Número de credores da FTX pode chegar a 1 milhão, aponta documento

Exchange havia dito na sexta-feira, quando entrou com pedido de falência, que número era de 100 mil credores

CoinDesk

(Danny Nelson/CoinDesk)

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A FTX pode ter mais de um milhão de credores, de acordo com uma ação judicial que finalmente começa a explicar a falência da empresa.

O documento, submetido ao sistema de tribunais federais Pacer na segunda-feira (14), forneceu as primeiras informações sobre o último dia da exchange de criptomoedas antes do pedido de falência, além de seus primeiros dias no processo.

O novo CEO da FTX, John J. Ray III, está trabalhando com consultores jurídicos, de segurança cibernética e forenses nas inúmeras subsidiárias da empresa e seus respectivos processos de falência, disse o documento.

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A FTX apresentou mais de 100 processos para suas várias empresas, incluindo a Alameda Research, especializada em trading quantitativo e que detinha muitos tokens FTT, além da West Realm Shires, uma entidade comercial nos EUA que opera como “FTX” em algumas jurisdições.

Como parte desses processos, a FTX apresentou moções para administrar conjuntamente o grupo geral de entidades, em vez de tratar cada um como seu próprio caso individual. Como parte desse esforço, a FTX também está perguntando se, em vez de criar uma lista dos 20 principais credores para cada empresa individual, ela pode criar uma lista dos 50 principais de todo o grupo. A FTX acredita que pode ter mais de 1 milhão de credores em geral.

“Conforme estabelecido nas petições dos Devedores, existem mais de cem mil credores nestes Processos do Capítulo 11 (dispositivo da lei de falências dos EUA). De fato, poderia haver mais de um milhão de credores. Como tal, os Devedores alegam que existe causa para modificar esse requisito para que os Devedores apresentem uma lista consolidada de seus 50 principais credores”, disse o documento.

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Assista: A queda da FTX – como uma das maiores exchanges do mundo faliu em uma semana

Os operadores da FTX também estão pedindo ao tribunal que permita enviar por e-mail o aviso de falência aos credores da FTX, em vez de notificá-los em suas casas.

Os clientes da FTX interagiram principalmente com a exchange online, então seus e-mails já são conhecidos, segundo o documento.

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A corretora também mencionou no hack de sexta-feira (11), em que centenas de milhões de dólares em criptomoedas foram desviados das carteiras da FTX. A empresa confirmou que entrou em contato com “dezenas” de reguladores estaduais e federais em todo o mundo, incluindo o Gabinete do Procurador dos EUA, a Securities and Exchange Commission (a SEC), a Commodity Futures Trading Commission (CFTC) e outros.

A FTX entrou com pedido de falência na manhã de sexta-feira, dizendo que tinha entre US$ 10 e US$ 50 bilhões em ativos e passivos, além de mais de 100.000 credores. O documento apresentado ontem não abordou números atualizados de ativos e passivos, mas disse que a nova liderança está trabalhando para “proteger e ordenar” seus ativos, o que inclui a revisão dos livros-caixa da FTX e de suas subsidiárias.

“A FTX enfrentou uma grave crise de liquidez que exigiu a apresentação desses casos [de falência] em caráter emergencial na sexta-feira passada. Surgiram dúvidas sobre a liderança de Bankman-Fried e o manuseio do complexo conjunto de ativos e negócios da FTX sob sua direção”, disse o documento.

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Bankman-Fried renunciou ao cargo na noite do dia em que a FTX entrou com pedido de falência.

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