Natura compra Avon, Petrobras aprova modelo de venda da BR Distribuidora e mais destaques

Confira os destaques corporativos desta quinta-feira (23)

Equipe InfoMoney

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No radar InfoMoney desta quinta-feira (23) destaque para a compra da Avon pela Natura, Petrobras com o anúncio do modelo de venda BR Distribuidora e o investimento da Vale com grupo chinês para construção de usina de aço no Pará. Confira esses e outros destaques corporativos.

Natura (NATU3)
A companhia de cosméticos Natura anunciou ontem a aquisição da Avon Products em uma operação que envolve troca de ações (all-share merger). O acordo avalia a Avon em US$ 3,7 bilhões e o novo grupo em US$ 11 bilhões. O negócio ainda está sujeito à aprovação de reguladores, mas transforma a empresa conjunta na quarta maior do setor, de acordo com o fato relevante publicado.

Juntas, as empresas estimam faturamento anual superior a US$ 10 bilhões Elas assumem a liderança na modalidade de venda por relações (ou porta a porta) por meio das mais de 6,3 milhões de Representantes e Consultoras da Avon e da Natura, e presença geográfica global, com mais de 3,2 mil lojas. A brasileira irá deter 76% da empresa conjunta. O restante ficará sob controle dos acionistas da Avon.

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O financiamento será possibilitado mediante um crédito de US$ 1,6 bilhões que a Natura obteve perante o Banco Bradesco S.A; o Citigroup Global Markets Inc.; e o Itaú Unibanco S.A. No comunicado, a empresa diz esperar sinergias entre US$ 150 milhões e US$ 250 milhões anuais.

Com base no preço de fechamento da Natura em 21 de março, a transação representa um prêmio de 28% para os acionistas da Avon e implica um múltiplo Ebitda de 9,5 vezes, ou de 5,6 vezes, presumindo o impacto total das sinergias esperadas.

A ação da Natura fechou com alta de 9,43% nesta quarta com os rumores sobre a notícia, que só foi confirmada após o término do pregão.

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Vale (VALE3)
O grupo China Communications Construction Company (CCCC) em parceria com a Vale assina hoje com o governo do Pará um protocolo de intenções para a construção de uma usina de aço em Marabá. Segundo o jornal Valor Econômico, o investimento é de R$ 1,5 bilhão, com a capacidade de produção de 300 mil toneladas ao ano de aço laminados. A Vale foi a articuladora da engenharia financeira do projeto com a CCCC. A intenção da mineradora brasileira seria desenvolver um polo metal-mecânico em Marabá.

O Estadão destaca que o iminente rompimento da barragem da Vale em Barão de Cocais (MG) deve complicar o cotidiano de aproximadamente 10 mil pessoas em três cidades e provocar a inundação de áreas urbanas e rurais, além de devastar locais de preservação permanente ao longo dos rios atingidos. A consta em estudo de impacto obtido pelo jornal. Cerca de 3 mil construções estão no caminho dos rejeitos da barragem da Vale.

Usiminas (USIM3)
A possibilidade de rompimento da barragem da Vale, que levou a mineradora a interromper o transporte de cargas na estrada de ferro Vitória-Minas (EFV), entre Sabará e Barão dos Cocais, interferiu nas operações da Usiminas, em Ipatinga (MG).

Segundo o Valor Econômico, dessa forma, a Usiminas precisará usar caminhões para o transporte para o seu abastecimento de minério e de pelotas. O escoamento da produção de aço também precisará ser feito por meio das rodovias.

Petrobras (PETR4)
A Petrobras informou ontem que seu conselho de administração aprovou o modelo para venda de sua participação na BR Distribuidora, que é um passo crucial para tirar a empresa de distribuição do controle estatal. O processo ocorrerá por meio de uma oferta secundária de ações (follow-on). Em comunicado, a Petrobras informou que, após a oferta, sua participação na companhia será “inferior a 50%”. Hoje a estatal tem 71% de participação na BR Distribuidora.

“Todos os atos necessários para realização da oferta estarão sujeitos à aprovação dos órgãos internos da Petrobras, notadamente quanto ao preço e percentual efetivo das ações a serem ofertadas, bem como à análise e à aprovação dos respectivos entes reguladores, nos termos da legislação aplicável”, diz o comunicado da petrolífera.

A Petrobras disse ainda que seu comunicado ainda não pode ser considerado um “anúncio de oferta”, sendo que a realização do processo dependerá de “condições favoráveis dos mercados de capitais nacional e internacional”. Em 26 de abril, a Petrobras já havia anunciado que estudava a realização de uma oferta pública secundária de ações das ações da BR Distribuidora.

“As diretrizes estão de acordo com os pilares estratégicos da companhia que têm como objetivo a maximização de valor para o acionista, através do foco em ativos em que a Petrobras é a dona natural visando à melhoria da alocação do capital, aumento do retorno do capital empregado e redução de seu custo de capital”, disse a estatal na época.

Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4)
O Senado aprovou Medida Provisória que abre o setor aéreo para o capital estrangeiro. O texto perderia a validade se não fosse votado ontem e os senadores mantiverem o conteúdo como saiu da Câmara, retomando a franquia gratuita de bagagem. Como sofreu modificações no Congresso, o texto terá de ser confirmado pelo Planalto.

Segundo o Valor Econômico, ministérios da Economia, Infraestrutura e a Anac recomendam o veto do presidente à volta do transporte de bagagem gratuita, sob alegação de que a franquia dificulta a atração de companhias de “baixo custo” para o Brasil, justamente no momento em que foi retirado o limite para capital estrangeiro no setor.

A MP, que autoriza o investimento de até 100% de capital estrangeiro nas companhias aéreas instaladas, que atualmente é de 20%. Senadores criticaram a Câmara por terem derrubado dois pontos: a exigência de uma cota mínima de 5% de voos regionais para empresas estrangeiras que operam no Brasil e de que dois terços da tripulação seja formada por aeronautas brasileiros.

Com o prazo apertado, líderes do Senado fecharam um acordo para aprovar o texto como veio da Câmara e evitar deixar que a MP caducasse. governo se comprometeu em estabelecer a cota regional através de um decreto presidencial, destaca o Estadão.

MRV (MRVE3), Direcional (DIRR3) e Tenda (TEND3)
O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, afirmou ontem que técnicos do Ministério do Desenvolvimento Regional e do Ministério da Economia estão aprofundando estudos e análises de impactos de possíveis mudanças no programa Minha Casa Minha Vida. Segundo Rêgo Barros, a proposta de revisão da política governamental será encaminhada ainda no primeiro semestre ao Congresso Nacional.

A medida busca “aperfeiçoar” a política nacional de habitação, de acordo com o porta-voz, “buscando integrar o programa às demais diretrizes de governo, e a políticas públicas voltadas aos municípios, com ênfase nas áreas de saneamento, mobilidade, planejamento urbano”, entre outros.

Rêgo Barros também afirmou que, “como o programa é uma das prioridades do governo federal”, desde o início do ano, o Ministério do Desenvolvimento Regional já desembolsou mais de R$ 1,4 bilhão para o Minha Casa Minha Vida.

Centauro (CNTO3) e Magazine Luiza (MGLU3)
A Centauro apresentou uma proposta concorrente à da varejista Magazine Luiza para arrematar a Netshoes, segundo fato relevante publicado pela companhia. A Centauro tem a intenção de pagar US$ 2,80 por ação, ante US$ 2,00 proposta pela Magazine Luiza. Dessa forma, a oferta da Centauro seria de cerca de US$ 87 milhões, contra US$ 62 milhões da Magazine Luiza.

A assembleia da Netshoes para aprovar a operação com a Magazine Luiza está marcada para o dia 30 e precisa da aprovação de dois terços dos acionistas.

GPA (PCAR4)
O Casino, grupo francês controlador da varejista GPA, sofreu um processo de busca de documentos por parte de representantes da Comissão Europeia, dentro de uma investigação sobre supostas práticas anticoncorrenciais do grupo no continente. Segundo o Valor Econômico, o Casino confirmou as buscas do dia 21, que investigam acordos de parceria para a compra conjunta da indústria, junto com a rede Intermarché. A comissão investiga se as empresas violaram regras de que proíbem a formação de cartel ou agiram para restringir a competição na Europa.

Duratex (DTEX3)
A Duratex anunciou a compra da empresa de revestimentos cerâmicos Cecrisa, que era controlada pela Vinci Partners, por R$ 539 milhões. A operação atinge o montante de R$ 1 bilhão, incluindo as dívidas de R$ 442 milhões. Em entrevista ao Valor, o presidente da companhia, Antônio Joaquim de Oliveira, afirmou que a empresa está “em transformação e investindo em crescimento”.

Sanepar (SAPR11)
A Sanepar informou que o Tribunal de Contas do Paraná determinou a fixação de um reajuste tarifário anual para este ano de 8,37%, a ser aplicado nas contas de água e esgoto, abaixo dos 12,13% aprovados pela agência reguladora estadual dos serviços, Agepar, diz o Valor Econômico.

Totvs (TOTS3)
A Totvs fará uma oferta primária de 27 milhões de ações, a um preço de R$ 39,50, informou a empresa em ata do conselho de administração. A oferta poderá arrecadar pouco mais de R$ 1 bilhão.

(Agência Estado)

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