“Não ter cripto na carteira é super caro hoje”: especialistas dão dicas de quanto e como investir em criptomoedas

Na segunda live da Semana Cripto+, executivos de Hashdex, Foxbit e XP Ventures avaliam as melhores estratégias para quem quer investir em cripto

Rodrigo Tolotti

Publicidade

SÃO PAULO – O crescimento do mercado de criptomoedas nos últimos dois anos tem elevado a oferta de produtos relacionados a esses ativos, tornando mais fácil a entrada de novos investidores, mesmo que ainda inexperientes. O Brasil tem ficado à frente de grandes nações, como os Estados Unidos, quando o assunto é oferta de fundos e ETFs (fundos negociados em Bolsa), o que traz uma segurança maior para quem é novato.

“Ter zero de cripto é super caro neste momento da história, porque se você tem 1% de cripto, ainda que você não conheça super bem, mas entenda que é uma classe de ativos nova e que tem cada vez mais uma probabilidade de ter um papel no futuro, se você estiver muito errado, você perdeu 1%, mas se você estiver muito certo isso pode fazer uma diferença enorme no seu portfólio”, disse Marcelo Sampaio, CEO da Hashdex em live do InfoMoney.

O executivo participou da segunda live da Semana Cripto+ ao lado de João Canhada, CEO da Foxbit, e Marcos Sterenkrantz, head da XP Ventures, em que eles comentaram as melhores opções de investimento em criptoativos atualmente, além de dicas de como o investidor pode montar uma carteira diversificada dentro desse mercado (confira a conversa na íntegra no player acima).

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Durante a live, os executivos explicaram as diferentes formas de se investir em cripto hoje, com destaque para a aquisição dos ativos em uma exchange ou exposição via fundos e ETFs, que possuem custos baixos e podem ser uma boa porta de entrada para quem ainda não tem tanto conhecimento e confiança para fazer a compra direta.

Para Sampaio, é preciso dar o primeiro passo nesse mundo, mesmo que com um valor baixo, para então começar a estudar e aprender mais. “No seu portfólio você vai sentir a volatilidade, entender o que guia o preço. É um custo barato com um potencial tremendo para educação”, avalia.

Já Canhada dá uma sugestão para quem ainda não sabe com quanto começar: “A gente sempre recomendou algo em torno de 1% a 5% [do total da carteira de investimentos] em cripto como saudável”.

Continua depois da publicidade

Veja também: Bitcoin pode chegar a US$ 100 mil em breve apesar da queda recente de 17%, dizem especialistas

“O problema é quando o cliente pula etapas, você tem um cliente que está saindo da poupança, onde ele está começando a conhecer renda variável, ele poderia estar investindo em fundos, ações, e ele pula etapa e vai para cripto. Eu entendo que cripto está em uma outra extremidade, é um mercado muito mais volátil do que o tradicional. Dentro de uma carteira saudável você tem que diversificar seus investimentos”, avalia o CEO da Foxbit.

A diversificação também ganha mais importância sobre o argumento do risco atrelado às criptos por conta da volatilidade, como explica Sterenkrantz: “A volatilidade você controla quando você pensa na carteira como um todo. Ninguém aqui recomenda que se invista 100% do patrimônio em criptoativos, mas quando você pega um percentual da sua carteira e olha a volatilidade como um todo, você vai ter ativos mais voláteis e ativos menos voláteis”.

“É desses ativos voláteis de onde seu prêmio vai vir. Mas se o negócio em algum momento não for tão bom, você vai ter outros ativos te protegendo. Se você souber usar bem o ativo no portfólio, a volatilidade não deveria ser um problema”, avalia o head da XP Ventures.

Sampaio conclui destacando que “volatilidade é uma coisa boa”. “Como investimento, é a maior prova de que cripto tem valor. É o grande fator que mostra que tem incerteza, e é essa incerteza que gera o prêmio no futuro. Volatilidade, para o investidor de longo prazo, que está tranquilo na posição, que investiu consciente, é a maior prova de que a coisa está funcionando”.

InfoMoney realiza entre os dias 22 e 26 de novembro a Semana Cripto+, com lives diárias às 17h30 no Youtube em que alguns dos maiores especialistas do Brasil falam sobre o investimento, tecnologias, regulação de criptos e muito mais. Clique aqui para conferir a programação completa.

Quer aprender a investir em criptoativos de graça, de forma prática e inteligente? Nós preparamos uma aula gratuita com o passo a passo. Clique aqui para assistir

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.