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Na quinta-feira (03), o dólar à vista recuou 0,27%, fechando cotado a R$5,4047, no menor nível em pouco mais de um ano. A moeda chegou a subir pela manhã, reagindo aos dados mais fortes do que o esperado sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos — com a criação de 147 mil vagas fora do setor agrícola em junho, superando as estimativas. Esse resultado reduziu a expectativa de corte de juros pelo Federal Reserve já em julho, pressionando os mercados globais no início do dia.
No entanto, o movimento foi revertido ao longo da sessão devido ao fluxo de entrada de capital estrangeiro para a Bolsa brasileira, o que ajudou a empurrar o dólar de volta para o campo negativo. A liquidez, porém, foi reduzida em função do fechamento antecipado dos mercados em Nova York por conta do feriado de 4 de julho.
Para os traders do mini dólar, o dia foi marcado por forte volatilidade nos primeiros momentos do pregão, com o payroll impulsionando a cotação e testando regiões de resistência logo após a abertura.
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No entanto, a entrada de fluxo estrangeiro e o ambiente doméstico ainda sustentado por juros elevados favoreceram a retomada do viés de baixa no decorrer do dia. A mínima anual reforça o papel do diferencial de juros como força dominante no câmbio brasileiro, mesmo diante de pressões externas pontuais.
Com a agenda internacional esvaziada na sexta-feira e o cenário técnico mais pressionado, o mercado deve seguir atento à sustentação dos níveis atuais, em meio à disputa entre fundamentos econômicos e fluxo financeiro.
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Os contratos futuros de minidólar (WDOQ25), com vencimento em agosto, encerraram a última sessão com baixa de 0,30%, cotados a 5.448 pontos.
No gráfico diário, a estrutura segue com viés baixista, com o ativo sendo negociado abaixo das médias móveis de 9 e 21 períodos, ambas com inclinação descendente. O IFR (14) está em 32,17, próximo da zona de sobrevenda.
O suporte relevante está em 5.416/5.380, e seu rompimento pode abrir espaço para quedas até 5.320/5.275,5 pontos. Do lado oposto, a resistência está em 5.595/5.620, e seu rompimento pode levar o ativo às regiões de 5.652,5/5.672,5 pontos.
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Análise do gráfico de 15 minutos
No gráfico de 15 minutos, o ativo finalizou o dia dentro de um movimento de baixa, ainda que o fechamento tenha ocorrido entre as médias móveis de 9 e 21 períodos. A média de 21 permanece com inclinação negativa, sugerindo que o viés vendedor segue dominante no curto prazo.
No entanto, é relevante observar que o último fundo formado foi menos profundo que o anterior — um sinal técnico que pode indicar início de enfraquecimento da pressão vendedora ou, ao menos, uma pausa no movimento de queda.
Para o pregão desta sexta-feira (04), os principais níveis técnicos a serem monitorados estão nas regiões de suporte em 5.444 (1), 5.433/5.426 (2) e 5.413,5/5.405,5 (3), enquanto as resistências se concentram em 5.452/5.458 (1), 5.467/5.570 (2) e 5.485/5.490,5 (3).
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A região de 5.444 pontos ganha destaque como principal suporte imediato, sua perda pode intensificar a movimentação de baixa em direção a 5.433/5.426, com possível extensão até o fundo de 5.413,5/5.405,5.
Por outro lado, se houver reação compradora, o primeiro desafio será romper com consistência a faixa de 5.452/5.458. Superada essa barreira, o fluxo comprador poderá se intensificar em direção às regiões de resistência em 5.467/5.570 e, posteriormente, 5.485/5.490,5.
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Dólar futuro (WDOQ25): Gráfico de 60 minutos
No gráfico de 60 minutos, o ativo também apresenta viés negativo, encerrando a sessão abaixo das médias móveis de 9 e 21 períodos, ambas voltadas para baixo.
No entanto, o suporte em 5.440 pontos foi testado e respeitado, sem que o preço conseguisse fechar abaixo dessa região — o que pode indicar uma possível exaustão vendedora e presença de compradores nessa região de curto prazo.
Caso esse suporte volte a ser pressionado e rompido, o próximo nível de atenção está entre 5.440,5/5.423. A perda dessa faixa pode intensificar o movimento de baixa, com projeções em 5.391 e, em continuidade, 5.364 pontos.
Se os compradores conseguirem reagir, o primeiro desafio será a região de resistência entre 5.477,5/5.484,5, onde está posicionada a média móvel de 21 períodos. Um rompimento com volume dessa faixa pode destravar espaço para avanços até 5.501/5.510, com objetivo mais longo em 5.536,5/5.547.
(Rodrigo Paz é analista técnico)
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