Marfrig (MRFG3) tem resultado considerado “impressionante” pelo Credit; ação fecha em alta de 2,68%

Além disso, em momento de grandes incertezas em relação ao Brasil, papéis “dolarizados” voltaram a ser os preferidos e a empresa se destaca

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O resultado da Marfrig (MRFG3), divulgado na última terça-feira (26), ganhou destaque nessa sessão, com as ações registrando alta em boa parte do pregão desta quarta-feira (27). Os papéis fecharam com alta de 2,68%, a R$ 25,27.

Conforme destaca o Credit Suisse, em um momento de grandes incertezas em relação ao Brasil, papéis “dolarizados” voltaram a ser os preferidos e a empresa se destaca dado seu momentum operacional muito forte, que ficou claramente refletido nos números do terceiro trimestre.

O lucro líquido foi de cerca de R$ 1,7 bilhão no período, um crescimento de 148,7% na base anual. A receita líquida consolidada da Marfrig foi de R$ 23,638 bilhões no trimestre, 40,4% superior à receita na comparação anual e recorde histórico da companhia.

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Para o Credit, o resultado foi impressionante.

O crescimento foi explicado pelo maior volume de vendas e melhores preços em todas as operações, reforçando o excelente momento da proteína bovina, que teve seu preço valorizado em todas as regiões do mundo.

“A diversificação geográfica da Marfrig, com sua forte presença na América do Norte, e com uma operação enxuta e focada na América do Sul, fez com que a empresa alcançasse um resultado histórico, com recordes na receita líquida e no Ebitda [lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações] ajustado, que foi de R$ 4,7 bilhões”, aponta a Levante Ideias de Investimentos.

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O Credit ressalta que o trimestre enfrentou uma base de comparação difícil no terceiro trimestre de 2020 e, ainda assim, surpreendentemente, o Ebitda da NB Steak cresceu 167% na comparação anual.

Já na América do Sul (20% do Ebitda consolidado historicamente), a alta dos preços do gado no Brasil (34%), Uruguai (25%) e Argentina (37%), e maiores despesas logísticas continuam impactando negativamente a rentabilidade.

“Continuamos otimistas com case dado que o momentum operacional vai continuar forte. A NB deve se beneficiar da oferta ainda favorável de gado nos EUA e dos fortes spreads, enquanto a margem da divisão da América do Sul deve gradativamente se recuperar do fundo, apoiada em uma dinâmica exportadora mais saudável. Com mais de 80% de exposição aos EUA, acreditamos que os investidores veem a Marfrig e a JBS (JBSS3) como bons hedges para a tendência de deterioração no mercado doméstico”, apontam os analistas do Credit.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.