Marfrig (MRFG3) lucra 148% a mais no balanço do 3º trimestre, com reabertura dos EUA

Reabertura da economia americana ajudou nos resultados, junto com recomposição dos estoques de cadeias de food-service

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – A Marfrig (MRFG3) reportou um lucro líquido de R$ 1,7 bilhão no balanço do terceiro trimestre, um desempenho 148,7% superior ao comparado no mesmo período do ano passado. O desemprenho veio acima do projetado pela Refinitiv, de lucro de R$ 1,4 bilhão.

Segundo a empresa, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado somou R$ 4,7 bilhões, incremento de 115,6%, com uma margem Ebitda de 20% (+7p.p.) – melhor do que o projetado pela Refinitiv, de R$ 3,1 bilhões.

Em termos de rentabilidade, a América do Norte foi responsável por um crescimento de 12,5 pontos percentuais, para 26,8%, enquanto na operação da América do Sul houve um de 6,1 p.p., para 4,4%.

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A receita líquida somou R$ 23,6 bilhões, expansão de 40,4%. Desse total, a América do Sul respondeu por R$ 6,909 bilhões (+44,1%) e a América do Norte com R$ 12,729 bilhões (+38,9%).

Segundo Marco Antônio Molina, presidente do Conselho da companhia, em comunicado, houve no trimestre “um sólido conjunto de resultados”, com recorde de performance na América no Norte, “evidenciando a ampla disponibilidade de animais e forte demanda por carne bovina nos Estados Unidos”.

Reabertura na América do Norte

O crescimento da demanda na América do Norte é justificado pela reabertura da economia americana, devido ao avanço no processo de vacinação contra Covid-19, à recomposição dos estoques da cadeia de food-service, ao cenário econômico ainda impulsionado pelos estímulos financeiros do governo federal e pela sazonalidade do período.

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Já na América do Sul, segundo o executivo, o cenário foi mais “desafiador”. Mas uma gestão eficiente e excelência operacional foram fundamentais para enfrentarmos as adversidades em um cenário de preços altos de gado e medidas restritivas nas exportações”.

Dívida

Em relação à dívida líquida, a companhia informou que houve um recuo de 19,9%, a R$ 13,733 bilhões, com aumento do prazo médio da dívida, de 4,15 anos para 4,97 anos.

Dessa forma, o índice de alavancagem, medido pela relação entre dívida liquida e o Ebitda ajustado pro forma foi de 1,07 vez em dólares, uma redução de 0,47 vez em relação ao 2T21.

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Quando mensurado em reais o índice ficou em 1,10 vez ou 0,35x inferior ao índice medido no trimestre anterior.

A companhia acrescentou que este é o menor nível histórico em ambas as moedas, “e reforça o comprometimento da Marfrig com a solidez financeira”.

Análise

Em relatório, assinado pelo analista Gustavo trojan, o Itaú BBA destacou que a Marfrig (MRFG3) reportou mais um trimestre recorde na América do Norte, com margens mais uma vez superando as estimativas.

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Por outro lado, a operação da América do Sul apresentou margem Ebitda de 4,4%, abaixo da estimativa do banco.

Segundo o banco, margens ainda pressionadas podem ser atribuídas à escassa disponibilidade de gado no Brasil.

O Itaú BBA mantém avaliação outperform para ações da Marfrig (MRFG3), e preço-alvo de R$ 26,00, frente à cotação de terça-feira (26) de R$ 24,61.

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Já o Bradesco BBI mantém rating outperform para a ação e preço-alvo de R$ 30,00. Isso porque, o banco vê as ações sendo negociadas com uma valorização atraente de 3,3x EV / Ebitda 2022E, abaixo da média histórica.

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