Microsoft registra queda de 12,46% no lucro do 2º tri fiscal, mas receita com nuvem supera expectativas

Ações da "big tech" sobem mais de 4% na sessão estendida em Nova York, após divulgação do balanço

Mitchel Diniz

(Efes Kitap/Pixabay )

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O lucro líquido da Microsoft no trimestre encerrado em 31 de dezembro de 2022 foi de US$ 16,43 bilhões. A cifra é inferior aos US$ 18,77 bilhões registrada um ano antes. Mesmo assim, o resultado superou as expectativas dos analistas. A empresa de softwares, fundada por Bill Gates, reportou lucro por ação de US$ 2,32 – a média das projeções do mercado apontava lucro de US$ 2,29 por papel.

As receitas totais do período encerraram o segundo trimestre fiscal em US$ 52,75 bilhões. O número é 2% maior que o registrado um ano antes, mas ficou levemente abaixo dos US$ 52,94 bilhões esperados pelos analistas. Foi o menor crescimento de receita registrado pela Microsoft desde 2016.

A receita do segmento de nuvem, por sua vez, cresceu 18% para US$ 21,51 bilhões, batendo as estimativas. A unidade inclui os serviços da Azure, Windows Server, SQL Server, Nuance e Enterprise Services.

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O segmento de produtividade e processamento de negócios, que inclui o pacote Microsoft 365, LinkedIn e Dynamics registrou um crescimento de 7%, para US$ 17 bilhões.

Após a divulgação do balanço, as ações da Microsoft registram forte alta na sessão estendida da Nasdaq, a Bolsa de tecnologia de Nova York. Às 18h19 (horário de brasília), os papéis MSFT subiam 4,40%, a US$ 242,04.

Demissões

Na última quarta-feira (18), a gigante de tecnologia confirmou que dispensará 10 mil funcionários até 31 de março deste ano. A medida teve impacto negativo de US$ 1,2 bilhão em custos indenizatórios no segundo trimestre fiscal da companhia.

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Com o corte, a Microsoft vai diminuir sua força de trabalho em aproximadamente 5%.

O CEO Satya Nadella explica que a empresa viu seus clientes reduzirem seus gastos digitais para fazer mais com menos, ao contrário do que ocorreu na pandemia. Agora, com o agravante de expectativa de recessão em algumas partes do mundo.

“É importante observar que, embora estejamos eliminando funções em algumas áreas, continuaremos contratando em áreas estratégicas importantes”, disse ele.

Mitchel Diniz

Repórter de Mercados