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SÃO PAULO – A formatura é um momento de alívio financeiro para quem ralou bastante para pagar a faculdade ou as despesas de estudante, como livros e materiais. A comemoração é a oportunidade de mostrar para a família e os amigos mais uma conquista e, ainda assim, não trazer mais gastos para os pais ou para você mesmo, que ainda recebe o salário de estagiário.
No entanto, além daquele valor que pagou pela formatura e que dividiu em várias vezes, outros gastos ainda podem estar por vir, como com convites, mesas extras e smoking – traje que pode ser exigido aos homens para a ocasião. Estes gastos adicionais, por sua vez, somente pesarão no seu bolso dependendo do que foi combinado com a empresa que realizará o evento.
Entenda melhor
Primeiro, os alunos realizam uma eleição para escolher a comissão de formatura que vai cuidar da negociação dos termos do contrato. A Fundação Procon-SP, órgão de defesa do consumidor, orienta a estes alunos eleitos que façam um levantamento de preço detalhado, ponderando sobre possíveis vantagens oferecidas por diferentes empresas.
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Na maioria das formaturas, os alunos recebem uma quantidade de convites, que varia de 10 a 20, dependendo do valor pago pelo evento. Para quem recebe uma quantia menor do que o número de convidados que possui, a saída é comprar os “extras” que têm um valor médio de R$ 100. Agora, imagine ter de pagar pelos adicionais, porque o convidado não possui dinheiro. Por isso, já prepare o orçamento, para que esse convidado não fique de fora da festa. Combine de repartir o valor ou pagar e depois receber de volta, parcelado.
Ainda no momento de assinar o contrato, preste atenção à quantidade de convites que irá receber e quantos adicionais poderá comprar, já que algumas empresas os limitam. Com isso, você não precisará ser indelicado e “desconvidar” um parente ou amigo.
Planeje o orçamento
Algumas empresas ainda concedem uma quantidade de convites, mas não há quantidade de cadeira disponível na mesa para todos. Essa prática é ilegal? Caso esteja prevista no contrato, é certo responder que “não”. E quem não quer que o convidado fique de pé durante a festividade terá de colocar a mão no bolso: as empresas cobram por uma segunda mesa e o valor pode chegar a R$ 250.
Um outro ponto a ser observado no contrato são os trajes. Na colação de grau, serão concedidos a beca e o capelo ou você terá de alugá-los? O padrinho ou o formando que deverão usar smoking precisarão alugar o traje por fora, haverá desconto, quando alugar com a empresa, ou simplesmente não terão de pagar nenhum adicional pela roupa, porque está incluso no valor do evento?
Com todos os gastos adicionais citados acima, o formando que pensava que iria gastar apenas com a festa já teve de desembolsar uma quantia expressiva a mais. E se você não tiver dinheiro, como ficarão os convidados? Para que essa situação delicada não aconteça, é preciso ter planejamento financeiro. Alguns meses antes do evento, já comece a guardar certa quantia ou a pedir ajuda para os familiares.
Dicas para a comissão
Os membros da comissão de formatura, ou quem tem a responsabilidade de negociar com a empresa, devem tomar alguns cuidados. Afinal, estão lidando com o dinheiro alheio. Para isso, o Procon-SP dá algumas dicas:
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- Vistorie o local pretendido para acontecer o evento, prove o cardápio e compareça a alguma festa promovida pela empresa;
- No contrato, peça detalhamento de tudo: datas, horários e locais da colação, baile e coquetel, além dos tipos de cardápio servidos e a decoração. Se tiver sido contratada banda musical, nome e repertório devem ser discriminados;
- Ainda devem constar dados sobre as condições de pagamento: parcelamento e encargos por atraso;
- O clube contratado não pode ser trocado aleatoriamente. Se precisar ocorrer uma mudança, que seja por um espaço com a mesma capacidade e categoria;
- Sobre fotos e filmagens, o contrato deve discriminar se será permitido uso de máquinas e filmadoras por parentes e quantas fotos poderão ser compradas, bem como o valor.