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Na segunda-feira, 7 de julho, o Ibovespa sofreu forte queda de 1,26%, encerrando o pregão aos 139.489,70 pontos, no maior tombo desde 21 de maio. O movimento refletiu a piora no sentimento global após o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, reacender os temores de guerra comercial ao anunciar novas tarifas de 25% sobre importações do Japão e Coreia do Sul e ameaçar países do Brics com taxação adicional de 10%. O cenário global se deteriorou rapidamente, levando também Wall Street a fechar em queda superior a 1%. No Brasil, nem os sinais de desinflação — com o IGP-DI mostrando deflação de 1,80% e o Focus reduzindo projeções de inflação pela sexta semana seguida — conseguiram aliviar a pressão vendedora. O dólar subiu 0,99%, aos R$ 5,478, e os juros futuros avançaram por toda a curva.
Para os traders do mini-índice, a abertura da terça-feira promete manter o clima de tensão e volatilidade. O pregão anterior deixou clara a sensibilidade do mercado às declarações de Trump, o que deve seguir ditando o ritmo dos negócios, principalmente enquanto persistirem incertezas sobre acordos comerciais com grandes economias. A reação dos países do Brics, especialmente da China e do Brasil, reforça o peso geopolítico do impasse.
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Os contratos de mini-índice com vencimento em agosto (WINQ25) encerraram a última sessão com queda expressiva de 1,70%, aos 141.325 pontos, revertendo duas altas consecutivas.
Análise do gráfico de 15 minutos
O fechamento da última sessão mostrou pressão vendedora. No gráfico de 15 minutos, o mini-índice formou um movimento de baixa após duas sessões positivas, voltando a operar abaixo das médias de 9 e 21 períodos, o que sugere fraqueza no curto prazo.
A região de suporte em 141.145/140.865 será o primeiro ponto de atenção para os vendedores. Caso essa faixa seja rompida, o fluxo pode acelerar em direção a 140.400/139.935, com alvo mais longo em 139.565/139.335.
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Do lado oposto, para que os compradores retomem o controle, será preciso romper a resistência em 141.480/141.865. O rompimento dessa faixa libera espaço para alvos em 142.125/142.415 e, acima disso, 142.845/143.225.
No gráfico diário, o ativo devolveu as duas últimas sessões de alta e formou um forte candle de baixa, sinalizando possível mudança de direção no curtíssimo prazo. O movimento reforça o papel da faixa de 141.145/140.400 como ponto chave de sustentação.
Caso perca essa região, o mini-índice poderá buscar suporte mais abaixo, na zona de 139.250 pontos. Por outro lado, para voltar à trajetória positiva, será necessário romper a resistência entre 141.545/143.415, mirando 144.445 como alvo principal. O IFR (14) está em 51,77, mantendo leitura neutra e sem indicar sobrecompra ou sobrevenda.
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WINQ25: Gráfico de 60 minutos
A análise do gráfico de 60 minutos confirma o enfraquecimento do curto prazo. O WINQ25 fechou abaixo das médias de 9 e 21 períodos, ambas com inclinação negativa, sugerindo possível continuidade da correção.
Para que o ativo mantenha o fluxo de baixa, será necessário romper o suporte em 141.145/140.525. Se isso ocorrer, há espaço para quedas até 139.750/138.815, com possível extensão até 138.000/137.735.
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No cenário oposto, caso o ativo recupere fôlego, deverá romper a resistência em 141.735/142.575. Superando essa faixa, os alvos se expandem para 143.365/143.825 e 144.335/144.445, o que pode reconfigurar novamente o viés de curto prazo.

(Rodrigo Paz é analista técnico)
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