Mesmo com alta do petróleo, Petrobras deve segurar reajuste de preços, diz análise

Além do petróleo, a taxa de câmbio também traz uma pressão de reajustes

Equipe InfoMoney

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O barril de petróleo do tipo Brent, que é referência de preços para a Petrobras (PETR4), voltou à faixa dos US$ 90, em meio às tensões geopolíticas globais. Desde fevereiro, a valorização da commodity chega a cerca de 17%.

Além do petróleo, a taxa de câmbio também traz uma pressão de reajustes. Entretanto, segundo a equipe de análise do Itaú BBA, esses fatores não devem levar a repasses aos preços, por parte da estatal, neste momento.

“Acreditamos que é mais provável que a Petrobras espere mais para ter uma visão mais clara do mercado internacional antes de fazer um ajuste de preço. A Petrobras sempre evitou ajustes rápidos para evitar o repasse da volatilidade dos preços internacionais ao consumidor doméstico”, escreveram, em relatório.

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Petrobras deve esperar para reajustes

De acordo com o BBA, o preço interno da Petrobras está posicionado 6% abaixo do limite inferior da faixa de preço (banda), após semanas oscilando próximo ao limite inferior.

Quanto ao diesel, a faixa de preço de referência manteve-se estável, com o preço da Petrobras ainda posicionado próximo ao limite inferior.

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“Neste sentido, embora os preços da gasolina estejam atualmente abaixo da banda, esta tendência ascendente precisaria persistir por mais tempo, uma vez que a empresa provavelmente (como todo o mercado) está avaliando a escalada das tensões no Oriente Médio”, destaca.

Além disso, reforça o BBA, considerando a perspectiva de execução da estratégia comercial, a Petrobras parece ter uma espécie de “buffer” para utilizar nas próximas semanas, “já que a empresa pratica preços aproximadamente no meio da faixa desde o início do ano.”