Omega lança plataforma digital de compra de energia para facilitar entrada de consumidores no mercado livre

Além de empresas que operam no mercado livre, consumidores comerciais que desejarem ingressar no mercado também poderão solicitar migração pela plataforma

Lara Rizério

Omega Energia (Divulgação)

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SÃO PAULO – A Omega Energia (OMGE3) anunciou nessa terça-feira (8) o lançamento da primeira plataforma 100% digital para compra e gestão de energia no mercado livre.

A companhia afirmou que, com o movimento, espera consolidar-se nos próximos anos como a primeira geradora de energia renovável digital, expandindo a oferta de energia limpa para um número cada vez maior de consumidores.

Além de empresas que já operam no mercado livre, consumidores comerciais que desejarem ingressar neste mercado também poderão solicitar migração pela plataforma.

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A plataforma possui um site com cotações de energia elétrica: caso o preço seja interessante, a companhia que planeja a contratação poderá fazer um cadastro online. Passada essa etapa, a Omega validará as informações, com o usuário podendo fechar uma proposta selecionando o período de contratação, a carga, o sub-mercado e a fonte. A tarifa será negociada diretamente com a Omega.

Simulação de compra de energia pela nova plataforma digital da Omega (Divulgação: Omega Energia)

Com isso, espera-se que clientes que consomem o suficiente para estarem no mercado livre de energia -com possibilidade de escolher fonte, contratado, duração do contrato -, mas que lidam com dificuldades operacionais para a compra, passem a acessar mais o mercado.

“Quem atua hoje no mercado de energia livre sabe o quão complexo é o processo de contratação, a ponto de tornar-se um fator impeditivo para que novas empresas ingressem nesta modalidade de consumo. A cotação é feita analogicamente, assim como todo o processo de fechamento do negócio e gestão de contratos, que pode durar dias e tomar incontáveis horas de trabalho das equipes, distanciando o cliente do que mais importa, que é a gestão de seu negócio. Nosso desafio era não só trazer um fluxo simplificado, mas eficiente, que transformasse radicalmente a experiência de compra e gestão de energia para empresas de todos os portes”, aponta Fernando Senna, diretor de energia digital da Omega Energia.

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Antônio Bastos, presidente-executivo da Omega, destaca que há uma série de clientes menores que podem ir para o mercado livre, mas que ainda não haviam encontrado uma solução. De acordo com ele, a plataforma aproxima a empresa dos clientes, dando competitividade à medida que o mercado de energia for se abrindo.

De acordo com a Omega, as companhias contratantes também poderão contar com a tarifa Smart Flex, que garante ao consumidor a eliminação do risco associado à oscilação de preços de mercado e volumes de consumo, levando-os a pagar mensalmente pelo efetivo consumo. Atualmente, para entrar no mercado livre, é preciso realizar a compra de um volume fixo de energia. Um projeto de lei está em discussão na Câmara (PL 1917/15) prevendo uma abertura gradual do mercado até 2028.

O consumidor da nova plataforma poderá comprar diretamente de quem gera a energia. Atualmente, a Omega conta com um portfólio de geração de aproximadamente 1,8 GW de energia 100% renovável. “Para o cliente, isso representa garantia de entrega do que foi contratado, sem riscos de penalidades ou falta de energia. Além disso, as empresas consumidoras contam com as melhores práticas de segurança no desenvolvimento e armazenamento da plataforma, que garantem a integridade e confidencialidade das informações”, destacou a empresa.

Ainda no radar da companhia, vale destacar que ela recebeu aprovação sem restrições do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para a compra de ativos eólicos da estatal Eletrobras , segundo publicação do órgão no Diário Oficial da União desta terça.

A operação, anunciada no fim de julho, envolve a compra pela Omega Geração de parques eólicos da estatal no Rio Grande do Sul por cerca de R$ 1,5 bilhão, incluindo dívidas.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.