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A Natura&Co (NTCO3) apresentou números mistos em seu balanço divulgado na noite de segunda-feira (13). O balanço trouxe prejuízo consolidado 43% mais alto na comparação anual, a R$ 935 milhões.
As ações da companhia tiveram baixa de 9,25%, a R$ 15,79, no pregão desta terça-feira.
As tendências apresentadas pela companhia foram mistas, segundo o Morgan Stanley, com ventos contrários da Avon Internacional e de efeitos da implementação da Onda 2 (dentro do processo de reestruturação da Natura & Co). O lucro líquido seguiu pressionado, em parte por efeitos na Argentina.
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No campo positivo, o crescimento de dois dígitos da Natura Brasil. Mesmo com alguns aspectos mais favoráveis, como o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla) ajustado 4% mais elevado na comparação anual, o banco estrangeiro mantém a visão neutra para a companhia.
As receitas da companhia na América Latina apresentaram queda mas superaram as estimativas do Morgan em 5%, graças a efeitos mais favoráveis de câmbio. O grande detrator do balanço foi, de fato, a Avon Internacional, que apresentou receitas 16% menores em relação ao ano anterior. Na margem Ebitda, a diferença entre o apresentado e o estimado pelo consenso foi de 130 pontos-base.
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“Os itens abaixo da linha (incluindo a Argentina) impactaram a lucratividade, e a Natura passou a ter dívida líquida sazonal no 1T, enquanto os comentários estratégicos da Fase 2 foram mais construtivos, e esperamos um retorno ao caixa líquido no final do ano”, comenta o banco.
A Natura segue mostrando uma boa trajetória para chegar à integração da Avon na América Latina, na análise do JPMorgan. Ainda assim, as tendências no cenário internacional e alguns “ruídos” no balanço, como impostos e despesas não recorrentes, foram vistos de forma negativa pelo banco.
O balanço foi marcado por crescimento sólido da marca Natura Brasil, melhores tendências na América Latina e melhores números de fluxo de caixa livre, segundo o JPMorgan.
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“Esperamos que essas melhorias nos números, aliadas aos comentários construtivos da administração sobre a Fase 2, especialmente em relação à estabilização da receita da Avon no 2º semestre, sejam bem recebidas pelo mercado. Ainda assim, não acreditamos que as ações devam reagir positivamente aos resultados, dadas as atualizações limitadas sobre a separação internacional da Avon”, considera o banco estrangeiro.
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Separação de Avon
A administração comentou que as perdas na Argentina afetaram lucros. A consolidação na América Latina faz parte da Onda 2 e, excluindo os efeitos contábeis da Argentina, a região apresentou melhoria na rentabilidade. “Os resultados que estamos obtendo nos leva a crer que estamos no caminho certo para a América Latina”, comenta o CFO, Guilherme Castellan.
No Brasil, a atividade e produtividade permaneceram sólidas, com destaque para harmonização de prazos de entrega. A base de consultoras ainda segue baixa mas com estabilidade na comparação trimestral.
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“Seguimos evoluindo o processo de uma possível separação da Avon”, comenta Fabio Barbosa, CEO da companhia. O executivo reforçou que considera que em poucos meses o processo de estudos pode ser completo e que novidades serão divulgadas. “Nossa estratégia é que ambas as unidades sejam viáveis”, afirma Barbosa.
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