Nvidia é o grande expoente do fenômeno que é a inteligência artificial, diz analista

Empresa chamou mais uma vez a atenção do mercado para os avanços do desenvolvimento da tecnologia

Augusto Diniz

Conteúdo XP

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Com um estupendo resultado trimestral, a Nvidia (NVDC34) deixou mais uma vez o mercado incrédulo. Na apresentação de resultados dos três primeiros meses do ano, executivos da empresa mostraram total confiança no crescimento exponencial da inteligência artificial.

Paulo Gitz, estrategista global no research da XP, que participou nesta quinta (23) do Morning Call da XP, disse que o resultado da Nvidia era o mais esperado da temporada de balanços do 1º trimestre de 2024 (1T24) nos Estados Unidos.

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Nvidia (NVDC34): Expoente da IA

“Ela é a grande expoente desse fenômeno que é a inteligência artificial. Ela já se tornou a terceira maior empresa do mundo em capitalização no mercado. Já está valendo US$ 2,5 trilhões. Ela fica apenas atrás da Microsoft e da Apple. É uma empresa que já sobe 100% ao ano. Ela tem uma volatilidade que chancela essa expectativa, essa ansiedade que os mercados têm pelos seus resultados”, comentou.

E os números no 1T24 da Nvidia vieram mais uma vez muito fortes. Gitz destacou que a receita cresceu 18% em relação ao trimestre anterior e “impressionantes” 262% no comparativo anual.

“Grande parte de seu crescimento é atribuído ao seu segmento de data centers que já representa mais de 85% do faturamento total. A empresa tem outras linhas de negócio, como videogames, mas o segmento de data centers, por ser o que provê os chips para data centers de inteligência artificial, se tornou o mais importante da empresa”, explica ele.

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Margem bruta histórica

“Em termos de lucro por ação, a Nvidia reportou US$ 6,12, 8,4% acima das expectativas, e crescimento impressionante de 460% no comparativo anual”, ressaltou.

“Isso, graças ao aumento de receitas e uma expansão de margem bruta – o mercado esperava 77% de margem bruta, a Nvidia conseguiu uma margem ainda maior de 78,9%, um recordo histórico para a empresa”, acrescentou.

Para o 2º trimestre do ano, a empresa espera uma receita de cerca de US$ 28 bilhões – no 1T24 foi de US$ 26 bilhões. “Isso mostra a confiança da empresa no cenário atual de crescimento de inteligência artificial”, destacou.

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Teleconferência: ‘é só o começo’

“A impressão que deu ontem (22) na conferência de resultados (do 1T24 da Nvidia), é que conforme as perguntas dos analistas eram respondidas, o tom da empresa mudava para algo como ‘vocês ainda não entenderam o que está acontecendo’”.

Segundo Paulo Gitz, na apresentação dos resultados da Nvidia, o seu CEO, Jensen Huang, disse estar “diante de uma nova revolução industrial, e que estão redefinindo toda a forma que os computadores operam, e ainda destacou ‘que tudo isso que se viu até agora ainda é só o começo’”.

Demanda superior

“Ele (Huang) falou ainda que a demanda, até o momento, é muito superior à oferta dos chips”, complementou Gitz. Para ele, os analistas só agora estão começando a entender os prognósticos da empresa.

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Para o estrategista da XP, as grandes empresas de tecnologia, como Amazon, Microsoft, Alphabet (Google), Meta Platforms (Facebook, Instagram, WhatsApp), estão anunciando cada vez mais investimentos na área de inteligência artificial.

“Além disso, existe todo um ecossistema de aplicações sendo desenvolvidas em diversas indústrias que usam o modelo IA (inteligência artificial) e querem cada vez mais processamento, exigindo mais uso de data centers e mais chips da Nvidia”, afirmou.