Mobile broker: ferramenta deve repetir sucesso do home broker

Diretor afirma que investidores buscam praticidade e, por isso, número de adesão ao mobile deve ser bastante significativo

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – É cada vez maior o número de pessoas investindo na bolsa por meio do home broker, sistema eletrônico que permite a negociação de ações via internet. Em fevereiro, por exemplo, o volume total negociado por esse sistema atingiu o montante inédito de R$ 24,77 bilhões, frente a R$ 24,74 bilhões em janeiro.

Agora um novo sistema de negociação de ações começa a ser usado pelos investidores: o mobile broker, ou seja, uma ferramente que permite, além de receber informações sobre o mercado de ações, negociar ativos por meio do celular.

Para o diretor comercial da CellBroker – empresa que disponibiliza o sistema – Paulo Bandeira, o mobile broker tem tudo para ser o mesmo sucesso que o home broker. “Os investidores estão sempre buscando comodidade e ferramentas que os permitam negociar com mais facilidade e o mobile broker permite isso. Por isso acredito que esse novo sistema terá tanto sucesso quanto o home broker”, explica.

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Home broker x mobile broker

Atualmente a participação do home broker no total transacionado na bolsa chega a 11,53%. Para Bandeira, o mobile pode até roubar parte desses clientes. “Atualmente tudo se converte para o celular. Você tira fotos, filma e já assiste TV pelo telefone móvel. Eu, por exemplo, não viajo mais com laptop, meu celular permite que eu leia e-mail, leve apresentações de trabalho e negocie ações. Não preciso estar sempre perto de um PC”.

Atualmente, a Cell Broker oferece o mobile em parceria com uma corretora do Rio de Janeiro, a Ativa, mas garante que várias outras corretoras devem oferecer o serviço em breve. “Estamos negociando com outras 10 corretoras e todas tem interesse no serviço. Em poucos meses é provável que todas as corretoras listadas na Bovespa ofereçam esse serviço aos seus clientes”.

Por meio do aplicativo da Cell Broker o cliente tem ferramentas básicas que permitem ordens de compra e venda, compra com stop, venda com stop loss/gain, além de acesso ao seu financeiro (disponível, limite para opção e conta margem) e a sua custódia, além de poder acompanhar suas ordens enviadas e, se desejar, fazer o cancelamento.

Com relação aos custos, Bandeira explica que é a corretora quem determina o valor cobrado. “Algumas devem cobrar dos seus clientes, outras devem usar o mobile broker como um chamariz, como já acontece com o home broker, por isso é difícil precisar o custo. O que dá para dizer é que o cliente tem que pagar pela transferência de dados, ou seja, o valor cobrado pela operadora do celular”.

Praticidade

A Itaú Corretora, que foi a primeira a disponibilizar o mobile broker, oferece o serviço gratuitamente.

Com a inauguração desse serviço, a empresa aposta no crescimento dos negócios de pessoas físicas. “A nossa expectativa inicial é que o mobile broker seja utilizado por 15% dos clientes da corretora”, acredita o presidente da Itaú Corretora, Roberto Nishikawa.

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“Nos últimos anos, os investidores pessoas físicas foram seduzidos pelo bom momento da Bolsa. Esta proximidade também os tornou investidores mais qualificados e que buscam, cada vez mais, meios que lhes permitam conciliar as atividades do dia-a-dia com o acompanhamento de perto desse mercado”, completa Nishikawa.