaque na agenda brasileira fica para a decisão para a Selic do Comitê de Política Monetária (Copom), que deve cortar a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, para o novo piso histórico de 2%, segundo aposta majoritária dos economistas pesquisados pela Bloomberg. Contudo, economistas divergem sobre se o Banco Central vai manter ou não a porta aberta a novos estímulos monetários (veja mais clicando aqui). Às 10h, serão publicados os dados do PMI composto e do setor de serviços medido pelo Markit.

Nos Estados Unidos, às 09h15, sai nos EUA o ADP, com a variação de empregos no setor privado de julho. Segundo o consenso Bloomberg, a estimativa é de criação de 1,2 milhão de vagas, ante dado anterior de criação de 2,37 milhões. Às 9h30 saem os dados da balança comercial. Às 10h45, sai o PMI Markit de serviços final de julho, com estimativa de 49,6; às 11h, é divulgado o ISM serviços, com estimativa de 55,0, ante dado do mês passado de 57,1.

Na agenda do InfoMoney, a série Por Dentro dos Resultados, que traz lives com os CEOs e principais executivos de companhias da Bolsa, entrevistará nesta quarta, às 16h, Cristina Betts, diretora financeira e de relações com investidores da Iguatemi.

Já às 18h30, após o Comitê de Política Monetária (Copom), o InfoMoney repercutirá a decisão sobre a Selic com Rachel de Sá, economista da XP Investimentos, e Guilherme Attuy, economista-chefe da Gauss Capital. Acompanhe pelo Youtube do portal.

3. Reforma tributária

O governo estuda reduzir a alíquota do Imposto de Renda da Pessoa Física de 27,5%, atualmente a maior na tabela da Receita, para uma faixa entre 23% e 25%, segundo reportagem do jornal “Folha de S.Paulo”.

Essa redução seria compensada com o corte das deduções médicas feitas pelas pessoas físicas nas declarações anuais de ajuste do IR. Atualmente, não há limite para essas deduções.

Dados do Ministério da Economia apontam que essas deduções representam um custo de R$ 15,1 bilhões, o equivalente a um terço dos subsídios dados ao setor da saúde.

Ainda no radar, Guedes participa de videoconferência de reunião da Comissão Mista Temporária da Reforma Tributária às 10h.

4. Semana Brasil

O governo federal prepara para os dias 3 a 13 de setembro a “Semana Brasil”, evento para “unir comércio e varejo na retomada da economia do país”. O anúncio se dá no momento em que os casos da Covid-19 seguem crescendo no país, com mais de 2,8 milhões de casos confirmados e 96 mil mortes.

A Secretaria de Comunicação do Palácio do Planalto informou que o evento é coordenado pelo Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), com apoio do governo federal, e que contou com 14 mil empresas participantes em 2019.

O objetivo da “Semana Brasil” é estimular o consumo por meio de promoções, aos moldes do que é feito na “Black Friday”, em novembro.

5. Radar corporativo

E na temporada de balanços, a Embraer registrou um prejuízo líquido ajustado de R$ 1,071 bilhão no segundo trimestre do ano, ante um prejuízo de R$ 57,6 milhões em igual período de 2019.

Já a receita líquida atingiu R$ 2,864 bilhões, um recuo de 47% no comparativo anual. Nesse período, o Ebitda ficou negativo em R$ 1,822 bilhão, ante Ebitda positivo de R$ 101,1 milhões entre abril e junho de 2019.

Devido à incerteza relacionada à pandemia de Covid-19, as estimativas financeiras e de entregas para 2020 permanecem suspensas.

Já o Iguatemi registrou lucro líquido de R$ 46,3 milhões no segundo trimestre, uma queda de 23% na comparação com igual período de 2019. O recuo já era esperado devido ao fechamento de shoppings centers, medida adotada em várias regiões do país para conter o avanço da Covid-19.

A receita líquida da companhia no período foi de R$ 160,9 milhões, valor 14,3% no comparativo anual.

Fora dos balanços, a Petrobras acredita que o Brasil pode elevar o volume de combustível exportado após a venda das refinarias da estatal. A avaliação foi feita pela diretora de Refino da estatal, Anelise Lara, nesta terça-feira.

Segundo a executiva, os compradores terão incentivo para elevar o fator de utilização das refinarias a 100%, que atualmente está em cerca de 80%. O excedente poderia ser oferecido ao mercado internacional.

E a Notre Dame Intermédica anunciou nesta terça-feira que fechou acordo para compra de 100% da operadora mineira de saúde Climepe por R$ 168 milhões.

A Climepe atua no sul de Minas e conta com uma carteira de 33 mil beneficiários de saúde, 6 mil de dental e um hospital com 119 leitos (16 de UTI), uma unidade especializada em procedimentos de baixa complexidade e um centro de diagnóstico por imagem.

A receita líquida da empresa em 2019 foi de R$ 74,4 milhões e o Ebitda de R$ 10 milhões (margem de 13,6%).

(Com Bloomberg e Agência Estado)

Aprenda a fazer trades com potencial de ganho de R$ 50 a R$ 500 operando apenas 10 minutos por dia: inscreva-se gratuitamente na Semana dos Vencedores