Lula e presidente da Petrobras se encontram, B3 muda horário e mais destaques do mercado

No mercado exterior, as bolsas da Ásia fecharam sem direção única, com ganhos na China após dados de inflação e perdas em Tóquio após revisão do PIB

Felipe Moreira

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Os índices futuros dos Estados Unidos e bolsas da Europa operam em baixa, em início de semana marcada por dados de inflação que testarão a convicção do mercado de que o Federal Reserve (Fed) está cada vez mais perto de iniciar o ciclo de corte de juros na maior economia do mundo. Os índices de preços ao consumidor e ao produtor de Fevereiro – que serão divulgados na terça e quinta-feira, respectivamente – surgem depois do relatório surpreendentemente positivo de janeiro ter frustrado as esperanças de que o caminho em direção à meta de 2% do Fed seria fácil.

Por aqui, a B3 volta a operar em seu horário normal, encerrando o pregão regular às 17h (horário de Brasília), a partir do pregão desta segunda-feira (11). O retorno ocorre devido ao início do horário de verão nos Estados Unidos.

No campo político, o presidente Lula se reúne hoje com Jean Prates, CEO da Petrobras, às 15h (horário de Brasília). Este será o primeiro encontro dos dois após a companhia informar na quinta não distribuir dividendos extraordinários, levando a uma forte baixa das ações na sexta.

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1.Bolsas Mundiais

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam no vermelho, depois que o Dow Jones encerrou sua pior semana desde outubro. Wall Street vem de uma semana de perdas para os principais índices. O Dow Jones, de 30 ações, caiu 0,93% na semana passada. Já o S&P 500 caiu 0,26%, enquanto o Nasdaq Composite caiu 1,17%. No que diz a temporada de balanços, depois do fechamento, a plataforma de software Oracle deve divulgar seus resultados.

Veja o desempenho dos mercados futuros:

Dow Jones Futuro: -0,20%

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S&P 500 Futuro: -0,10%

Nasdaq Futuro: -0,20%

Ásia

As bolsas asiáticas fecharam sem direção única, com ganhos na China após novos dados de inflação e perdas em Tóquio após revisão do Produto Interno Bruto (PIB) japonês. No fim de semana, pesquisa oficial mostrou que os preços ao consumidor chinês subiram 0,7% na comparação anual de fevereiro, depois de caírem nos quatro meses anteriores. A última leitura ajudou a abafar temores de deflação na segunda maior economia do mundo.

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Em Tóquio, o índice Nikkei teve expressiva queda de 2,19%, a 38.820,49 pontos, após revisão para cima do PIB do Japão reforçar expectativas de que o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) irá começar a apertar sua política monetária ultra-acomodatícia.

Shanghai SE (China), +0,74%

Nikkei (Japão): -2,19%

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Hang Seng Index (Hong Kong): +1,43%

Kospi (Coreia do Sul): -0,77%

ASX 200 (Austrália): -1,82%

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Europa

Os mercados europeus operam no campo negativo, após quedas na região Ásia-Pacífico durante a noite, enquanto se preparam para dados de inflação americano ao longo da semana. O índice Stoxx 600 caiu 0,4% no início das negociações, com as ações de tecnologia caindo mais de 2%.

FTSE 100 (Reino Unido): -0,30%

DAX (Alemanha): -0,84%

CAC 40 (França): -0,50%

FTSE MIB (Itália): -0,71%

STOXX 600: -0,55%

Commodities

Os preços do petróleo operam em alta após abertura negativa, em meio a preocupações com a lenta procura na China, embora o risco geopolítico persistente em torno do Médio Oriente e da Rússia tenha limitado o declínio.

As cotações do minério de ferro na China fecharam em forte baixa, com preocupações renovadas sobre o apetite da China pela commodity.

Petróleo WTI, +0,32%, a US$ 78,26 o barril

Petróleo Brent, +0,35%, a US$ 82,37 o barril

Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve queda de 5,41%, a 831,00 iuanes, o equivalente a US$ 115,65

Bitcoin

2. Agenda

A agenda da semana tem como destaque os dados de inflação e atividade, em especial o IPCA de fevereiro, que será divulgado na terça-feira, e pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre indústria, comércio e serviços durante a semana.

Nos EUA, após a divulgação do relatório de emprego e folha de pagamento (payroll) mais fortes que o esperado, o destaque fica para o índice de preços ao consumidor de fevereiro, com alta de 0,4% ao mês de acordo com a projeção LSEG.

Brasil

15h: Presidente Lula se reúne com Presidente da Petrobras, Jean Paul Prates

EUA

12h: Expectativa mensal de inflação ao consumidor

12h: Leilão de títulos do Fed

3. Noticiário econômico

‘Renacionalizar ativos não faz parte do nosso vocabulário’, diz Prates

O presidente da Petrobras (PETR4), Jean Paul Prates, disse na sexta-feira que o termo “renacionalização de ativos” é “mofado” e não faz parte do vocabulário da atual gestão da Petrobras. Segundo ele, a Petrobras não tem a intenção de recomprar ativos que lhe pertenciam e foram vendidos à iniciativa privada no passado, mas vai manter conversas sobre o que interessa à empresa do ponto de vista de negócio.

Banco do Brasil firma parceria para testar pagamentos offline com Drex

O Banco do Brasil (BB) e a empresa Giesecke+Devrient Currency Technology (G+D) firmaram acordo de cooperação técnica que prevê o uso do Drex, versão digital do real desenvolvida pelo Banco Central, para pagamentos offline. Assinado após meses de negociação, o acordo pretende desenvolver soluções adaptadas à realidade brasileira para transações com o Drex sem internet, que complemente as transações com dinheiro, cartões e Pix.

4. Noticiário político

Mauro Cid presta novo depoimento à PF nesta segunda

 Em setembro do ano passado, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid, saiu da prisão após fechar acordo de delação premiada com a Polícia Federal (PF). O depoimento dele serviu de base para a operação Tempus Veritatis, deflagrada pela corporação em fevereiro deste ano. Mas, nas últimas semanas, as investigações trouxeram novos detalhes que precisam ser abordados pelo delator, caso ele queira manter o acordo que o permitiu ficar em liberdade.

5. Radar Corporativo

PRIO (PRIO3)

A PRIO (PRIO3) reportou lucro líquido de US$ 324,21 milhões no quarto trimestre de 2023, alta de 71% quando comparado ao mesmo período do ano anterior, impactado pelo aumento da produção e das vendas.

(Com Estadão, Reuters e Agência Brasil)