Meta: lucro da dona do Facebook cai 24%, para US$ 5,08 bilhões, mas supera estimativas

Receitas da empresa e números de usuários ativos do Facebook também surpreenderam positivamente; ações disparam no after market

Mitchel Diniz

Smartphone com o logotipo do Facebook é visto na frente do logotipo da Meta, em ilustração de 28/10/2021. (Foto: REUTERS/Dado Ruvic/Illustration)

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A Meta Platforms (M1TA34), empresa dona do Facebook, reportou lucro líquido de US$ 5,079 bilhões no primeiro trimestre de 2023. A cifra é 24% menor do que a registrada um ano antes, mas ainda assim veio acima da média das projeções do mercado.

O lucro diluído por ação da companhia foi de US$ 2,20, ficando acima do consenso, que esperava por um retorno de US$ 2,03.

As receitas da companhia no período cresceram 3%, para US$ 28,645 bilhões, também superando as estimativas.

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O número de usuários diários ativos do Facebook ficou em 2,04 bilhões em março, registrando um crescimento de 4% na comparação anual. O número mensal de usuários ativos foi de 2,99 bilhões, alta de 2%.

As receitas com propaganda das redes sociais da Meta ficaram em R$ 28,101 bilhões.

A Meta informou que o preço por anúncio diminui 17% no primeiro trimestre de 2023. Para o segundo, a empresa projeta receitas entre R$ 29,5 bilhões e R$ 32 bilhões.

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Já as receitas da empresa com o Metaverso vieram bem abaixo do que o Wall Street esperava, em US$ 339 milhões, enquanto os analistas projetavam uma cifra de US$ 695 milhões. A unidade de negócios registrou um prejuízo de US$ 4 bilhões, depois de ter ficado no vermelho em US$ 3 bilhões um ano antes.

Nesta sexta-feira, as ações da companhia negociadas na Nasdaq fecharam em alta de 0,89%, a US$ 209,40. Após a divulgação do balanço, os papéis andaram em disparada nos negócios do after market, e subiam mais de 12%.

A Meta também trouxe previsões de receitas entre US$ 29,5 bilhões e US$ 32 bilhões no segundo trimestre deste ano. E antecipou que as despesas no ano de 2023 como um todo devem ficar entre US$ 86 bilhões e US$ 90 bilhões. O guidance foi reduzido após as demissões realizadas pela empresa.

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O total de custos e despesas da companhia no período ficou em R$ 21,42 bilhões, o que representa uma alta de 10% em bases anuais. A companhia explica que o número reflete gastos de US$ 1,14 bilhão com reestruturação no primeiro trimestre, o que inclui um enxugamento no quadro de funcionários.

No comunicado que acompanha os números, assinado por Mark Zuckerberg, a Meta informou que o trabalho da empresa com inteligência artificial está gerando bons resultados para os aplicativos e negócios da empresa.

Mitchel Diniz

Repórter de Mercados