Oi (OIBR3): balanço do 2º tri reflete empresa em transição, com foco em fibra, diz CEO

A empresa faturou R$ 958 milhões com fibra óptica no período, crescimento anual de 38,7%

Mitchel Diniz

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O presidente da Oi (OIBR3;OIBR4), Rodrigo Abreu, afirmou que os números da companhia no segundo trimestre de 2022 refletem o processo de transição da empresa. Na teleconferência com analistas sobre o balanço do período, o executivo destacou o crescimento dos negócios da Nova Oi, sobretudo o de fibra óptica.

“O core da Nova Oi está se moldando e as receitas estão acelerando conforme o esperado”, disse Abreu. A receita consolidada da companhia, em si, sofreu uma queda de 36,8% na comparação com um ano antes, para R$ 2,74 bilhões. Porém, o número refletiu a descontinuidade de ativos que foram vendidos para reduzir o endividamento da companhia em recuperação judicial, como os da Oi Móvel.

A receita core, por outro lado, cresceu 32,6% entre os períodos, para R$ 1,505 bilhões. “A receita da Nova Oi já representa dois terços do total”, destacou o CEO. As receitas com fibra foram de R$ 958 milhões no segundo trimestre, com crescimento anual de 38,7%. A Oi encerrou o período com 3,7 milhões de casas conectadas e uma adição líquida de 144 mil residências.

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“Acreditamos que o ambiente macroeconômico vai melhorar nos próximos meses e isso vai nis ajudar a manter a tendência positiva”, disse Abreu.

Segundo ele, a Oi vê oportunidades para aumentar a base de casas conectadas com a infraestrutura implementada pela V.Tal (ex-InfraCo), da qual a Oi deixou de ser controladora. “Isso não quer dizer que a gente vai deixar de vislumbrar outras oportunidades. Esse é segmento em consolidação muito importante. Estamos focando em crescimento orgânico, mas toda análise será feita quando oportunidades se apresentarem”, diz o CEO.

O executivo também destacou uma redução na taxa de cancelamento (churn), apesar da companhia não divulgar números fechados. “Aumentou no início do ano, mas começou a melhorar novamente apesar da política de crédito mais restritiva”, afirmou.

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Liquidez e dívida

A venda líquida de ativos da Oi contribuiu com aproximadamente R$ 5 bilhões para o caixa da Oi no segundo trimestre. A dívida líquida da companhia recuou para R$ 16 bilhões, com uma diminuição de 60% na dívida financeira desde o início da recuperação judicial. A empresa informou que R$ 1 bilhão ainda pode entrar em caixa este ano, com venda de estruturas fixas.

Sobre o ambiente regulatório, os executivos da companhia  afirmaram que a arbitragem e a migração para autorização são críticas para a sustentabilidade dos negócios da Oi. “Estamos trabalhando intensamente para essas oportunidades regulatórias tenham impacto nos próximos anos”, disse Rodrigo Abreu.

Pelos cálculos da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a Oi teria de fazer R$ 12 bilhões em investimentos para se candidatar à migração de concessão de telefonia fixa para autorização. “Sabemos que são números elevados, já os contestamos e eles devem ser reduzidos significativamente”, afirmou o CEO, prevendo que a migração ocorra em 2024.

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Mitchel Diniz

Repórter de Mercados