Bitcoin pode chegar a US$ 100 mil em breve apesar da queda recente de 17%, dizem especialistas

Em live da Semana Cripto+, especialistas reforçaram otimismo e ainda explicaram a tese de investimento em Bitcoin para quem ainda não comprou

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Após atingir sua máxima histórica de US$ 68,789 em 10 de novembro, o Bitcoin (BTC) já caiu mais de 17%, voltando para a casa dos US$ 56 mil, mas isso não tirou o otimismo do mercado de que em breve a maior criptomoeda do mundo vá superar a marca dos US$ 100 mil.

Durante a primeira live da Semana Cripto+ realizada pelo InfoMoney, especialistas reforçaram a avaliação de que a tendência do Bitcoin é continuar subindo no médio e longo prazo, apesar de ser difícil realizar projeções de quando novas máximas serão atingidas.

“Eu sempre brinco que o câmbio existe para ensinar humildade aos economistas, com a dificuldade de projetar uma taxa de câmbio para frente. E projetar cripto é ainda mais difícil, porque ainda é uma indústria nascente, concentrada, sem regulação”, explica Alexandre Ludolf, diretor de investimentos da QR Asset Management.

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Segundo ele, a principal ideia por trás da avaliação de que o preço do Bitcoin irá subir é sobre o balanceamento entre oferta e demanda. “Hoje eu acredito que a demanda por Bitcoin é crescente, a gente tem visto espaço na mídia, adoção institucional, penetração em alguns mercados e até país como El Salvador, isso me leva a crer que a demanda por Bitcoin é crescente”, avalia.

Por outro lado, na questão da oferta, ele lembra que a cada quatro anos ocorre o chamado Halving (redução pela metade da remuneração dos mineradores), o que faz com que o ritmo de novos bitcoins criados caia. Além disso, Ludolf fala em uma redução da oferta disponível no mercado conforme muitos investidores estão passando a armazenar seus bitcoins em carteiras fora de corretoras.

“Na minha cabeça, essa diminuição da oferta de venda de Bitcoin e aumento da demanda sugere que o preço de equilíbrio seja para cima. Eu realmente acredito que é questão de tempo para o Bitcoin tocar os US$ 100 mil, muito por esse desbalanceamento de oferta e demanda atual”, diz.

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Já Bruno Milanello, executivo de novos negócios do Mercado Bitcoin, também se diz otimista, mas ressalta que não concorda muito com a correção atual dos preços. “Na minha visão deveria estar mais para cima, não porque eu quero que suba eternamente, mas eu, olhando para os fundamentos, realmente não vejo o porquê ele ter batido quase US$ 14 mil a mais do que está agora e ter recuado tanto”, afirma.

Ele reforça que alguns fatores pontuais até ajudam a entender o movimento e que questões como regulação deve seguir no radar dos investidores. Além disso, ele critica a alta alavancagem permitida no mercado cripto, dizendo que para o investidor de varejo essa estrutura é “quase irresponsável”.

“Cripto é um mercado líquido, dá para entrar e sair com bastante frequência e rapidez, mas ele ainda é muito sensível, então quando a gente vê baleias (investidores com grandes quantidades de ativos) comprando ou vendendo, isso mexe muito com o mercado”, avalia Milanello.

Em geral, ele acredita que a correção é pontual, mas que a queda já foi mais longe que ele esperava. Mesmo assim, a visão do executivo é que o Bitcoin consiga atingir a marca de US$ 100 mil ainda este ano.

Durante a live, Ludolf e Milanello ainda comentaram as teses de investimento no Bitcoin, o crescimento de outras tecnologias em criptoativos, os primeiros meses da adoção do Bitcoin em El Salvador, entre outros temas. Confira a entrevista na íntegra no player acima.

O InfoMoney realiza entre os dias 22 e 26 de novembro a Semana Cripto+, com lives diárias às 17h30 no Youtube em que alguns dos maiores especialistas do Brasil falam sobre o investimento, tecnologias, regulação de criptos e muito mais. Clique aqui para conferir a programação completa.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.