O que falta para a oferta da Sabesp (SBSP3) ser um sucesso? BBI aponta melhorias esperadas

Banco fixa preço-alvo em R$ 111 e cita pontos a serem melhorados

Ana Paula Ribeiro

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O Bradesco BBI acredita que é preciso fazer ajustes nas regras tarifárias para que a oferta de ações da Sabesp (SBSP3) atinja o resultado esperado, que é conseguir cerca de R$ 20 bilhões no follow on previsto para meados do ano. 

As regras tarifárias preliminares para a Sabesp estão em consulta pública até o dia 15 de março. Em relatório, os analistas do banco de investimento avaliam que as normas propostas afetam de forma negativa o preço esperado para o papel da empresa de saneamento, mas ainda assim o negócio é considerado interessante, com uma TIR (taxa interna de retorno) de 11,7%.

O preço-alvo para o papel está em R$ 111, com recomenda outperfom (desempenho acima da média, equivalente à compra) e potencial de valorização de 38%. “Somos conservadores, considerando que o valuation da Sabesp privatizada está distorcido para cima”, justificaram.

Esse preco-alvo é um valor ponderado entre o valor estimado hoje para da Sabesp privatizada, que é de R$ 100, e a valorização esperada até o final de ano, em que o papel chegaria a R$ 114.

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Para o Bradesco BBI, embora o preço-alvo esteja abaixo desses R$ 114, há a expectativa de que a consulta pública possa melhorar as condições tarifárias para a empresa.

A principal preocupação é garantir que a empresa privada tenha condições para alcançar a universalização  dos  serviços  de  saneamento até 2029,  conforme prometido pelo Estado de São Paulo, e que as regras tarifárias ajudem a atrair investidores. 

Entre os pontos que podem ser melhorados, na avaliação do BBI, está o uso do RAB (Base de Ativos Regulatórios) para estimar o retorno das revisões; como será a partilha das multas a partir do segundo ciclo tarifário; mais definições sobre o “fator x”; é uma provisão para devedores duvidosos baixa. 

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Os analistas também veem como importante a definição do nível das despesas operacionais regulatórias inicias e a definição da curva de compartilhamento de eficiência das despesas.

Ana Paula Ribeiro

Jornalista colaboradora do InfoMoney