Publicidade
O dólar à vista recuou 0,78% nesta quarta-feira (6), fechando a R$ 5,4627, em movimento alinhado ao alívio externo e à valorização de moedas emergentes, em meio à expectativa de possível cortes de juros pelo Federal Reserve a partir de setembro. Internamente, o mercado reagiu com cautela ao início do tarifaço de 50% imposto pelos EUA sobre produtos brasileiros, enquanto o presidente Lula descartou diálogo direto com Trump, mas prometeu apresentar um plano de contingência para enfrentar os impactos econômicos.
Para o trader de mini-dólar, o dia foi marcado por sensibilidade elevada às notícias vindas tanto de Brasília quanto de Washington. O noticiário político-comercial seguiu no centro das atenções, com falas de autoridades brasileiras e americanas, além do monitoramento das declarações dos dirigentes do Fed, que podem influenciar diretamente o comportamento dos contratos futuros.
Aprenda o Setup da Praia na Semana do Trader Sossegado 2.0
Os contratos do minidólar (WDOU25), com vencimento em setembro, encerraram a última sessão em baixa de 0,88%, aos 5.493 pontos, marcando a quarta queda consecutiva.
Análise do gráfico de 15 minutos
No gráfico de 15 minutos, o minidólar encerrou sua quarta sessão consecutiva em queda, sustentando uma estrutura técnica fraca no curtíssimo prazo. O ativo permanece abaixo das médias móveis de 9 e 21 períodos, o que reforça o viés baixista. A região de 5.492/5.479 é o principal suporte de atenção para o pregão desta quinta-feira, pois um rompimento desse patamar pode intensificar o fluxo vendedor, mirando os próximos suportes em 5.466/5.452,5, com alvo estendido em 5.442/5.422.
Para que o ativo ensaie uma recuperação no curto prazo, será essencial a entrada de volume comprador suficiente para superar a resistência dos 5.502,5/5.517,5 pontos. Caso isso ocorra, há espaço para avanço até as resistências seguintes em 5.531,5/5.551 e posteriormente em 5.573/5.585.
Continua depois da publicidade
A perspectiva no gráfico diário segue negativa. O ativo opera abaixo das médias de 9 e 21 períodos e, com as quedas recentes, se aproxima da mínima do ano em 5.479,5 pontos, o que pode se tornar um divisor de águas para os próximos dias. Se houver rompimento dessa faixa, a pressão vendedora tende a se intensificar, podendo buscar os suportes seguintes entre 5.450/5.410.
Por outro lado, uma eventual recuperação teria que superar a faixa de resistência em 5.545,5/5.573, com alvo mais longo entre 5.606/5.676 pontos. O IFR (14) está em 36,63, já próximo da região de sobrevenda, o que pode indicar um possível repique de curto prazo.

Saiba mais:
Continua depois da publicidade
- IA não vai entregar criatividade na gestão de recursos, diz Bollinger, trader global
- “Trade transformou minha vida”: Ariane saiu do zero até vencer no mercado financeiro
- Trader que operou 700 contratos revela como quase infartou após prejuízo de R$ 60 mil
- Trader desvenda uso de robô na operação no mercado financeiro: Confie na estatística
Dólar futuro (WDOU25): Gráfico de 60 minutos
Analisando o gráfico de 60 minutos, o cenário também aponta fraqueza. O minidólar segue abaixo das médias de 9 e 21 períodos, confirmando a estrutura de baixa.
Para que haja uma reversão desse movimento, o ativo terá de vencer a resistência nos 5.505/5.526 pontos, onde poderá encontrar vendedores novamente. Caso supere essa região, os próximos objetivos estão em 5.551/5.573, com alvo mais longo na resistência de 5.603 e posteriormente em 5.623,5 pontos.
No entanto, se o ativo seguir o fluxo da última sessão e romper a zona de suporte dos 5.492/5.479 pontos, o movimento de queda poderá se intensificar. Neste cenário, os próximos suportes se encontram em 5.452/5.422, com alvo mais amplo nos 5.410/5.383 pontos.
Continua depois da publicidade

(Rodrigo Paz é analista técnico)
Guias de análise técnica:
- O que são pontos de suporte e resistência?
- O que são médias móveis e como usá-las para estratégia de Trade
- Bandas de Bollinger: como usar e interpretar?
- IFR: O que é o índice de força relativa?
Confira mais conteúdos sobre análise técnica no IM Trader. Diariamente, o InfoMoney publica o que esperar dos minicontratos de dólar e índice.