Moura Dubeux (MDNE3): ‘daqui três anos teremos condições de pagar dividendos’

CEO e CFO da incorporadora e construtora participaram de live do InfoMoney e contaram como pretendem driblar a alta da Selic e a queda na renda da população

Renan Crema

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A construtora e incorporadora Moura Dubeux (MDNE3), que atua em sete capitais do Nordeste, prevê que terá condições de pagar dividendos aos seus acionistas daqui três anos. A expectativa foi compartilhada por Diego Villar (CEO) e Marcello Dubeux (CFO), em live do InfoMoney.

“A companhia tem interesse em fazer payout, mas tem limitação porque está num ciclo de crescimento. Temos um prejuízo acumulado, e no ritmo que esperamos que os lucros entrem, daqui três anos teremos condições de fazer o pagamento de dividendos”, afirmou o diretor financeiro.

A live faz parte do projeto Por Dentro dos Resultados, em que o InfoMoney entrevista CEOs e diretores de importantes companhias de capital aberto, no Brasil ou no exterior. Eles falam sobre o balanço do quarto trimestre de 2021 e sobre perspectivas. Para acompanhar todas as entrevistas da série, se inscreva no canal do InfoMoney no YouTube.

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A empresa realizou seu IPO em 2020 e ainda está em fase de investimento. Ela estreou na Bolsa junto com o surgimento da pandemia de coronavírus, que prejudicou a maioria dos setores. A construção, no entanto, foi beneficiada pelo corte abrupto de juros, o que elevou a demanda por empreendimentos.

Mas a situação mudou em 2021 e se agravou em 2022 diante da inflação generalizada agravada pela guerra na Ucrânia, o que forçou os bancos centrais a subirem suas taxas de juros novamente.

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Aqui no Brasil, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), divulgado pelo IBGE na sexta-feira (11), alcançou o maior patamar para o mês de fevereiro dos últimos sete anos.

Diego Villar disse que é preciso ter cautela no momento diante da piora macroeconômica. “Olhamos com preocupação, porque estamos num cenário de imprevisibilidade de vários indicadores macroeconômicos.”

Segundo o executivo, um contexto de forte descolamento entre inflação e renda afeta a capacidade da população de se endividar e sua confiança em adquirir imóveis. “Precisamos acompanhar como isso vai se dar.”

O CEO, no entanto, espera que a inflação não atinja em cheio a operação da empresa, que atua em empreendimentos de todos os padrões, com exceção daqueles enquadrados no programa “Casa Verde e Amarela”, do governo federal.

“Se o cenário for próximo ao do ano passado, ainda conseguiremos navegar, nos adequando para manter o tamanho esperado da companhia”, disse Villar.

O CFO, Marcello Dubeux, ressaltou que a companhia começou uma série de lançamentos a partir do segundo semestre de 2020, que foi se intensificando principalmente no ano passado.

Ele citou ainda que o indicador dívida líquida sobre patrimônio líquido da Moura Dubeux está negativo em 5,6% porque a empresa fechou 2021 com um caixa líquido de 60 milhões. “Foram R$ 170 milhões de caixa acumulado desde o IPO.”

Os executivos falaram ainda sobre aumento de custos, controle de orçamento de obras, detalharam os investimentos e lançamentos previstos e estoques. Assista à live completa acima, ou clique aqui.

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