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Na segunda-feira, 7 de julho, o dólar comercial encerrou em alta de 1,04%, cotado a R$ 5,4809, refletindo um cenário global tenso, marcado por incertezas em torno da política comercial dos Estados Unidos. O presidente Donald Trump anunciou que tarifas de 25% serão impostas sobre as importações de Japão e Coreia do Sul a partir de 1º de agosto, além de ameaçar países do Brics com novas taxações de 10% por supostas políticas “antiamericanas”. A postura protecionista norte-americana impulsionou o dólar frente a diversas moedas emergentes e de exportadores de commodities, como o real, em um movimento que expõe a aversão ao risco dos investidores globais. O índice DXY subiu 0,43%, enquanto pares do real, como o peso mexicano e o rand sul-africano, registraram quedas ainda mais acentuadas.
Para os traders do mini-dólar, o momento é de atenção redobrada. A volatilidade tende a seguir elevada diante da expectativa de reação dos países-alvo de Trump e da aproximação do prazo de 9 de julho para possíveis acordos comerciais. No Brasil, apesar da valorização da moeda norte-americana, o foco também se volta para o IPCA de junho, que será divulgado na quinta-feira, e deve confirmar o descumprimento da meta de inflação — fato que exigirá um posicionamento oficial do Banco Central. Além disso, segue no radar a disputa judicial envolvendo o aumento das alíquotas do IOF, que ainda gera incertezas no ambiente doméstico. O pregão seguinte deve manter ritmo especulativo e sensível a qualquer sinal vindo de Washington ou Brasília.
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Os contratos de minidólar (WDOQ25), com vencimento em agosto, fecharam a última sessão com alta de 1,19%, aos 5.520,5 pontos.
Análise do gráfico de 15 minutos
A movimentação da última sessão mostra um minidólar recuperando a força técnica. O ativo encerrou a segunda-feira com uma expressiva valorização, operando acima das médias móveis de 9 e 21 períodos.
A atenção imediata está voltada para a faixa de resistência em 5.526/5.539. Se rompida com volume, o ativo poderá buscar 5.547,5/5.565 e depois 5.577/5.600 pontos.
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Por outro lado, caso falhe em manter o ritmo comprador e perca o suporte imediato em 5.517/5.508 pontos, o movimento corretivo pode se intensificar. Nesse cenário, os próximos suportes se encontram em 5.493/5.475 e 5.462/5.452 pontos.
No gráfico diário, o ativo sinalizou reação técnica após tocar a mínima de 2025 nos 5.438 pontos. A alta da última sessão rompeu a média curta de 9 períodos, com possibilidade agora de testar a média de 21, que atua como próxima barreira técnica relevante.
Para manter o movimento de recuperação, será necessário romper 5.526/5.548, o que abriria espaço para avanço até 5.593,5/5.620 pontos. Se falhar nesse movimento e voltar a perder a zona de 5.500/5.470, o fluxo vendedor pode ser retomado, mirando novamente a mínima anual em 5.438 pontos. O IFR (14) do diário está em 43,11, neutro, mas com leve viés de recuperação.
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Dólar futuro (WDOQ25): Gráfico de 60 minutos
No gráfico de 60 minutos, o minidólar mostra uma melhora mais estruturada. O fechamento acima das médias curtas sugere retomada compradora, mas ainda exige confirmação técnica.
A primeira resistência está entre 5.526/5.546,5 pontos, e caso seja rompida, o ativo pode avançar até 5.571/5.593,5 pontos, com alvo mais longo em 5.611/5.620 pontos.
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Do lado oposto, se o ativo perder a região de suporte em 5.505/5.470 pontos, o cenário volta a favorecer os vendedores, com próximos alvos técnicos em 5.462/5.438 pontos, podendo se estender até 5.424 pontos.

(Rodrigo Paz é analista técnico)
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